Investidos quase R$ 11 milhões em melhorias na BR-280 em Mafra

Publicado por Gazeta de Riomafra - 09/02/2013 - 11h29

Os recursos aplicados segundo o DNIT foram para melhoramentos físicos e operacionais na travessia urbana de Mafra, cortada pela aludida rodovia, conforme inclusive três reportagens já publicadas com exclusividade sobre o assunto aqui na Gazeta de Riomafra, no último ano.

Dentre as melhorias – que inclusive foram apresentadas aos vereadores mafrenses nesta semana, estão o alargamento de acostamentos, melhorias em pontes, inclusão de rotatórias e construção de calçadas, entre outros, que são obras iniciadas em 2012 e se findam agora em fevereiro, num trecho de 2,7 km de extensão, desde a Bandag até a localidade de Espigão do Bugre.

Além disso, foram implantados 2,9 km de vias marginais (2,1 km no lado direito e 0,8 km no lado esquerdo, sentido São Bento do Sul a Mafra).

A construção de calçadas para pedestres nos dois lados da Rodovia, bem como implantação de ciclovia no lado esquerdo – protegida por defensas metálicas. Houve ainda a implantação de dois trevos – 1 na Cerâmica Vila Rica e outro próximo da Escola Ana Rank, estabelecendo um binário nas vias marginais; a regularização de todos os acessos ao longo do trecho citado e outras melhorias.

Para tanto, foram investidos cerca de R$ 2,7 milhões do Governo Federal, dentro do Programa “Crema 1â€, que se estenderá futuramente até a divisa com o município de Três Barras. “Desse total, R$ 210 mil foram recolhidos em INSS aos cofres do município de Mafraâ€, diz o engenheiro Izaldo Carlos Kondlatsch.

Ele lembra que para a realização destas obras de melhoria e segurança, o DNIT contou com apoio da Celesc, na realocação de postes que ficariam em meio a novos trajetos, bem como da Casan, com igual serviço relativo ao encanamento de água. “Além de melhorarmos o aspecto da rodovia, permitirmos maior segurança aos motoristas, pedestres e ciclistas, tornamos a área mais atrativa e valorizamos a região.

Alguns moradores/empresários se demonstram descontentes

Nossa reportagem foi procurada pelo professor Marcelo Suaki (morador às margens da BR), bem como pelo proprietário da Madeireira Odilon Rank – Odilon Rank Junior, nas proximidades de Campo da Lança. De acordo com o professor, o barranco de acesso à sua residência foi cortado há três meses e até o momento não foi consertado, o mesmo ocorrendo com o acesso à Serraria de Odilon Rank também foi remexido e encontra-se sem conserto. Marcelo inclusive queixou-se de ser mal atendido, quando procurou o DNIT, para saber como ficaria a situação de sua residência.

O engenheiro Izauro interpelado pela nossa reportagem sobre o assunto, vindo até a redação da Gazeta analisou as várias fotos enviadas ao jornal e informou que onde os mesmos estão querendo obras, não faz parte da área de domínio do DNIT, portanto, por este não podendo ser executadas.

Ele confirma que houve um rebaixamento de terras para melhor acessibilidade aos caminhões para a serraria e até que mesmo sendo fora da faixa de domínio, disponibilizou pedras para melhorar o acesso, mas outras obras não poderão ser reallizadas fora da área de domínio do DNIT.

A Gazeta então indagou o engenheiro o porque então rebaixaram as tais ruas se as mesmas estão fora da faixa de domínio? E se foi o DNIT quem causou o problema, não cabe a ele devolver as vias nas mesmas condições que se encontravam antes? Que culpa tem os moradores? Quem agora vai arcar com os prejuízos do morador Marcelo e da Serraria? Fica então estes questionamentos para o DNIT responder e resolver.

Contorno Ferroviário – Outra solução

Conforme matérias já publicadas no último ano pela Gazeta de Riomafra em primeira mão, aproveitando anúncio da presidente Dilma sobre R$ 91 bilhões em ferrovias no Brasil, com a vinda da ministra da secretaria de relações institucionais, Ideli Salvatti e do engenheiro do DNIT, João José dos Santos, para a inauguração da rodovia, prevista para o dia 01 de março, outros assuntos deverão ser abordados, tais quais o contorno ferroviário de Mafra, que hoje compreende a avenida Coronel José Severiano Maia, no centro; rua Ptolomeu de Assis Brasil, em Vila Argentina; e rua Casemiro de Abreu em Vila Clementina.

A solução mais adequada para o problema atualmente enfrentado foi formulada pelo engenheiro Jeferson Bittencourt, supervisor da Unidade Local do DNIT de Mafra e consiste na implantação do denominado “Contorno Ferroviário de Mafra”. Trata-se da interligação do ramal Mafra – Lages (que atravessa a região central do município), com o ramal Mafra – São Francisco do Sul, cujo traçado margeia o Rio Negro e não apresenta interferências com o sistema urbano do município. “Esse contorno teria uma extensão aproximada de 9,5 kmâ€.

Diz o engenheiro que essa interligação possibilitaria a supressão do trecho ferroviário desde a região central até o cruzamento com a BR-280, nas proximidades do Clube Santa Helena.

Além de eliminar os cruzamentos com a avenida com a rua Ptolomeu de Assis Brasil, próximo à Igreja Ucraniana e com a BR-280/SC, a supressão deste segmento possibilitaria a implantação de um novo acesso rodoviário à região central do município, utilizando a faixa de domínio da ferrovia, partindo das proximidades do Clube Santa Helena chegando até a avenida Severiano Maia, junto à rodoviária.

“Para a viabilização desta grandiosa obra será necessária a união de esforços entre a sociedade civil organizada e a classe política da região, de modo a sensibilizar o Governo Federal da importância e urgência desse empreendimentoâ€, finalizou Izaldo, demonstrando confiança no bom senso da ministra e, lembrando, ainda, que nas proximidades de Campo da Lança, uma nova área industrial poderá vir a ser implantada pelo Executivo mafrense.

“O Grupo em prol de Mafra†é constituído por representantes dos mais variados segmentos e vem se reunindo numa média de duas vezes por mês, buscando alternativas e projetos que viabilizem o progresso e o crescimento da cidade.

Veja algumas das vantagens da execução desta obra:

– Eliminação dos problemas de travessia de trens na cidade;

– Criação de novo acesso ao município;

– Redução dos engarrafamentos no Trevo da Maxicar;

– Distribuição do tráfego de entrada na cidade por outras vias municipais diversas (São João Maria, Jorge Sabatke, Jorge Lacerda, Pereira Oliveira);

– Possibilidade de desenvolvimento de projeto paisagístico que crie áreas para caminhadas, ciclovias, etc. (faixa de domínio de 50 metros);

– Potencial criação de nova área industrial no município.

Desafogando o trânsito no centro de Mafra

Outra proposta a ser apresentada para que se evitem congestionamentos no centro de Mafra, especialmente pelo encontro com os automóveis que vêm de Rio Negro, a proposta a ser apresentada é de que o trânsito que desce pela rua Marechal Floriano Peixoto, seja direcionado por debaixo da “ponte Rodrigo Ajaceâ€, área também sob responsabilidade do DNIT. Em parceria com a Prefeitura, ruas seriam alargadas e haveria acesso para a rua XV de novembro e todas as demais que cortam a rua Dr. José Boiteux.

Outras propostas ainda devem ser apresentadas e o grupo, em conjunto com o Executivo e Legislativo, vão solicitar que Audiência Pública seja realizada em Mafra.

- Publicidade -
11 comentários publicados
  1. Ficou muito bom

    Ficou muito bom, para as pessoas que ali residem, pois ficou mais seguro para os estudantes, pessoas que ali transitam, agora estão colocando lombadas , vai ficar muito bom, Parabens aos engenheiros,. e o pessoal ai deve estar com raiva mesmo, pois nao gosta de ver a cidade melhorar

  2. Carlos Feliski

    Realmente é um descass, gastar 11 milhões para não se fazer nada de util na Rod. 280. seria melhor não ter nem começado, não consegui entender o que se tentou fazer em frente a Ceramica Vila Rica sentido Litoral, quando se obriga o fluxo da br sair e entrar em uma marginal imaginária por 200 metros aproximadamente e lgo após entrar na rodovia, imaginem em dias de feriados, final de ano, como ficará a 280 e 116 com este entrave na rodovia 280, e também convenhamos 11 milhoões, aonde ???? Acorda povo riomafrense !!!

    • Paulo César

      Deixe de ser egoísta e pense nas pessoas que moram ali e precisam atravessar a rodovia várias vezes por dia. Pra dar um pouco mais de segurança na travessia que foi criado o desvio para diminuir a velocidade, caso contrario vários motoristas irresponsáveis passariam por ali a 150 km/h. Imagine seus filhos indo e vindo da escola e precisando atravessar a rodovia….

  3. farias

    dinheiro do contribuinte mal investido antes de fazer esta obra e nessesario fazer um viaduto no entroncamento da 116 com a 280 nos feriado e horario de pico da maior fila em são bento foi feito um viaduto sobre trevo oxford que tem menos movimento que o trevo de mafra isso e politicagem do nosso deputado federal pelo planalto norte vamos acordar para esses politicos que so querem o voto de mafra

  4. amarildo

    11 milhoes para fazer isto,cade o resto do dinheiro.

    • Paulo César

      Sabe quanto custa 1 m2 de asfalto ? pesquise depois mutiplique por alguns km. Só sei que em Rio Negro (a cidade perfeita) vi uma placa dizendo que o o custo de asfaltamento de algumas ruas, totalizando 1,4 km, custou mais de R$ 750,000.00. Então pra asfaltar colocar infraestrutura em bem mais de 5 k m dá pra ter uma idéia.

  5. vande

    na minha opiniao ficou uma bosta este acesso no km 9 que antigamemte o transito podia fluir agora vai ver a bosta que ficou .

    • Marcos

      Respeito sua opinião, mas confesso pra você que tem que ser muito matuto para achar que uma obra daquelas extremamente bem sinalizada, muito diferente de antes, problema é que alguns motoristas usam cabresto, não toleram mudanças.

  6. Weslei Pauli

    Na minha opinião o local mais adequado para ser implantado um parque industrial seria o KM 9 e Espigão do Bugre e não perto do trevo de Canoinhas.
    Por essa matéria podemos ver o quanto está sendo investido na região, além de ter a ferrovia, que mais tarde poderia ser construído ali um porto seco para o escoamento a produção, temos o clube Santa Elena que pode oferecer lazer para os trabalhadores, existe áreas para a construção de moradias trazendo os trabalhadores para perto das empresas, exitem também o transporte público, os rios da região são de baixo e médio porte o que facilita no enquadramento das legislações ambientais na gestão dos resíduos sólidos que as empresas gerarão. Isso para mostrar só algumas vantagens desta região em comparação com a do trevo de Canoinhas.

    • thiago

      Cara, leia bem antes de dar palpite.. olha só o que diz a matéria:

      ” lembrando, ainda, que nas proximidades de Campo da Lança, uma nova área industrial poderá vir a ser implantada pelo Executivo mafrense.”

      O parque seria no campo da lança… que é a região da Bandag… e não perto do trevo da canoinhas.. não sabe os nomes das localidades de Mafra, não se meta!

      • Weslei

        Eu morei no Campo da Lança e sei muito bem onde fica.
        Acho que é você que anda desinformado. Então procure ler a matéria “Parque industrial deverá ser implantado em Mafra” link http://www.clickriomafra.com.br/portal/noticias/riomafra/?p=15165
        Quando falei do trevo de Canoinhas tava me referindo a essa matéria.
        E em relação ao parque na região da BANDAG e também do trevo de CANOINHAS continuo com a opinião de que seria um dinheiro jogado fora.
        E outra coisa, seja um “rapaz” educado da próxima vez.
        Se você não sabe o que é educação seque um breve definição “adoção de comportamentos e atitudes correspondentes aos usos socialmente tidos como corretos e adequados; cortesia; polidez”

ENVIE UM COMENTÁRIO

IMPORTANTE: O Click Riomafra não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários publicados pelos seus usuários. Todos os comentários que estão de acordo com a política de privacidade do site são publicados após uma moderação.