Vindo de Inácio Martins onde atuou por somente dois meses o padre Fernando Pimentel, que embora nascido em Curitiba foi criado na localidade de São Lourenço que só deixou quando ingressou no Seminário, se disse surpreso quando soube de sua transferência para a Paróquia de Mafra, “porque é muito difícil um padre ser nomeado para trabalhar em sua Paróquia de origem”.
Tendo assumido como vigário na última semana o padre Fernando diz estar se sentindo muito bem em Mafra “É muito bom trabalhar em Mafra pela própria religiosidade popular ‘organizada’, são fiéis conscientes e participativos e temos ótima estrutura tanto na Paróquia quanto nas Capelas e isso inclui o material humano”, salienta.
Desde 2006 atuando no máximo um ano em cada Igreja o padre diz que pretende ficar bastante tempo em Mafra para poder desempenhar um bom trabalho. Se considerando um ‘padre pastorista’ afirma que seu primeiro objetivo é conhecer as realidades e tentar responder aos anseios da comunidade.
Ele diz que já observou que as crianças e jovens têm grande acompanhamento e participação, mas destaca que com as próprias mudanças na sociedade se faz necessária a renovação. “A formação litúrgica é o básico para todas as Paróquias. Precisamos tornar a catequese mais profissional e atuante, mas antes disso precisamos criar novos mecanismos que atraiam os catequizandos para a Igreja, não comparecendo só por uma obrigação da religião”, ressalta. Para o vigário é preciso se deixar o amadorismo de lado em todos os aspectos e, no caso da catequese, atualizar os conteúdos. “Melhorar a didática e implantar uma metodologia mais adequada para os dias de hoje é um grande passo para tornar a catequese mais atraente”, enfatiza o padre Fernando.
A aproximação maior da Igreja na sociedade também é destacada pelo novo vigário da São José. Segundo ele a Igreja tem muito à crescer e acredita nesse crescimento com a própria ideologia do papa Francisco. “A Igreja é um conjunto e precisamos ser Igreja dentro e fora dela, sendo mais participativos no dia a dia da comunidade”.
Padre Fernando destaca que por muito tempo a Igreja só pensou em falar e se esqueceu um pouco de ouvir. “É chegado o momento de ouvirmos a sociedade, participarmos de seu cotidiano, não só chamar os fiéis para a Igreja, mas levá-la também a eles”.
O padre diz não ser apolítico, mas garante não ter nenhuma ideologia político partidária. “Pelo bem da comunidade posso até apoiar idéias e ideais, mas não políticos propriamente ditos”, conclui.

E o Pe. Aldo Seidel, que fim levou?