Munícipes reclamaram da falta de atendimento no Pronto Atendimento de Mafra na quinta-feira

Publicado por Gazeta de Riomafra - 03/11/2012 - 14h17

O cancelamento das gratificações a todo pessoal efetivo da Municipalidade Mafrense – exceto aqueles previstos em Lei, como diretores e coordenadores das Escolas, pode ter sido o maior motivo de paralisação/atraso no atendimento dos médicos plantonistas do Pronto Atendimento de Mafra, da manhã até por volta de 15h45min.

Até a Polícia Militar e o Ministério Público, além da Imprensa, foram chamados por munícipes inconformados com o que chamaram de descaso. Alguns disseram que esperaram por atendimento desde 08h até a tarde e, como quinta-feira havia sido decretado Ponto Facultativo na cidade, o secretário Municipal de Saúde também se encontrava fora, nem mesmo sendo localizado em seu telefone celular.

Ouvida por nossa reportagem, Arlete Kalil – profissional de Educação aposentada, disse que várias pessoas ficaram no aguardo de atendimento, passando mal, e inclusive correndo risco de morte. De acordo com ela, a explicação que foi repassada às pessoas que se encontravam em espera no PA, foi de que os médicos estariam em reunião para debater sobre o cancelamento das gratificações dos mesmos.

Terezinha Alpinhaki relatou que há 15 dias vem levando seu marido ao Pronto Atendimento mas, pela falta de atendimento, chegou a encaminhar o mesmo a uma clínica particular, que descobriu que o mesmo tem o coração crescendo fora dos níveis normais. Mesmo assim quinta-feira ela levou o marido ao PA, e reclama da demora para atendimento.

Maria Terezinha de Souza disse que a única explicação foi dos atendentes, solicitando que os pacientes aguardassem porque os médicos se encontravam em reunião.

Marilda Bornatto, por sua vez, foi acompanhar o marido Waldemar que, apresentando uma crise de rins, chegou no Pronto Atendimento 12h30min e foi atendido apenas 16h45min. “Vimos muitas pessoas mal indo embora por falta de atendimento”, falou para nossa equipe.

Um dos médicos plantonistas, que pediu para não ser identificado, confirmou que o Executivo cortou o pagamento de gratificações aos profissionais, afirmando, porém, que se houve uma paralisação, esta foi de apenas 10 a 15min, enfatizando que três médicos estavam em atendimento, vindo o PA a realizar uma média de 250 atendimentos ao dia.

Até 17h de quinta-feira, 96 atendimentos foram registrados naquele plantão.

O secretário de Administração. Allan Leon de Mello, confirmou que houve revolta dos servidores em decorrência do corte das gratificações, justificando a decisão do Executivo, para que se possa quitar as contas da Municipalidade, até o dia 31 de dezembro, conforme prevê a Legislação. Os salários dos profissionais, no entanto, garantiu que foram quitados na data de quinta-feira. “Preferimos eliminar gratificações que ter que dispensar funcionários”, finalizou o secretário.

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6 comentários publicados
  1. silvio Alves MAFRA

    Não é de se admitir que médicos façam reuniões para discutir salários. Estão lá é para atender e atender muito bem. Não estão satisfeitos com a politica do município, migrem para outro emprego.Trabalho para médico é o que não falta. A dor dos doentes não pode esperar, por isso é um posto de emergência e não de paciência. Por outro lado o comando da prefeitura se carateriza como fraca. Ainda bem que vai mudar logo. Espero que mude pra melhor… é claro.

  2. Edson Silveira

    Crime: Omissão de socorro. Crime previsto no artigo 135 do código penal. Crime omissivo, com o agravante do autor ser médico e se negar a fazer o atendimento. Pena: Fetenção de 1 a 6 meses ou multa. Se resulta lesão grave, reclusão de 1 a 4 anos. Se resultar morte, reclusão de 4 a 12 anos. Ação penal pública incondicionada.

  3. Paulo césar

    Médico de PA fazer grevinha por corte na gratificação é caso de polícia. Deveriam ter ido presos em flagrante.

  4. Janaina

    Qual é a desse secretário de Administração? As licitações estão paradas, há um monte de funcionários comissionados sem ter o que fazer e ele vem me dizer que preferem cortar gratificações de funcionários efetivos ou extremamente necessários como médicos do que dispensar…?

  5. Silvia

    Ir ao PA por 15 dias já é abuso, todos sabem que é só para emergências…..

  6. Fala Sério

    Cortaram gratificações dos servidores efetivos que não possuiam cargos, mas porque não contam que estão contratando novamente pessoas comissionadas, ou seja, estão tirando dos servidores efetivos para contratar amigos que prestaram favores a pouco tempo. Os médicos estão com a razão, mas acho que a população não deve pagar pelos erros de uma má administração, que e”Preferimos contratar mais cargos comissionados para cumprir promessas de campanha”. Um absurdo.

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