Os dados estão registrados no sistema de automação do Judiciário catarinense, sendo, portanto, a imagem real do trabalho forense, que visa em especial o atendimento das necessidades dos jurisdicionados da Comarca de Mafra
A movimentação forense – prática que usa a aplicação de técnicas cientÃficas dentro de um processo legal – é intensa nestes últimos tempos, tendo em vista o perÃodo eleitoral. Mas, embora sejam por vezes esquecidos, os números gerais de produção são significativos. O juiz Fúlvio Borges Filho, titular da 1ª Vara CÃvel/Criminal e Eleitoral da Comarca de Mafra, e que respondeu ainda pela Direção do Foro da mesma Comarca durante o mês de setembro, anunciou para a imprensa os resultados do trabalho forense deste ano de 2010.
Segundo o juiz, lembrando que os números referem-se ao produto das duas varas e ainda do Juizado Especial, neste ano de 2010, até o mês de setembro, e que o Fórum conta ainda com os juÃzes André Luiz Lopes de Souza e Reny Baptista Neto, tem-se o seguinte resultado:
Total de Processos em andamento: 14.270
Total de Sentenças: 2.910
Total de Audiências realizadas: 1.982
Total de Pessoal ouvida: 3.580
Relembrando os números conquistados no final do ano de 2009, registrou ainda o mesmo Juiz:
Total de Processos em andamento: 14.308
Total de Sentenças: 2.991
Total de Audiências realizadas: 2.848
Total de Pessoal ouvidas: 5.478.
Os dados estão registrados no sistema de automação do Judiciário catarinense, sendo, portanto, a imagem real do trabalho forense, que visa em especial o atendimento das necessidades dos jurisdicionados da Comarca de Mafra, enfatiza o juiz Fúlvio Borges Filho.
Para a reportagem, o juiz fez questão de citar dados do Conselho Nacional de Justiça, que no ano de 2009, nos ramos federal, estadual, municipal, o Brasil teve, em média, para cada 100.000 habitantes oito juÃzes, número este considerado insuficiente pelo Ministro Cezar Peluso. Na Argentina o número sobe para 11,2 e na BolÃvia para 9,6. Em paÃses como Espanha e Portugal, esse número chega a 18 juÃzes para cada 100.000 habitantes. Outra informação interessante é o número de advogados para os mesmos 100.000 habitantes, que no Brasil é 279 e na Argentina 312.
No ano de 2009, o Poder Judiciário custou R$37,3 bilhões aos cofres públicos, valor correspondente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a soma de todas as riquezas produzidas no PaÃs.
De acordo com o secretário geral adjunto do CNJ, José Guilherme Vase Werner, 96% das despesas são com o pagamento de pessoal. Entretanto, quase 52% desses valores foram devolvidos em receitas arrecadadas por conta de processos executados em que o Estado é credor, ou seja, por conta de processos executados pela justiça, a União, os Estados ou MunicÃpios conseguiram reaver parte do dinheiro.
