Abel Bicheski

Em um requerimento enviado a Câmara de Mafra, durante a sessão ordinária da última segunda feira, dia 11, o Movimento Acorda Riomafra, solicitou aos vereadores, que a gravação feita pelo vereador Abel Bicheski, onde ele e o vereador Herbert Gilson Werka negociariam votos e cargos para se eleger a mesa diretiva da Câmara, fosse disponibilizada a imprensa e a população.

Conforme consta no ofício, o Movimento respeita a decisão do legislativo pela dispensa da execução do áudio durante a sessão do dia 09/12/2013, sob a alegação de que se tratava de assuntos particulares, porém acredita que o assunto da gravação vai além das palavras de baixo calão, ofensas, ou outro conteúdo inapropriado.

Para o movimento, independente de onde foi feita a tal conversa, esse depoimento diz respeito à eleição da mesa diretiva da Câmara de Mafra, “o simples fato de estarem utilizando o tempo da sessão para outras discussões, até mesmo de cunho partidário, já é algo de interesse coletivo visto que as sessões, os vereadores e os cargos relacionados, são mantidos com dinheiro dos cofres públicos, logo, qualquer coisa dita ou feita nesta casa onera o que é arrecadado via contribuinte”- diz documento.

Acredita-se que a gravação é de interesse coletivo pois os vereadores foram eleitos pelo povo, e esse tem o direito de fiscalizar e saber tudo o que acontece – “Tratando-se de cargos públicos ou a eleição da mesa diretora, o áudio é sim uma ferramenta, prova ou outra denominação que venha a receber e sim, é de interesse público, pois foi graças aos votos da população que os dois vereadores em questão, assim como todos os outros oito, chegaram até essa casa e nela devem ter o papel de representantes da população mafrense” – argumentam os membros do movimento na solicitação enviada a Câmara.

No requerimento o grupo ainda solicitou que seja respeitado o tempo de fala de cada vereador e que pautas de interesse pessoais não sejam mais levadas a cada de leis de Mafra.

O vereador Belo, chegou a pedir ao presidente Vicente Saliba que o mesmo não tornasse a gravação pública. Porém foi o próprio Belo quem quis passar o áudio durante a sessão de segunda-feira passada 09/12, sendo interrompido e convencido pelo vereador Erlon a não passar o áudio naquela sessão. Porém então, o próprio vereador Belo distribuiu naquela sessão cópias a todos os vereadores das duas gravações, a primeira dizia respeito sua conversa gravada entre ele o vereador Werka onde possivelmente tratava-se de um plano de ambos relacionado a eleição da mesa diretora e demais cargos. A outra gravação relacionada a possíveis ameaças que teriam sido feitas a Belo naquela noite no portão da sua residência.