Queda vertiginosa no comércio de Riomafra preocupa empresários

Publicado por Gazeta de Riomafra - 02/09/2014 - 00h00

A crise no comércio em Riomafra decorrente de inúmeros motivos, entre eles a enchente catastrófica que assolou os dois municípios e a Copa do Mundo que obrigou todos a fecharem seus estabelecimentos mais cedo, preocupa empresários e vem a impactar na economia de um modo geral.

Outros fatores também foram atribuídos por alguns empresários que entrevistamos, como a migração de consumidores para grandes centros, o alto custo do metro quadrado que define o valor dos aluguéis e também o valor da mão de obra.

Edson Carlos Kempinski proprietário do Shopping Lar, loja localizada no Centro de Rio Negro há 5 anos, que comercializa desde produtos populares, até utensílios domésticos, brinquedos e algumas peças de roupas, fez um comparativo com outros anos e disse que o movimento, referindo-se ao Dia dos Pais, caiu drasticamente em relação a outros anos, cerca de 40% no último ano.

O fator enchente teve grande influência, visto que além de alguns comércios terem sido afetados, uma parcela grande da população dos dois municípios sofreu direta ou indiretamente aos reflexos desta catástrofe. “Clientes que gastam um pouco mais saíram de circulação”, disse Edson.

Lamentavelmente os consumidores de cidades pequenas como Rio Negro e Mafra ainda têm uma cultura equivocada de buscar produtos nas capitais e grandes centros, o próprio Edson, que também possui um Shopping Lar em Curitiba, disse que já viu várias vezes munícipes daqui fazendo compras lá, e isso também reflete na economia do comércio.

O empresário disse que recentemente teve que reduzir seu quadro funcional para manter os custos operacionais, isso devido ao alto custo da mão de obra em Riomafra, segundo ele.

Ações vindas dos Executivos em conjunto com Associação Comercial e Empresarial, Câmara de Dirigentes e Lojistas seriam bem vindas, conforme relato dos empresários. Na tentativa de minimizar a queda nas vendas, os lojistas têm investido em sorteios, promoções e campanhas para atrair clientes.

Diversos setores do comércio tiveram quedo no seu movimento, uma empresária que abriu sua loja em Rio Negro há pouco mais de 4 anos, recentemente fechou a filial de Mafra. Ela atribui a crise à uma recessão do mercado nos últimos três meses. Para ela o potencial de compra do consumidor caiu drasticamente, e bens que não são de uso no dia a dia como comida e combustível, acabam se tornando supérfluos.

Outro fator relevante que afeta diretamente os empresários são os altos impostos estaduais, a substituição tributária, por exemplo, para produtos legalizados, ou com nota fiscal, chega até 32%. Em Santa Catarina alguns produtos tiveram isenção ou redução de impostos, mas os valores continuam sendo maiores que no Paraná.

De um modo geral os dois municípios, tanto Rio Negro quanto Mafra sofrem de uma estagnação no crescimento econômico já alguns anos, visto que novas empresas, indústrias que acabam movimentando o comércio, não se instalam aqui. “Precisamos de novas indústrias, isso gera emprego e consequentemente renda, já que os funcionários acabam investindo seus salários no comércio local”, disse um empresário ouvido pela nossa reportagem.

Outro empresário do ramo do vestuário já atua neste segmento há 9 anos, ele disse que cinco anos atrás o crescimento era notório, de um ano pra cá sofreu uma mudança e nestes últimos meses foi afetado mais ainda.  Mas ele vê a crise com bons olhos, disse que o tornou mais forte, competitivo e o obrigou a criar alternativas e estratégias para superar a baixa no mercado. Ele está sempre criando promoções e sorteios para fidelizar seus clientes.

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29 comentários publicados
  1. Povo

    A grande solução para tudo isto e concordando com todos os comentários abaixo é que precisamos de novas industrias, novas lojas, novos restaurantes, novas concessionarias, novas imobiliarias, novos investidores, politicas agressivas dos dois municipios sem previlegio comerciais e politicos, Riomafra precisa amadurecer criar independencia politica, social, economica e principalmente CRESCER, acompanho este jornal a algum tempo e todas as questoes economicas geram esta polemica ou seja a população quer resultados é um clamor então vamos mesmo comentar colocar os pontos de vista se comprar pela internet resolve vamos fazer, se e desconfortante andar em calçadas estreitas vamos previlegiar os bairros, se os mercados cobram caro vamos reclamar no caixa ou seja temos de colocar a boca para funcionar elogiar quem mereçe e criticar a quem não corresponde. Resumindo todos nós somos inteligentes se existem pessoas levantando a lebre vamos argumentar e levar a questão adiante o importante e não parar no tempo. ABAIXO O CORONEALISMO DE RIOMAFRA. CHEGA DOS MESMOS.

  2. mafra desgovernada

    Cada um compra onde bem entende ,Mafra,Rio negro ou no raio que o parta.
    Se o comércio está em crise os culpados não são os consumidores,hoje tem muito “orelha seca” querendo virar patrão sem entender “patavinas” de nada .
    Aqui em Riomafra tem mais loja de roupa,farmácia e posto de gasolina que gente,portanto,você “jacú rabudo”ser empresário é pra gente competente,é justamente isso e outras coisas mais que faltam aos nossos ilustríssimos governantes

  3. Como assim?

    Quem é que vai comprar um eletrodoméstico a mais de 5% ao mês no crediário?? As grandes redes de lojas já estão há tempos se direcionando para o comércio via internet, e o comércio tradicional realmente está se extinguindo. As lojas de comerciantes locais, ao invés de trabalharem com menor margem e maior giro, preferem vender pouco com altos lucros. Além disso, vejo lojas na rua principal da cidade vendendo tênis falsificado. Na outra rua, brinquedos do Paraguai, DVD de playstation falsificado, e por aí vai. E as lojas que não vendem produtos falsificados, preferem parcelar a perder de vista a dar qualquer desconto. Não sabem nem treinar seus vendedores. Você entra numa loja esperando um “bom dia” do vendedor, e recebe um “DIGA!!!”.
    Não adianta: isso aqui é uma pequena cidade do interior, com o comércio dominado por meia dúzia de famílias, e vai continuar sendo assim por muitas gerações. São lojas que duas vezes por ano fazem promoções com a “metade” do preço, e só burro não enxerga que cobram o dobro nos outros dez meses. Aqui todo mundo conhece todo mundo e, assim sendo, não se vê fiscalização de nenhum tipo, e tudo se resolve às “portas fechadas”, onde uma mão lava a outra. Só se ferra quem não pertence à “panelinha”.
    Mas não adianta reclamar sem propor uma solução, certo? Então, vamos lá: 1) Estacionamento rotativo; 2) Investimento nos funcionários; 3) Fiscalização de verdade; 4) Menores margens de lucro; 5) Derrubar prédios velhos na Felipe Schmidt, e suprimir um dos lados de estacionamento para alargar a calçada.

  4. Sou consumidor e logista

    Estou nos 2 lados da moeda! Sou logista na cidade, nao no centro, mais tambem sou consumidora e vejo da seguinte forma….Como logista pratico preço justo e ja fui indagada e até procurada por outros logistas do meu ramo para saberem o porque de eu praticar valor menor que o deles, ja fotografaram minha loja com os valores que pratico e enviaram a fornecedores com a intenção de me prejudicar junto aos mesmos- Minha resposta a eles foi- A Loja é minha e vendo pelo preço que quizer!!! Eu estou sem estoque na loja, eles estao com o estoque cheio!!
    Como consumidora sinto muito a diferença de preços nos itens de vestuario e calçadista de nossa cidades para as outras a diferença é um absurdo !!! Mais achei uma solução….PESQUISAR!!!! Em nossas cidades tem sim valores mais baixos é só sair um pouco do centro da cidade e pesquisar e se nao for de interesse do consumidor sair do centro PECHINCHE!!!! Vale a pena!!

  5. orientador

    é só tirar os carros dos funcionários e donos das lojas que já melhora uns 10 % os preços das lojas de eletrodomesticos mudam pouca coisa do que na cidade grande vale a pena comprar na cidade por que em curitiba vc é apenas mais um e não fazem questão de vender e se precisar de garantia vc ta fu… alem de andar 100 km e o dineiro gasto la não retorna pessoal deixem eles la vamos fazer o serviço de casa ter cultura a cidade tem tudo pra dar certo com pessoas certas temos grandes areas de agricultura e é isso que vai movimentar daqui pra frente venderemos muito pra chineses que precisam comer ,viajei no comentário mas é por ai abss

  6. consumidor

    Que passem a atender melhor os clientes que assim terão clientes, eu ja desisti de comprar eletroeletrônicos aqui… justamente pelo mal atendimento e demora nas entregas e montagens… colocam preços errados nos produtos ai querem cobrar o mais alto é uma loucura… hj a compra pela internet é segura e em no máximo em 4 dias vc recebe o produto (claro em sites e lojas confiáveis)… mas fica a dica…

  7. Falo_mesmo

    agora vão pagar caro por tanto capitalismo consumismo de vocês mesmos e ainda verão que dinheiro não vale nada a vida bando de ignorantes que não sabem vender nem precificar as coisas

  8. Christian

    Não acredito que estão reclamando do custo da mão de obra em Riomafra, isso é uma vergonha, tive que sair de Mafra para outra cidade justamente pelo salário que se paga em nossas cidades, sei que em cima dos salários temos muitos encargos e impostos mas ai isto é culpa do nosso governo safado, queria ver esses empresários sobreviver com o salario que se paga em nosso comercio com o custo de vida de nossa cidade, queria voltar a trabalhar e viver em Mafra mas pelo que vejo esta difícil

  9. Pedro Paulo Schuman

    E esses cones ocupando espaço no estacionamento ? Se estou precisando estacionar e vejo cones ocupando o espaço chego derrubando tudo.

  10. Mafrense

    É isso mesmo meu povo querido de Riomafra! Lendo todos os comentários e fazendo um resumo é isso: ” O POVO ESTÁ CADA VEZ MAIS SÁBIO E ESSA CULTURA DE EXPLORAÇÃO PRATICADA PELOS EMPRESÁRIOS DE COMÉRCIO EM RIOMAFRA ESTÁ CADA VEZ SENDO MENOS TOLERADA. OU OS EMPRESÁRIOS DO COMÉRCIO MUDAM E SE TORNAM COMPETITIVOS OU JÁ ERA UMA VEZ. EU MESMO JÁ FIZ 4 COMPRAS PELA INTERNET E OLHE A DIFERENÇA DE PREÇO É ALARMANTE. FELIZMENTE, OU INFELIZMENTE PARA OS EMPRESÁRIOS LOCAL, O POVO ACORDOU DE VEZ E SE CUIDEM COMERCIANTES OU DIGAM ADEUS… Ah! Mafra precisa de novas indústrias urgente e nosso prefeito ta feio na causa…Mudemos de prefeito URGENTE ou Mafra vira cidade fantasma de vez…

  11. ALMIR

    CONCORDO TA TODO MUNDO ENDIVIDADO COM FINANCIAMENTOS LONGOS DE VEICULOS PREFEITURA ATRASANDO PAGAMENTOS AO SEUS SERVIDORES BANCOS QUE NÃO ACEITAM RENEGOCIAR DIVIDAS, QUANTO A VENDA DE SAPATOS EM MAFRA VÃO COMPRAR EM LOJAS PEQUENAS AO INVES DE FORTALECER UMA SÓ FAMILIA A CRISE ESTA VINDO SÓ CEGO NÃO VE AINDA ESTA UM POUCO AQUECIDO DEVIDO AS ELEIÇÕES QUE OS POLITICOS ESTAO IJETANDO DINHEIRO CURITIBA TAMBEM CAIU TEM LOJAS DISPENSANDO POR FAVOR É SÓ SE ATUALIZAREM TEM MONTADORAS DEMITINDO SERÁ QUE É SÓ MAFRA E RIO NEGRO QUE COMPRAM CARROS ?
    PENSEM UM POUCO E DEEM SUA OPINIÃO NAS URNAS

  12. José

    Moro aqui em Mafra e trabalho em Curitiba, lá as coisas também não estão boas, lá os comerciantes aumentaram o preço de tudo, mas mesmo assim ainda esta melhor comprar lá do que aqui, a alguns meses fiz um comparação com uma lista de compras que fiz em um mercado lá com um grande mercado daqui, com uma compra de 480,00 em Curitiba, as mesmas coisas das mesmas marcas se comprados aqui em Mafra eu pagaria quase 600,00 uma diferença de 25%.

  13. Gledson Evers

    Da para passear com a família nas calcadas de Mafra? Ainda mais no trecho retratado na foto que ilustra a reportagem. So trenzinho, um na frente do outro. Lado a lado não cabem duas pessoas… Responsabilidade do executivo.
    Agora, se todo mundo comprar em Curitiba, não haverá mais empregos em Mafra. Precisa explicar isso?

    • Nascimento

      Concordo plenamente com vc Gledson, inclusive já postei uma sugestão aqui sobre estas calçadas da Felipe Schimidt que são estreitas demais, fora as lixeiras e placas que ficam no meio delas. O principal local de compras de Riomafra não oferece nenhum tipo de conforto e segurança para os clientes. Lugar para estacionar não existe. Logo nas primeiras horas do dia os “empresários” e alguns funcionários ocupam todas as vagas de estacionamento. Se vc sai fazer compras com a família tem que andar em trenzinho como se estivesse em Cidade de Leste no Paraguai, com risco de ser atropelado ou alguma criança bater com a cabeça na placa ou lixeira. A CDL parece que não existe, o executivo temos certeza que não existe. Porque não fazem o estacionamento rotativo? porque não retiram um lado de estacionamento da rua e fazem o alargamento das calçadas? Mas ninguém faz exatamente nada….

  14. japa

    tambem em vez desses comerciante ter mente aberta… nao querem estacionamento pago,na rua nao tem lugar para parar o carro,eles mesmo colocam os seus carros e motos estacionados e fica o dia inteiro,por isso mesmo o pessoal compra na internet e em curitiba.

  15. Joana

    As pessoas já tem tudo e de sobra. Não vão comprar mais nada. E quem precisa tem que ir pra Curiitiba, é mais barato e a variedade de escolha não tem comparação. Adeus Riomafrinha. Riomafrinhentos

  16. Claudia

    Isto também é reflexo do atendimento que é disponibilizado ao cliente! Em alguns estabelecimentos dá ate medo de encarar o atendente, tamanha falta de vontade de mostrar algum item da loja! Esta na hora dos empresários Rio mafrenses repensarem como administram suas empresas, preço, prazo, descontos, sorteios… não adianta tratar o sintoma se não a causa, como esta o atendimento? Eu mesma não volto em inúmeras lojas pois ninguém vem atender e o detalhe é que em muitos os funcionário estavam em bate papo de bailes, redes sociais… isso no comercio, em alguns bancos, material de construção…

  17. Everton

    A economia não esta das melhores no momento, e Riomafra é “só comercio”, falta industria por aqui pra dar uma “enjetada” na economia. Em geral o comercio não paga bem seus funcionarios. Logo, quem não recebe tão bem, vai pensar duas vezes antes de comprar algo que realmente não seja de necessidade. Outro problema, é algumas lojas que “fincam a faca” no preço, e o povo aprendeu a comprar pela internet, onde se encontra coisas mais baratas que em muitas lojas, sendo assim, não ta facil pra “pegar” o dinheiro do povo…

  18. Maria Luisa

    Não é só em Riomafra que o movimento caiu pela metade, todas as cidades da região estão com o mesmo problema, todos estamos endividados, culpa da política de crédito fácil, e depois que fizemos emprestimos os juros sobem, pura sacanagem, não compro mais nada que não seja urgente.

    • Pedro Paulo Schuman

      Como é ? A culpa de você estar endividada é da política e crédito fácil ? alguém foi na sua casa e te arrastou até a loja e te obrigou a fazer compras ?
      Como é fácil colocar a culpa nos outros, o difícil é assumir nossas próprias atitudes.

      • beto

        MANDOU BEM PEDRO…..TEM MUITA.. GENTE QUE QUER DAR O PASSO MAIOR QUE A PERNA…..

    • Marcélos

      Fale por você. E não estou endividado. O governo não te obrigou a fazer financiamentos. Se você os fez é por que precisava muito ou por que não pode ver dinheiro fácil que se joga de cabeça sem ter condições de pagar. O governo tem seus defeitos, mas, é um absurdo você responsabilizá-lo pela sua ignorância.

  19. André

    Com a popularização das compras pela internet os empresários acomodados de Riomafra precisam ficar espertos. Cada vez vai ter menos gente boba pagando preços exorbitantes, muitas vezes por produtos falsificados.

  20. Mafrense - SQN

    Valor da mão de obra é problema? Querem trabalhadores escravos então…até onde sei existe um piso estadual determinado para trabalhadores do comércio e é raro quem pague além disso.

    Enquanto achar produtos mais baratos e com a mesma qualidade em grandes centros, continuarei tendo a “cultura equivocada”.

    Não deixo de comprar em Mafra, mas procuro alternativas, há pouco tempo atrás vi um calçado em uma loja por R$ 320,00, na semana seguinte estava por R$ 160,00. Será que o empresário teve prejuízo ao reduzir o valor da mercadoria pela metade? Ou superfaturou para depois dar desconto?
    Resultado, ainda bem que esperei e comprei pela metade do preço depois.

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