Ter esclarecimentos sobre a possível construção de um novo prédio da Câmara de Vereadores de Mafra em área de estacionamento da UnC, indagar sobre andamento do projeto de rotatória para acesso ao campus em Mafra, solicitar reunião com a Tecnologia de Informação para resolver problema da precariedade da internet e pedir maior transparência nas decisões relativas ao orçamento da universidade. Estas foram as principais pautas tratadas na reunião entre a diretoria do DCE, empossada na última quinta-feira dia 12, e o reitor José Alceu Valério.

De acordo com o presidente do DCE, Renan Gomes Corrêa, essa foi a primeira atitude da nova direção do diretório. “Entendemos ser de suma importância, levar a conhecimento da reitoria nossas principais reivindicações sempre ressaltando a vontade dos estudantes de serem mais participativos dentro da gestão da universidade”, afirmou.

Segundo o reitor, a construção do prédio da Câmara no campus da UnC em Mafra ainda é embrionária. Ele indicou que ainda é necessária uma aprovação do Ministério Público que é curador da Instituição e informou que a contrapartida para universidade seria uma nova área para o Museu da Terra e da Vida – Cenpáleo e um auditório maior do que aquele já existente.

O que preocupa a atual direção do DCE é que esse assunto não foi discutido com os acadêmicos. Por isso o diretor de assuntos estudantis, Thiago Werneck, questionou o motivo pelo qual isto não havia acontecido. “Tivemos como resposta que ainda falta muito para que seja concretizado esse acordo entre UnC e Câmara e que a reitoria desconhecia o motivo da publicação de tal informação em mídia local. Esperamos que sejamos chamados caso haja alguma novidade no assunto”, explicou.

Rotatória

Quanto à questão da rotatória ficou definido que Reitoria e DCE vão encaminhar à Prefeitura de Mafra um ofício solicitando informações de como está o andamento do projeto da rotatória para entrada principal e também do que prevê asfaltar as outras vias de acesso ao campus de Mafra.

Internet

Na questão da internet o Reitor explicou a dificuldade técnica que existe pela limitação de velocidade ao provedor de internet na cidade de Mafra. Apesar disso, para possível melhora de acesso à rede mundial de computadores uma reunião com o chefe do setor de tecnologia de informação será agendada.

Orçamento e aplicação de recursos

A direção do DCE cobrou do Reitor uma maior divulgação dos investimentos feitos pela instituição. Também foi solicitado que os estudantes elejam as prioridades de investimentos em cada curso, sugerindo assim como o orçamento da UnC pode ser investido. “Ficamos de entregar uma carta com as principais demandas de cada curso até o dia 15 de outubro, que antecede a discussão orçamentária da instituição para 2014”, explica Renan.

Além da possibilidade de participar ativamente desse processo os estudantes pediram um relatório de quais foram os investimentos realizados nesse ano pela UnC. “O reitor ficou de nos passar estes dados e adiantou que foram adquiridas quatro estações topográficas por satélite, além de aplicado verba na construção de um laboratório de resistência para o curso de Engenharia”, revela Renan.

O DCE acredita que esse tipo de informação é essencial para que os acadêmicos tenham mais confiança na UnC e acreditem na credibilidade da Instituição. “Vemos que a transparência é um dos alicerces da administração pública moderna. A UnC, sendo considerada uma universidade “comunitária”, sem fins lucrativos,  deve ser o mais transparente possível e estimular que os estudantes sejam participativos nas principais decisões para o futuro da instituição”, observa o diretor de assuntos estudantis.

Outros assuntos

Além desses temas foram abordados assuntos como a nova Central do Aluno. “Alceu garantiu que a partir ano que vem não haverá mais problemas. Que as dificuldades atuais acontecem por se tratar de um sistema recém implantado”, explica Renan. O DCE também cobrou melhorias na acessibilidade em alguns setores do campus e pediu maior celeridade quanto à resposta ao ofício do Centro Acadêmico de Direito Aloísio Surgik – CADAS que pede os fins de quase todas as taxas na UnC.

A Gazeta informou em primeira mão que a Câmara de Vereadores teria nova sede em matéria publicada na edição do dia 14/08/13 com a manchete: Câmara de Mafra poderá ter nova sede. A Gazeta informava com exclusividade que uma parceria entre a UnC e o legislativo, foi

apresentando com mudanças no trevo que dá acesso a instituição e com acessibilidade para população, onde o terreno que seria doado pela UnC para construção da seda própria da Câmara de Vereadores. Na mesma reportagem a Gazeta de Riomafra popôs em construir um centro ao invés de construir a sede da Câmara naquele local, onde seria inadequado, até mesmo pelas condições caóticas do trânsito naquele local, onde iria coincidir o inicio das sessões da Câmara com as aulas da faculdade.

Gazeta propõe um Centro Cívico

Dentro de sua linha editorial, há vários anos o jornal Gazeta de Riomafra vem encetando a ideia de Mafra construir um Centro Cívico, numa área fora do centro da cidade onde abrigaria toda a estrutura da Prefeitura mais a edificação da Câmara em prédio separado. Acredita-se que isto geraria uma economia muito grande para o município, em aluguéis, combustível, luz, telefone água e facilitaria a logística entre os poderes e a própria população que economizaria tempo e dinheiro quando necessitar ir a Prefeitura.

Atualmente o trânsito é prejudicado pela localização da Prefeitura, devido aos estacionamentos ao seu redor

Sabemos que há necessidade do legislativo e executivo estarem estabelecidos próximos, embora sendo poderes independentes, funcionalmente estão ligados. Desta forma geraria também uma economia ainda maior principalmente na questão de deslocamento e até na comunicação. Além de que o legislativo é o fiscal do executivo, facilitando ainda mais a sua atuação.

Outro ponto importante seria o trânsito. A saída da Prefeitura do local onde ela está beneficiária em muito o trânsito naquela área central, além de melhorar as vagas de estacionamento. Também se sabe que a edificação do paço municipal é antiga e está em rápido processo de deterioração.

Outras instituições como a Justiça Federal, Ministério Público Federal e alguns órgãos estaduais, também poderiam ser convidados a integrar o centro.

Centro Cívico é uma região político-administrativa ou uma área destinada ao encontro de vários órgãos e entidades administrativas/culturais de uma cidade ou estado. Por exemplo, o Centro Cívico de Curitiba que é modelo nacional.

A Gazeta pede o apoio das entidades de classe bem como as forças vivas da sociedade para que ajudem a acampar a ideia. Pois é um investimento que se pagará em poucos anos com a própria economia gerada com as despesas atuais.

Após a reportagem entramos em contato com o presidente da Câmara Vicente Saliba e com o prefeito Eto Scholze que se declararam favoráveis a idéia, achando a mesma muito oportuna e que um centro cívico iria realmente facilitar muito a vida dos mafrenses, bem como iria realmente gerar muita economia para os cofres públicos. Também se proporão a se reunir para iniciar uma discussão e um projeto sobre o tema.