O presidente da Câmara de Mafra, vereador Vicente de Paulo Bezerra Saliba, citou em reunião da Casa nessa semana, o problema da constante falta de água no Município, que passou inclusive o Dia Mundial da Água e mais um final de semana sem água na maioria dos bairros.

O presidente destacou que tem recebido informações e reclamações de que praticamente todos os dias há falta de água em algum bairro da cidade, o que gera uma grande insatisfação entre a população. Nesse ínterim, apontando que notícias sobre a Companhia de Águas e Saneamento de Santa Catarina – Casan, dão conta de lucro extraordinário obtido no ano de 2012, “o que justifica ainda mais esta cobrança de investimentos maiores para que se resolva este problema”.

Lembrou Saliba, também, que em anos anteriores a falta de água era apenas no bairro Vila Nova, por ser um bairro muito alto e por não ter uma caixa d’água, e agora há falta água em vários locais. “Mesmo assim, com instalação de novos reservatórios, Vila Nova, Faxinal e Restinga também ficaram sem água nesse período”, afirmou, enfatizando que seu posicionamento não é uma crítica a um ou outro funcionário da Casan, mas sim que está repassando o que se ouve na cidade, e que é preciso urgente uma explicação por parte da Casan. O presidente destacou que será elaborado documento assinado por todos os vereadores, solicitando informações e ainda questionando sobre o que é preciso fazer para reverter o quanto antes a situação.

Na sequência outros edis se manifestaram sobre o assunto; pedindo informações sobre o vencimento do contrato entre a Concessionária de Água e a Prefeitura; afirmativas de que para ser renovado este contrato a Casan deveria investir mais em Mafra; a abertura de buracos em várias ruas da cidade; questionamentos se a tubulação é antiga ou tem falta/excesso na pressão da água.

Outro edil citou que já há algumas semanas solicitou cópia do contrato entre o Executivo e a Casan, para análise e ainda não teve o pleito atendido, assim como houve manifestações sobre a porcentagem a ser investida pela Companhia em virtude do contrato na cidade, lembrando-se que o Executivo, ao renovar o contrato entre 2002 e 2004, à época já cogitava a municipalização do abastecimento de água.

A questão falta de água – motivo de repúdio dos moradores, é agora apoiada por todos os edis mafrenses, que certamente cobrarão uma solução urgente para o caso, já que a bomba de captação, conforme o gerente Regional, levaria no mínimo 45 dias para chegar ao Município, o que pode vir a gerar ainda mais problemas para os munícipes. “É dever da Casan prestar um atendimento eficiente e em conformidade com o contrato e o merecimento da população e é nosso dever, como vereadores, cobrar que soluções sejam viabilizadas no menor tempo possível”, disse o presidente Saliba à nossa reportagem.