Paulo Dums, reciclador, sofreu um corte na mão esquerda na última semana, quando foi encaminhado ao Pronto Atendimento de Mafra, onde levou pontos na mão. O acidente ocorreu quando ele cortava feno para tratar os cavalos que puxam sua carroça, quando da coleta de lixo reciclável.

Após ser encaminhado para uma avaliação ortopédica foi detectada uma lesão séria em seu dedo, sendo encaminhado posteriormente para uma cirurgia ocorrida no úlitmo dia 30 de novembro, realizada pelo médico cirurgião Rodrigo Damaso Rauen.

Diz o paciente que no inicio do procedimento cirúrgico, logo após receber a anestesia, começou a sentir fortes dores no peito e começou a gritar, momento em que, segundo depoimento do paciente, o cirurgião então teria lhe dado “um soco” abaixo do peito (costelas, lado esquerdo), após teria vindo a desmaiar, só acordando na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), para onde teve que ser encaminhado.

Durante a entrevista, Paulo Dums – que recebeu alta na última terça-feira e agora está hospedado na casa da irmã, onde está recebendo cuidados, destacou que, assim como sua família, pretende tomar medidas judiciais contra o profissional, e seus familiares procuraram o MP relatando o fato, “para que não aconteça isto com outras pessoas”, desabafou Paulo.

Segundo familiares, ele está se recuperando bem, onde na próxima terça-feira terá uma reconsulta, com o mesmo médico que o operou e em tese lhe teria agredido.

O médico Rodrigo – que atua há 03 anos no Hospital São Vicente de Paulo, foi ouvido por nossa reportagem e contou sua versão, negou que tivesse agredido o paciente, porém não autorizou a publicação da sua versão completa dos fatos.

Corpo Clínico e direção receberam a documento por escrito de funcionários relatando o caso

A GAZETA procurou também pelos médicos do corpo clínico e enfermeiros do nosocômio, de onde veio a garantia de que um relatório, assinado por enfermeiros que estavam na sala de cirurgia no momento da suposta agressão, foi encaminhado a direção do hospital e será encaminhada ao Conselho de Ética e, se constatado o fato, mesmo poderá ser enviado ao Conselho Regional de Medicina. Irá depender do resultado das investigações para definir as tomadas de providencias com relação ao médico.

Segundo informação de um profissional do Corpo Clinico, as possíveis agressões foram confirmadas no documento que foi encaminhado a instituição, porém não se acredita que o paciente veio a desmaiar devido a suposta agressão sofrida mais talvez a acontecimentos anteriores. Com relação ferimento na superfície da costela esquerda, também não teria sido originado pela agressão, mas sim por um procedimento se fez necessário.

O administrador da Instituição, Dario Clair Staczuk confirmou que recebeu a denúncia de agressão por escrito e que o documento será encaminhado para a Comissão de Ética para instaurara uma sindicância internar para apurar os fatos e provavelmente ao CRM. Na próxima semana, o administrador disse que repassará maiores dados para o jornal.

A Comissão deve se reunir já nessa semana e a probabilidade é de que em até 60 dias haja uma decisão e deverá esclarecer o que realmente aconteceu. Questionamentos como: Se houve realmente a agressão? E se houve realmente a agressão, foi suficiente para o paciente desmaiar, ou foi devido a outros fatores ou complicações? Porque o paciente teria passado mal já durante a anestesia? O porque um paciente, passando por uma cirurgia aparentemente simples, desmaia e vai para numa UTI? Aquela possível lesão nas costelas foi proveniente do que? Espera-se que todas estas questões sejam esclarecidas após a sindicância.