Ainda com relação ao caso do carro da Câmara ser usado para levar os pais da pequena Heloisa à Florianópolis. Se o Executivo tivesse sido competente e eficiente, toda esta celeuma não estaria acontecendo, muito menos o presidente Werka “amigão” do Eto não estaria neste momento respondendo a mais um processo de impeachment.

Não se pode transferir para o Legislativo tal responsabilidade, pois quem teria a obrigação de assistir e transportar a pequena Heloisa era o Executivo. Responsabilidade não se transfere, se assume! Impossível imaginar que naquele momento não existia outra opção se não a de usar o carro da Câmara.

Muitas outras alternativas com certeza existiam, como a do município por exemplo contratar emergencialmente um transporte particular ou até mesmo acionar o PLASSMA, visto que o pai da criança é funcionário da Prefeitura. Em últimos casos, já que a secretária alegou na coletiva, que a Prefeitura naquele momento não tinha carro nenhum disponível, por que o prefeito não dispôs do seu carro? Seria uma atitude nobre para preservar a vida de uma criança que lutava contra o tempo para sobreviver e não tinha condução naquele momento sob a desculpa de que todos os carros do erário estavam sendo utilizados na enchente. Duvido também que se outros vereadores, caso fossem acionados iriam se negar até mesmo a transportar os pais a Florianópolis com seus carros particulares. Tanto é que na entrevista coletiva, o vereador Eder presente, voltou a confirmar que não só ele como vários outros vereadores, com certeza, colocariam seus carros a disposição da família devido à gravidade da situação e que o presidente deveria ter ligado para alguns deles e ter pedido ajuda e opinião a respeito. No final das contas o Executivo não deu conta do recado e o presidente da Câmara poderá “pagar o pato”.