Biólogo citou graves danos ambientais causados ao rio Negro nos últimos anos

O presidente da ONG Voz do Rio, Julio César Costin, participou da sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Mafra na noite da última segunda-feira, 11.

Julio, que é biólogo e mestre em botânica, usou da tribuna da Câmara para apresentar alguns trabalhos realizados pela ONG desde a sua fundação e explanar sobre as condições do rio Negro, que sofre com a degradação ambiental. De acordo com ele, acidentes como o ocorrido em 2004, com o derramamento de cerca de 90 mil litros de óleo diesel e vegetal no rio, causaram danos sérios sem que qualquer avaliação eficiente fosse feita. “A imprensa noticiou que não houve impacto ambiental quando na verdade houve um impacto ambiental gravíssimo”, comentou.

Outro fato citado pelo presidente da ONG foi a mudança da cor do rio em 2007, quando uma mancha vinda de Rio Negrinho passou pelas águas e não houve nenhuma apuração dos motivos ou das consequências desse fenômeno. “Simplesmente foi cessada a captação de água e não houve nenhum estudo de impacto ambiental nem foi responsabilizado ninguém”, disse, lembrando a importância da penalização dos culpados para evitar que novos problemas venham a acontecer.

A apresentação de Julio motivou alguns questionamentos entre os vereadores, que sugeriram a assinatura de um requerimento pedindo às autoridades responsáveis esclarecimentos sobre os acidentes ambientais ocorridos no município e as atitudes tomadas nesses casos. Na opinião de Julio, seria importante saber se a América Latina Logística – ALL, tem plano de ação em caso de acidente ambiental, visto que os trilhos percorrem boa parte do leito do rio.

A participação do ambientalista, segundo os parlamentares, foi significante para trazer à Casa o assunto fundamental que é a manutenção dos rios Negro e da Lança.