Fórum debateu acessibilidade em Riomafra

Publicado por Gazeta de Riomafra - 31/10/2013 - 22h36

Nessa ultima terça feira, 29, Rio Negro recebeu a edição regional do fórum paranaense de acessibilidade. O evento é uma iniciativa do CREA-PR e tem como objetivo disseminar a cultura da acessibilidade por todo o Paraná, ao todo serão 25 reuniões por todo o estado. O evento foi realizado na Universidade do Contestado, em Mafra, onde cerca de 50 pessoas acompanharam a discussão. Participou do debate o presidente do CREA-SC, engenheiro civil Carlos Alberto Kita Xavier, assim como membros da Associação Rionegrense dos Portadores de Necessidades Especiais (ARPNE). O coordenador do Fórum de Acessibilidade do CREA-PR Antonio Borges dos Reis destaca a função do CREA-PR dentro do fórum “Nessa questão de acessibilidade o CREA tem procurado ser um divulgador do tema. Nós verificamos a falta de esclarecimentos sobre acessibilidade então estamos prestando esse serviço. Não queremos apenas ser órgão punidor, sair aplicando multas, queremos debater o assunto com a sociedade, mostrando as dificuldades a serem vencidas em cada cidade ”- disse

Para o presidente da ARPNE, Marcos Antonio Reway, o evento é pioneiro e de muita importância “eu creio que em Rio Negro e Mafra nunca houve um fórum sobre acessibilidade, o evento é muito importante, pois nós podemos trabalhar diretamente o tema, o fórum vem para ajudar a criar uma cultura de acessibilidade no nosso município, para que os órgãos responsáveis possam determinar estratégias para desenvolver acessibilidade em nossa cidade”.

Ainda segundo Marcos somente com a criação da ARPNE, há quatro anos, as políticas de acessibilidade viraram pautas de discussões na Câmara e na Prefeitura. “Nós tivemos uma conferência das cidades em Rio Negro, da qual várias entidades participaram. Nesse projeto eu fiquei com o tema de acessibilidade do município e pude apresentar modelos de como deixar a cidade mais acessível” – diz Marcos.

Porém Rio Negro e Mafra ainda precisão dar importantes passos a caminho da acessibilidade. “Antes da criação da nossa associação era uma coisa, agora é outra. As coisas melhoram um pouco, mas nós ainda enfrentamos muitos obstáculos. Hoje ainda temos cadeirantes sendo atendidos enfrente as lojas de calçados, pois não conseguem entrar, infelizmente enfrentamos esse problema em Rio Negro e Mafra. É preciso saber os reais motivos que levam a falta de acessibilidade. Será que é uma questão econômica ou uma questão cultural?” – Acrescentou Marcos.

A avaliação feita por Antonio Borges dos Reis, coordenador do Fórum de Acessibilidade do CREA-PR, constatou que as calçadas de Rio Negro ainda não são adequadas para a acessibilidade, “em Rio Negro, eu observei uma grande quantidades de calçadas feitas com pedras portuguesas, esse tipo de material foi abolido pela lei federal em 2004 (art. 90-50). Então Rio Negro, nesse ponto, ainda tem muito a ser melhorado, teria que retirar essa calçada, eu sei que foi recém feita, foi à gestão do prefeito anterior que utilizou esse material, mas os vereadores tem o dever de rever essa lei porque eles estão sujeitos até sansões do ministério publico com relação a esse assunto”. – Diz.

Mesmo com uma legislação avançada a falta de acessibilidade acaba esbarrando na ausência de fiscalização por parte do poder publico, “nós temos uma das legislações mais completas no mundo, quando o assunto é acessibilidade, mas muitas dessas leis não são cumpridas, a exemplos das calçadas de Rio Negro que utilizaram pedra Portuguesa vedada desde o ano de 2004. Por isso é importante esses fóruns, para que o CREA possa esclarecer melhor a questão da acessibilidade” – Diz Antonio Borges dos Reis.

A falta de fiscalização para o presidente da ARPNE tem privado muitas pessoas do direito de ir e vir pelo fato da cidade não oferecer acessibilidade. “Isso depende de um plano de fiscalização por parte dos responsáveis pelo município, desde Secretarias, Corpo de Bombeiros e Policia Militar, pra que realmente possa ser cobrado dos donos de estabelecimentos, uma mudança de postura”- diz Marcos Antonio Reway.

Para Marcos, uma política de acessibilidade tem que mobilizar toda a sociedade. “Batalhamos para que os donos de estabelecimentos desenvolvam no seu espaço a acessibilidade. Um bom exemplo foi o do gerente do banco do Brasil de Rio Negro que solicitou a Prefeitura a reserva de uma vaga na frente da agência para deficientes. Não depende só dos governantes, depende também dos proprietários e de toda a população”.

Finalizou Antonio: “as pessoas tem que tomar consciência que uma cidade boa, uma cidade bem planejada, tem que ser projetada para todos”!

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01 comentário publicado
  1. M J P

    A politica de acessibilidade é um tema fundamental para garantir os direitos de PcD, pois somente com a união de todos os setores deste crea, prefeituras, aci, ong e população em geral, em garantir que todas as normas da ABNT em acessibilidade sejam tomadas, sem aprovar o habitec a novas edificações e também na reformas ou adequação das já existentes , tornando isto talvez não como lei ou normas mas sim em uma obrigação moral, que os governantes tenham o bom senso de escutar as PcD nas obras de acessibilidade, evitando o abuso como em Rio Negro acorreu e também em obras publicas como as calçadas que foram remodeladas na Felipe Schimidt em que não ocorreu com precisão a colocação do pomo tátil, lixeiras, postes, orelhões que é uma armadilha as pessoas com deficiência visual e também nos dias de coleta de lixo estas ficam totalmente obstruídas, dos comerciantes em observar que um PcD é um consumidor e aos políticos que são eleitores. Também que não só PcD mas também idosos necessitam desta acessibilidade.

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