O Brasil descobriu a energia dos ventos. Nos últimos leilões do governo para a compra de energia limpa, em agosto, ela já era mais barata que pequenas hidrelétricas. O preço caiu porque mais empresas fornecedoras de equipamentos vieram disputar o mercado brasileiro, atraídas pelo potencial eólico de nosso país. Segundo dados oficiais, o Brasil pode gerar pelo menos 143.000 MW/h com os ventos. Ou seja; quase uma vez e meia o que o país consome hoje. Graças a esse cenário promissor, em agosto ainda, foram encomendadas 70 novas usinas, que somam a capacidade de duas vezes e meia a usina nuclear de Angra 2.

De carona com a nova febre de energia limpa e para conscientizar a população local, em especial os estudantes, da importância da busca de novas fontes de energias renováveis, em especial a eólica, a atual diretoria da ASPM/Associação dos Servidores Municipais de Mafra, implantou um projeto inédito no país: a primeira Mini Usina Eólica Educativa, inaugurada na última sexta-feira (10), em anexo a sede social da entidade.  Como o próprio nome diz, ela vai interagir, comunidade, estudantes e professores, através de visitas agendadas á torre do aparato, localizada em anexo a sede sócia da ASPM. Ecologicamente correta a Mini Usina Eólica Educativa, foi idealizada e construída em 80%, com materiais recicláveis e reaproveitáveis, pelo técnico em Comunicações, Eduardo Sêbode, com apoio cultural da empresa Eletrosul S.A. Ele explica, que: “a energia gerada pela mini usina, é pequena, mas auto-suficiente; ou seja: necessária para manter ligados, um ponto de inclusão digital (com internet) na sala da torre e as lâmpadas locais. Anexo à base da torre, funciona ainda uma mini estação meteorológica, com instrumentos profissionais de precisão para as medidas do vento. “Como o local é de baixa intensidade eólica, foi necessário um redimensionamento do projeto técnico, para garantir que o aerogerador trabalhe em sua capacidade máxima. Para tal foi substituído o tradicional sistema de correias, por um sistema eletromagnético (imãs), o que permitiu o ganho de energia eólica e a auto sustentação da unidade”, comenta Sêbode. Para o atual presidente da ASPM a Mini – Usina Eólica da ASPM, além de ser inédita no país, por ser a primeira educativa, vem somar aos diversos projetos desenvolvidos em 2010 pela atual diretoria. As visitas programadas podem ser agendadas por professores, alunos e população em geral, pelo fone: (47)- 3642-4367.

Como funciona a mini usina eólica educativa:

Basicamente ela consiste de um areogerador de baixa – rotação, que faz uma pá girar, movimentando o rotor (eixo). A engrenagem do multiplicador aumenta a velocidade do giro em inúmeras vezes. A energia do movimento é levada ao gerador e transformada em energia elétrica. Cabos dentro da torre de sustentação levam a energia elétrica até a central que a distribui para a base da torre. A da ASPM por ser educativa, possui em anexo um ponto de inclusão digital (com internet) e uma mini estação meteorológica.