
O município de Mafra divulgou um balanço preliminar da enchente que assolou o município em junho de 2014. As cheias dos rios que cortam o município atingiram cerca de 3.265 pessoas, das quais foram 703 atendidas em 14 abrigos públicos e outras aproximadas 2.562 pessoas ficaram desalojadas buscando refugio em casas de parentes e amigos. Dos bairros afetados os que mais sofreram foram as Vilas Solidariedade, das Flores e Vila Argentina. Além de várias localidades no interior do município.
A solidariedade da população de Mafra, Rio Negro e das cidades vizinhas foi marcante. Ressalta-se que a comunidade (sociedade civil e militar, instituições e empresas) atuou incansavelmente para ajudar, seja através do voluntariado (desde o auxílio na retiradas das famílias até os dias seguintes na alimentação), através de donativos ou do fornecimento de veículos para auxílio nos trabalho.
Atendimento
Durante o período os desabrigados receberam alimentação, material de higiene pessoal (sabonete, escova de dente e creme dental), segundo a Prefeitura tiveram acompanhamento médico e eram visitados cotidianamente pela equipe da Secretaria de Ação Social. Nesse ínterim a ação dos voluntários foi fundamental. Nos abrigos houveram equipes da Educação e de outras Secretarias, além dos voluntários que trabalharam incansavelmente desde sábado (07) para bem atender as famílias nesse momento difícil.
Segundo o executivo, na área da Saúde foram organizadas unidades volantes de saúde com visitas aos abrigos – atendendo coletivamente 718 pessoas e 159 pessoas individualmente. As visitas foram realizadas diariamente com equipe multidisciplinar avaliando demandas de saúde decorrentes da enchente e as situações sazonais. Segundo a secretária de saúde, houve a vacinação dos envolvidos com a enchente e avaliação epidemiológica.
Levantamento
De acordo com o levantamento o prejuízo total ao município ultrapassa os R$ 42 milhões entre danos materiais e prejuízos econômicos privados (agricultura, pecuária, indústria e serviços). O patrimônio da Prefeitura também sofreu com a cheia no Centro de Serviço, Clínica de Reabilitação, Secretaria de Agricultura, entre outros. Na agricultura e pecuária o levantamento de perdas é danos aponta um prejuízo de mais de R$ 2.250 milhões nas áreas de cobertura de inverno e pastagem, mel, produção de leite in natura, avicultura, piscicultura, entre outros.
As empresas mafrenses também foram prejudicas, além dos prejuízos palpáveis, estima-se que a indústria e o comércio deixaram de faturar cerca de R$ 35 milhões – o levantamento foi realizado através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico em parceria com a Associação Empresarial de Mafra. Em relação à infraestrutura segundo levantamento serão necessários cerca de R$ 16 milhões para melhorias nas vias e estradas do interior – os dados são do setor de engenharia da Prefeitura de Mafra embasados no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAP). O valor refere-se à recuperação de pontes, bueiros, vias e estradas.
Cadastro
A Secretaria da Criança e Ação Social pede que as famílias que foram atingidas pela enchente deste mês compareçam ao local para a realização do cadastro. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Ação Social, até o momento, já foram mais de 500 famílias cadastradas – entre abrigados e desalojados.
O cadastro é fundamental para que se tenham dados mais exatos do número de atingidos pelas cheias. Vale lembrar que os itens que distribuídos são doações da comunidade, entidades do município, estoque da Secretaria de Ação Social e os cedidos pela Defesa Civil do Estado (colchões e kits de limpeza) – para recebê-los é fundamental a realização do cadastro.

Asfaltar as vias da cidade já encontravam-se em estado de “putrefação” há tempos.