O otimismo tomou conta do setor produtivo e da classe econômica do grande oeste catarinense, com oficialização do edital da Ferrovia da Integração, assinado pelo ministro dos transportes Cesar Borges, pela ministra das relações institucionais Ideli Salvatti, pelo presidente da Valec Engenharias, Construções e Ferrovias, Josias Sampaio, e pelo coordenador da frente parlamentar das ferrovias, deputado federal Pedro Uczai. O ato ocorreu na sexta-feira (11) na sede da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC).

“Agora começamos a vislumbrar a perspectiva de avançar com o desenvolvimento regional e ter a certeza de que o oeste não vai parar. Conseguiremos assumir um novo patamar competitivoâ€, comemorou o presidente da ACIC, Mauricio Zolet.
A novidade é que o edital contempla três projetos em uma só licitação: o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, o estudo aerofotogramétrico e o projeto básico de engenharia. O prazo para os três trabalhos é de 22 meses e o valor do investimento do Ministério dos Transportes nesse edital é de 68,7 milhões de reais. O eixo da ferrovia está definido (ItajaÃ-Chapecó-São Miguel do Oeste-Dionisio Cerqueira), mas o estudo pode propor derivações de até 50 quilômetros. “Vamos ganhar tempo para poder iniciar a obra dentro de no máximo dois anos. A execução vai exigir no mÃnimo quatro anosâ€, informou o ministro dos transportes.
A notÃcia foi recebida como um alento entre os dirigentes de agroindústrias da região oeste catarinense. O vice-presidente da Coopercentral Aurora Alimentos, Neivor Canton, comenta que a agroindústria do oeste catarinense está longe dos grandes centros de consumo e distante das áreas produtoras de milho, seu principal insumo. A região importa mais de 02 milhões de toneladas desse grão por ano e necessita de uma ferrovia para unir os dois pólos – levando o alimento industrializado para as grandes cidades e trazendo, principalmente, milho e soja. A ausência de ferrovia está retirando a competitividade regional e fazendo empresas catarinenses migrarem para o centro do paÃs.
“O transporte ferroviário é a alternativa viável para baratear custos de transporte e o custo final dos produtos. Transporte ágil e barato é fator de atratividade de investimentos regionais e desenvolvimento localâ€, apontou.
A meta do Governo Federal é expandir de 29 mil quilômetros para 40 mil a malha ferroviária no PaÃs até 2020. Estão previstos investimentos de R$ 200 bilhões em ferrovias até 2025 para construção, recuperação, estudos e projetos. Desses, R$ 33 bilhões serão direcionados ao sul do Brasil.
Buscar garantir o trajeto Maracajú – Mafra
O engenheiro Ricardo Saporiti, riomafrense a atualmente residindo em Florianópolis, recentemente se manifestou com relação ao traçado original previsto em Santa Catarina, entre outros, da ligação Maracajú – Mafra – Portos, oportunidade em que já alertava para a importância de as autoridades do Planalto Norte buscarem garantir este traçado, não aceitando desvios quaisquer. “Santa Catarina precisa estar alerta para que o traçado original da Ferrovia Maracajú (MS) – Mafra seja mantido, não aceitando alterações que sejam prejudiciais aos interesses do Estadoâ€, já citava ele naquela edição.
Procuramos pelo engenheiro Saporiti e prontamente este nos respondeu, ainda na manhã de ontem, sobre o assunto.
“Lembro que aquela programada ferrovia – inclusa no PAC das Concessões ferroviárias do Governo Federal – vem complementar a Norte/ Sul [Panorama (SP) – Chapecó- Porto do Rio Grande] no atendimento a importação de mais de 2,5 milhões de toneladas de milho e soja (± 80.000 carretas) pelas nossas agroindústrias, pois a primeira provém do Mato Grosso do Sul e esta última do Estado de Goiásâ€.
Para o engenheiro é o momento das autoridades do Planalto Norte envidarem todos os esforços e pressão polÃtica – “enquanto é tempo†– visando a manutenção do traçado original programado, inclusive exigindo que seja incluso no Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), que está sendo desenvolvido pela VALEC, o segmento Guarapuava/Porto União/Canoinhas/Mafra, reativando parcialmente a Ferrovia do Contestado.
Quanto ao EVTEA e projeto básico da Ferrovia da Integração de SC (“Ferrovia do Frangoâ€), ligando DionÃsio Cerqueira ao litoral de SC, trata-se de uma ferrovia regional que objetiva atender as demandas de transportes oriundos das exportações e importações de matérias primas e produtos industrializados.
“Lembro que são necessárias três alternativas de traçados para a realização desse Estudo de Viabilidade. Por que uma dessas alternativas não pode contemplar o Planalto Norte?â€, indaga o engenheiro.
Ele fala do Programa de Investimentos em LogÃstica (PIL) do Governo Federal, também conhecido como PAC das Concessões, que em Santa Catarina prevê as Ferrovias (I) Norte/Sul, no segmento entre Panorama (SP) – Chapecó- Porto do Rio Grande; (II) Maracajú (MS) – Mafra- Portos e (III) São Paulo – Mafra – Rio Grande do Sul.


Ficará pronta em 21 de Julho de 3993
Quem viver verá. Duvido-o-dó. Se começar, começa em 2020 e termina em 2040. A menos que o PT casque fora do poder. Já passou da hora. Mais 5 anos o Brasil está pilhado. Acho que antes.