
O governador Raimundo Colombo esteve na última quinta-feira, 19, em Mafra, Porto União, Três Barras e Irineópolis para verificar os danos provocados pelas chuvas que atingiram o estado nos dias 6, 7 e 8 de junho. Em reunião com os prefeitos destes municípios, Colombo informou que está sendo liberada a segunda etapa de auxílio aos municípios. Os recursos devem ser usados para contratação de hora/máquina e recuperação de pontes e estradas, por exemplo.
Conforme o governador, a verba é disponibilizada no cartão de débito da Defesa Civil, que é liberado para as prefeituras. Ele também destacou que já foram autorizados recursos provenientes do Fundo da Defesa Civil para compra de óleo diesel, água e cestas básicas.
“Para a terceira etapa, que é a reconstrução, já estamos concluindo o levantamento dos danos. Na próxima terça-feira, vamos levar para Brasília os dados dos prejuízos e os planos de trabalho. Temos uma audiência com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira. Vamos pedir um novo apoio financeiro para recuperar e oferecer condições de normalidade aos municípios atingidos”, disse Colombo, acompanhado do secretário de estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli.
Com uma população de 54,7 mil e arrecadação anual de R$ 100,8 milhões, o município de Mafra registrou um prejuízo de milhões. As águas dos rios Negro, Lança, Bandeira e Matadouro inundaram, principalmente, os bairros Vila Solidariedade, das Flores e Argentina.
O prefeito Roberto Scholze contou que essa foi uma das piores enchentes que se tem notícia na história do município, com mais de 800 residências atingidas. O acumulado de chuva chegou a 278,6 milímetros com um número de mais de 3.200 mil atingidos – o que levou o município a decretar situação de emergência através do Decreto nº 3754. Passados 11 dias, das chuvas, o prefeito de Mafra mostrou fotos de casas que ainda encontram-se alagadas e a situação caótica de algumas regiões afetadas – apesar do rio seguir baixando. “Em um levantamento realizado pela nossa equipe concluímos que os danos materiais chegam a R$20.260.386,40 – são estradas, vias, instalações públicas, unidade habitacionais. Para construir isso necessitamos de apoio e empenho dos governos”, ressaltou.
Habitação
A questão da habitação é uma preocupação do município tendo em vista que hoje aproximadamente 200 pessoas residem em área de risco iminente. “Temos uma política habitacional muito forte, com importantes empreendimentos (Residencial Santa Terezinha e Ouro Verde) que irão possibilitar uma nova morada há mais de 380 famílias; porém muito ainda precisa ser realizado no setor habitacional e o apoio do Estado é fundamental”.
