Um grupo de professores e profissionais da educação estiveram na noite da segunda-feira (9), na Câmara de Vereadores, para solicitarem apoio dos edis na tentativa que o atual secretário municipal de Educação, Juliano Munhoz, seja mantido na pasta.

O representante do grupo, Iuri Belandrino, diretor adjunto da CEIM Beija Flor, falou aos vereadores da preocupação dos profissionais da Educação com a possibilidade de substituição do atual secretário municipal de Educação. Explicou que se realmente for confirmada a mudança, o novo secretário será a terceira pessoa a assumir a pasta em um período de pouco mais de dois anos, o que segundo ele pode gerar muitos problemas no andamento da Secretaria, pela falta de planejamento e continuidade nos trabalhos realizados. Ele afirmou ainda que a maior preocupação dos diretores, professores e funcionários é com relação à credibilidade da rede pública municipal de ensino e com o respeito aos pais e aos alunos. Também exigem alguém na área que esteja acompanhando a educação em Mafra e não indicação puramente política. Citaram que existem mais de 700 profissionais (professores) que muito bem poderiam ocupar a pasta, pois tem o profundo conhecimento da situação da educação no município.

Belandrino, também citou a Constituição Federal, quando a mesma fala sobre a qualidade da educação e deveres do estado, e também citou por precaução, a lei municipal que protege os servidores públicos de assédio moral. Quando questionado sobre esta questão, respondeu que ainda que muitos tenham receio de perseguições políticas, a classe está ciente de seus direitos. “Quero deixar registrado que não tenho nada contra o prefeito, mas antes de diretor eu sou professor”, afirmou.

POSIÇÃO DOS VEREADORES

Respeitando a independência dos poderes e também o poder discricionário do prefeito na nomeação de seus secretários e demais cargos de confiança, os vereadores colocaram a Câmara Municipal à disposição de toda a classe educacional.

Solidarizando-se com as reivindicações dos profissionais, uma Indicação escrita será encaminhada ao executivo, sugerindo que a Secretaria de Educação seja comandada por alguém com formação e conhecimento na área, de forma a garantir a sua credibilidade.

REFORMA DO SECRETARIADO

Segundo informações, a possível mudança na Secretaria de Educação faz parte da reforma do secretariado que está sendo promovida pelo prefeito Roberto Agenor Scholze “Eto” (PT), e o novo titular da pasta deverá ser o engenheiro Tide Tavares (PSDB), que estava há 12 anos trabalhando na Secretaria de Estado da Educação em Florianópolis.

A dança das cadeiras no secretariado começou ainda no ano passado com a nomeação de Carlos Augusto de Oliveira, como secretário de Obras e de Desenvolvimento Urbano.  Depois foi a vez do ex-vereador Luiz Iremar Chaicowski (PSC) que assumiu a pasta da Agricultura. No início do ano o vereador Erlon Veiga (PRB) tomou posse na Secretaria de Governo e Cidadania, e desde dia primeiro deste mês quem está à frente da Secretaria de Administração é a funcionária da Celesc, Débora Scardazan, talvez a mudança mais comentada nesta reforma de secretariado.

MANIFESTAÇÕES

Porém o anúncio em primeira mão, pelo jornal Gazeta de Riomafra, através da coluna Fatos & Feitos no último sábado, anunciando a possível troca de comando na educação mafrense, caiu como uma “bomba” entre os profissionais da área, dividindo as opiniões, ocasionando inclusive protestos nas redes sociais.

Trechos publicados e espelhados via Whatsapp, repudiaram arduamente a atitude do prefeito Eto, partes da mensagem dizia: “Mafra está morrendo. E agora querem matar nossos professores e alunos..”. “…Vamos pedir já aos nossos nobres vereadores, impeachment do Eto. impeachment! Impeachment já!