
O grupo paritário de trabalho formado por representantes da Autopista Planalto Sul, ANTT, FETRANCESC, AMURC, AMPLANORTE, AMURES, OAB, CREA e Polícia Rodoviária Federal, se reuniu na manhã da última quinta-feira na sede da Autopista em Rio Negro.
Trata-se de uma comissão tripartite que reúne representantes da sociedade civil, da concessionária e dos usuários, num fórum permanente que discute e fiscaliza o andamento das negociações de inclusão de pleitos no contrato da Autopista, entre outros assuntos.
É a terceira vez que o grupo se reúne para discutir assuntos relativos a obras estruturais nos municípios lindeiros à rodovia, demandas locais, além de um recente estudo de pontos críticos sugerido pela concessionária.
César Sass, diretor superintendente da Autopista abriu a reunião de trabalhos e fez um preâmbulo sobre o GPT – Grupo Paritário de Trabalho, discorreu sobre as últimas reuniões e falou sobre as propostas de obras feitas pelos municípios e que dependiam de uma contrapartida da concessionária. Deu destaque para uma reunião ocorrida em Brasília onde obteve a informação de que foi indicado para o PAC 3, a duplicação da BR 116 o trecho catarinense, que muda todo o cenário, e vem de encontro a tudo que buscavam, já que o municípios lindeiros dependem disso para trazer novos investimentos, bem como escoar sua produção.
César ressaltou que nessa proposta, provavelmente a Autopista ficará responsável pela obra, com fiscalização da ANTT no avanço destas obras e anualmente a agência reguladora repassa a concessionária os valores da obra em execução. O mais importante é que isso não implicará em aumento da tarifa do pedágio.
O superintendente da concessionária falou da importância de estabelecer um calendário para as próximas ações e sugeriu um novo enfoque, trazendo discussões sobre segurança e excesso de velocidade.
O gerente de engenharia da Autopista Planalto Sul, Marcos Dutra apresentou os assuntos trazidos pelos municípios, falou sobre as obras prioritárias apontadas em reuniões anteriores do grupo e que foram encaminhadas para a ANTT.
Como proposta da concessionária foi apresentado um novo estudo sobre os pontos críticos da rodovia. Este estudo poderá embasar novos pedidos de obras.
Dutra também explicou sobre o “Road Show”, como uma estratégia de ação de investimentos, com eventos que possam ressaltar os pontos fortes dos municípios, e com isso atrair a instalação de novas indústrias e o consequente investimento.
Wolmi Hames, da Prefeitura de Correia Pinto falou sobre a instalação de uma unidade do Senai no município e que vem profissionalizar a mão de obra local.
A concessionária Autopista apresentou a proposta, em estudo junto a PRF, de alteração da velocidade máxima de 80km/h para 100 Km/h para veículos leves, em alguns trechos da rodovia. Para a Polícia Rodoviária Federal esta alteração da velocidade é um avanço, já que trará uma maior eficácia dos policiais quanto à fiscalização.
O superintendente da Autopista falou sobre algumas peculiaridades no que diz respeito ao material fresado que é doado aos municípios. Segundo ofício da ANTT, a concessionária não está proibida de fazer esta doação, porém dependendo da finalidade de sua utilização, este material deveria ser aplicado com mais técnica, de modo a alcançar a qualidade necessária ao uso. Foi sugerido que esta doação se dê através de convênio ou termo de acordo de parceria, para que não ocorra a utilização indevida do material.
Foi sugerido pelo superintendente da concessionária, uma Audiência Pública em Lages, junto com o Governo do Estado, bancada catarinense de deputados federais e representantes dos municípios por onde a BR 116 passa, com intuito de fortalecer o pleito e demonstrar a necessidade urgente desta duplicação. Esta Audiência deve ocorrer ainda este ano, dependendo do alinhamento com a agenda do governador e dos deputados.
Também foi proposta reuniões entre Prefeituras e engenheiros da Autopista para tratar pontualmente propostas de sinalização, acessibilidade e segurança nos acessos aos perímetros urbanos.
César Sass destacou a necessidade de desenvolvimento tecnológico para aprimorar a função das balanças, em parceria com a Universidade Federal. Para tanto a Planalto Sul fará um projeto piloto de CCO – Centro de Controle Operacional remoto de balança, que deve ficar em Mandirituba e atenderá as rodovias sob concessão não só da Planalto Sul como também da Litoral Sul e da Régis Bittencourt.
O diretor da Planalto ressaltou a preocupação da concessionária em reduzir significativamente o número de acidentes, começando pela conscientização dos motoristas dentro das cidades. Seguindo este norte está propondo um ciclo de palestras com Cristiane Yared, recém eleita deputada federal, que se tornou porta voz de famílias que, assim como a sua, teve um ente ceifado prematuramente em acidentes. Cristiane perdeu seu filho em um acidente de carro em Curitiba, envolvendo o ex-deputado Carli Filho. Cada município teria uma frente de representatividade, que ficaria responsável pela mobilização dos órgãos. Campanhas de conscientização nos municípios também faz parte deste projeto de redução do número de acidentes.
Uma nova reunião do GPT deve ser marcada para uma continuidade nos trabalhos propostos pelo grupo paritário.


Que bom!!!