Grave bactéria foi detectada na UTI do Hospital São Vicente de Paulo

Publicado por Gazeta de Riomafra - 14/11/2012 - 19h46

Foi a médica responsável pela Unidade de Terapia Intensiva de Mafra, a profissional Intensivista Angelis Visintin, que diagnosticou, na quinta-feira (08), a possibilidade de uma séria bactéria estar atacando pacientes junto à UTI do Hospital São Vicente de Paulo, o que inclusive punha em maior risco a saúde de quatro pacientes, que foram submetidos a exames que restaram encaminhados ao LACEN – Laboratório do Estado, que vislumbrou a possibilidade destes estarem realmente infectados pela bactéria que, além de ser a primeira vez que pode estar ocorrendo no Planalto Norte, colocou em risco a vida de quatro pacientes que se encontravam na Unidade. De acordo com a médica Intensivista, três pacientes ainda suspeitos de estarem com o HPC ainda estão na UTI, em ala separada dos demais e dois outros estão em quartos separados, visto que não apresentaram os problemas mas precisam ficar em observação. “Foram tomadas todas as medidas e precauções”, afirma a profissional, enaltecendo o apoio recebido da equipe do Hospital. “É uma realidade não só nossa, mas de todo o país”, ressalta, indicando que esse tipo de bactéria foi diagnosticada no Brasil já no ano 2005.

Segundo ela, o principal motivo do aparecimento destas bactérias é o uso indiscriminado e abusivos de antibióticos, “o que contribui para o fortalecimento das mesmas e dificulta o tratamento”. Para tanto, conta a médica, são utilizados até três ou quatro tipos de antibióticos.

Para acalmar a população, a doutora Angelis informa que o KPC não se cria fora do nosocômio e não passa de uma pessoa para outra. “Ele até fica no corpo de quem teve a bactéria, mas somente se manifesta quando acometidas de doenças”.

O diretor Clínico do Hospital, médico Richard Marquatt, também foi ouvido por nossa reportagem, destacando ser uma bactéria multiresistente, confirmando também que a UTI passou por completa esterilização, e voltou a funcionar normalmente na última segunda-feira. “É uma bactéria muito perigosa e não se sabe direito a origem, mas ataca principalmente o sistema respiratório”, destacando que não acredita em qualquer negligência que tenha ocasionado o aparecimento da bactéria. Lembrou, também, que médicos da Comissão de Infecção Hospitalar e a Vigilância Sanitária, foram acionados para acompanhar o caso; e disse que os familiares e pacientes foram comunicados do fato.

Um funcionário que não quer ser identificado, no entanto, disse que a UTI deveria ficar interditada por ao menos 40 dias, apesar de haver passado por uma higienização terminal. Ele acredita que o fato de médicos e enfermeiros saírem e voltarem para a Unidade, utilizando o mesmo jaleco, pode ter contribuído para a aparição da bactéria, o que é descartado pela médica e o médico ouvidos por nossa reportagem.

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01 comentário publicado
  1. LILIAN MACHADO

    Como esta esta situaçao nos dias de hoje? Ja estamos em janeiro e ainda existem comentarios que essa tal bacteria tem causado mortes, no HSVP. Como fica a populaçao?

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