O Programa de Investimentos em Logística (PIL) do Governo Federal, também conhecido como PAC das Concessões, prevê obras em Rodovias e Ferrovias a serem concessionadas à iniciativa privada e a princípio Mafra seria um importante elo de ligação ferroviária, conforme o projeto inicial.
Diz o engenheiro Civil Ricardo Saporiti que pelo modelo em implantação as empresas construirão e farão a manutenção das novas linhas férreas, mas o Governo Federal comprará toda a capacidade de carga.
Santa Catarina está contemplada no PIL com as Ferrovias (I) Norte/Sul, no segmento entre Panorama (SP)- Chapecó- Porto do Rio Grande; (II) Maracajú (MS) – Mafra- Portos e (III) São Paulo – Mafra – Rio Grande.
As duas primeiras se complementam no transporte ferroviário de grãos para o atendimento das necessidades das agroindústrias catarinenses, visto que a Norte/Sul provem de Goiás, e a Leste/Oeste do Mato Grosso do Sul.
O segmento entre Maracajú e Cascavel, passando por Dourados e Guaira já está em fase de projeto, enquanto que de Cascavel a Guarapuava está em operação pela Ferroeste.
A FIESC reivindicou à EPL – Empresa de Planejamento e Logística que no EVTEA em elaboração pela VALEC seja incluso o segmento Guarapuava (PR) / Porto União/ Canoinhas/ Mafra, vindo a atender importante região agrícola e industrial do Planalto Norte Catarinense.
“Com o resultado desses estudos o poder concedente terá elementos técnicos, econômicos e ambientais que permitirá definir entre as opções de traçados: (a) Guarapuava- Lapa- Porto de Paranaguá, ou (b) Guarapuava – Porto União – Mafra- Portos SC”, afirma o engenheiro Saporiti.
O Governo Federal, através do PAC, já está investindo nos contornos ferroviários de Jaraguá do Sul, Guaramirim, Joinville, Araquari e São Francisco do Sul, inclusive com a previsão de um grande Terminal Intermodal no entroncamento com a BR-101/SC.
Santa Catarina precisa estar alerta para que o traçado original da Ferrovia Maracajú (MS) – Mafra seja mantido, não aceitando alterações que sejam prejudiciais aos interesses do Estado, diz o engenheiro civil Ricardo Saporiti, que acompanha os trabalhos.
Quando da visita da ministra Ideli Salvatti a Mafra a Gazeta de Riomafra já alertava para o risco de se perder esse traçado da ferrovia pelo Município e, pelo que se tem conhecimento, poucas foram as ações de políticos para garantir o mesmo e alavancar o progresso da cidade.

Mafra só perde, e perderá mais uma vez. infelizmente logo seremos cidade dormitório de Municípios vizinhos, ante a incompetência generalizada que reina em Mafra. Lamentável.