Mesa Diretora da Câmara pretende comprar terreno de R$ 465 mil

Publicado por Gazeta de Riomafra - 21/10/2012 - 18h05

Aparentemente era para ser uma ação mais discreta, mas a reportagem da Gazeta de Riomafra teve acesso a informação de que o Legislativo Mafrense está buscando adquirir um terreno para que a próxima Legislatura venha construir uma sede própria.

O presidente da Câmara, Valdemar Goffi, confirmou ao jornal que já há dois meses vem falando sobre esta aquisição com os edis, e que o assunto já é debatido por Mesas Diretoras que o antecederam, e que já esteve no Tribunal de Contas verificando a viabilidade de aquisição desse terreno, estando no aguardo de uma posição.

Indagado sobre a questão financeira da Prefeitura, que necessita recursos para o pagamento de várias contas, como IPMM, PLASSMA, CISAMURC, Hospital São Vicente, entre outros, se não seria mais prudente e importante a Câmara devolver valores não utilizados ao Executivo, Goffi disse que não, porque os Poderes são independentes e cada um possui seu Orçamento. “O que sobrar desse valor e não for utilizado nós iremos devolver ao Executivo”, salientou. “Temos que cuidar da própria casa para depois cuidar dos demais assuntos”, discorreu.

Perguntamos ainda ao vereador presidente, sobre vereadores que disseram nem tomar conhecimento sobre a aquisição do terreno e este foi enfático em dizer que “se algum vereador não sabe sobre essa aquisição é porque abandonou a Câmara, porque vimos debatendo sobre isso há dois meses”, finalizou.

Vereador é contrário à compra do terreno

O vereador Milton Antunes – que deixa o Legislativo no final do ano, diz que o Município está precisando de recursos para muitas outras situações, como pagamento de dívidas, destacando que esse montante poderia ser utilizado inclusive para pavimentação de estradas. Para ele, é um caso que deve ser pensado pelo Legislativo como um todo, “um gasto que deve ser planejado”.

Antunes cita ainda que o pagamento da locação atual não é relevante, haja vista ser um valor pequeno – em torno de R$ 1mil/mês, o que nem de longe chega perto de um terreno custeado a mais de R$ 460 mil.

A acessibilidade também não é problema, diz o edil, reafirmando que todos os vereadores atuais, como os agora eleitos, deveriam ser ouvidos.

Vereadora eleita diz que compra deve ser repensada

Ex-secretária da Educação, a vereadora eleita Marise Valério disse ter tomado conhecimento de que já no último ano a Câmara queria adquirir um terreno ou o próprio prédio onde está situada, em piso superior ao da Secretaria de Educação. “Primeiramente a grande preocupação é saber a localização do terreno e, a compra, deve ser analisada em uma Audiência Pública, com a participação da comunidade e dos vereadores atuais e reeleitos”.

Ela salientou que no momento deve ser analisado o que é prioritário para o município e agir com consciência. “É importante a independência da Câmara, mas nessa transição tem que haver um planejamento, e hoje com certeza há coisas mais importantes que adquirir um terreno neste valor, sem ao menos o Legislativo informar onde é, de que forma está sendo comprado e a quem pertence”, finalizou.

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5 comentários publicados
  1. MARCELO

    Então povo…gasta-se tanto no início dos mandadatos, em todas as secretarias, é contratado tanta gente com os mais diversas gratificações e agora temos que rever gastos. PIADA NÉ…

  2. silvio Alves MAFRA

    É realmente uma piada de mau gosto, querer adquirir um terreno para construir sede própria para o legislativo que atua um dia por semana. Como pensam pequeno nossos vereadores. .. Aliás, só pensar não resolve nada. O povo de Mafra quer vereadores com “atitudes” em favor de toda comunidade mafrense. Que abram os olhos os novos vereadores que assumirão no próximo ano! Precisamos aproveitar cada centavo que entra na prefeitura, advindos dos impostos pagos pelos que os elegeram. Com esse saldo, não daria, e sim, dará, para fazer reformas em todas as escolas do município ou o que for mais criativo para uma boa administração em conjunto, executivo e legislativo. Espero acontecer uma guinada na cidade de Mafra em todos os sentidos a partir de 2013. Criatividade, transparência e principalmente responsabilidade com o dinheiro público. Por que esse atual legislativo foi um tal, puxa tapete um do outro, só pelo ” poder”. Esses não voltarão nunca mais.

  3. sergio de miranda

    alo pessoal
    o que vcs acham de um abaixo-assinado para evitar mais gasto desnescessario ,não podemos concordar com mais esta afronta,ja cgega aquele portal rediculo que custou o olho dos municipes,agora querem furar o outro olho.Construir uma sede td bem mas não é nescessario un valor tão alto assim.
    vamos analizar:460,00 mil o terreno,provavelmente o valor da obra segundo eles podera custar o mesmo valor, para mais,calculando então o montatante de quase 1.0000,00 um milhão.
    fala serio.

  4. ana

    AE MARIZE….FALOU BONITO….ESSA VAI FAZER ACONTECER EM MAFRA…PARABENS QUERIDA MARIZE…

    • Adonis

      Se “vamos” pagar 460 mil em um terreno, quanto custará o prédio que será construído ? Vou dar um palpite: terreno + prédio = 1 milhão e meio de reais (sem contar com um possível superfaturamento (corrupção). Se atualmente “pagamos” mil reais por mês pelo atual espaço para os nossos representantes reunirem-se, com o valor da obra + terreno daria para pagar este aluguel por 125 anos…é verdade 125 anos.
      Não é necessário estar em um palácio para se fazer um trabalho de qualidade, haja vista Brasília, nossa capital Federal. Então nobres Edis, concentrem-se em trabalhar a favor da população e deixem de pensar pequeno. Sejam reconhecidos daqui a 125 anos pelas suas ações em favor da maioria e não por uma porcaria de placa de bronze fixada em uma obra que custou o choro de muitas crianças desamparadas e abadonadas de nosso município.

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