Conforme publicado em edição anterior, com problemas relacionados ao pagamento dos médicos que atuavam junto ao Pronto Atendimento de Rio Negro e a negativa em aumentar o subsídio dos mesmos, estes profissionais deixaram de prestar atendimento, causando transtornos à comunidade que necessita de serviços emergenciais em Saúde.

A diretoria do Hospital disse que, mesmo com alguns dias o PA haver ficado sem médicos, iria contratar uma empresa de outro Município, com equipe médica igualmente qualificada, para que os serviços voltassem à normalidade.

“Temos a boa notícia” – disse a secretária Municipal de Saúde, Simone Gondro, em entrevista à nossa reportagem. “Os serviços do Pronto Atendimento foram normalizados já na segunda-feira e a comunidade rionegrense tem novamente o atendimento de emergência durante as 24h do dia”.

Lembrando que uma licitação será realizada no próximo mês de maio, para contratação de empresa que se responsabilize pelo funcionamento e manutenção do Pronto Atendimento, Simone Gondro diz que até lá não haverá aumento dos valores repassados atualmente pela Prefeitura, conforme contrato que, destacou, visa o atendimento emergencial, pagamento de médicos plantonistas e de sobreaviso, entre outros. O valor pago mensalmente pelo Executivo para essa finalidade, é de R$ 165.067,20. “Essa quantia é suficiente para a manutenção do Pronto Atendimento”, garante.

A chefe da Pasta fez questão de ressaltar a pronta receptividade do vizinho Município de Mafra que, durante o período em que o PA de Rio Negro ficou sem médicos, atendeu a todos que procuraram o PA Mafrense, mesmo com muitas vezes alto número de pacientes daquela cidade. “Só temos a agradecer ao secretário de Saúde, Executivo e equipe que prestou atendimento aos rionegrenses”, citou.

Lembra ainda a secretária Simone Gondro, que da licitação a ser realizada em maio, poderão participar todas as empresas que preencherem os requisitos necessários e atenderem às normas da Vigilância Sanitária, entre outros. Isso quer dizer, então, que não é garantia de que o Hospital continue recebendo para a manutenção do Pronto Atendimento.

O PA de Rio Negro atende diariamente de 90 a 100 pacientes, número que chega a dobrar nos finais de semana.

Recursos

De acordo com a secretária de Saúde, em reunião com o diretor Regional de Saúde do Paraná, José Carlos Silva de Abreu, o Governo Estadual deverá auxiliar na reestruturação do Hospital Bom Jesus e da ala que comporta o PA, adequando ambos às normas sanitárias e buscando, igualmente, equipamentos necessários para melhor atendimento.

Indagada sobre a viabilidade do Hospital receber recursos financeiros, já que há problemas com Certidões Negativas de Débitos, Simone nos disse que o próprio diretor Regional destacou que o Hospital Bom Jesus não pode receber recursos estaduais em espécie, mas pode receber através de obras de melhorias e de equipamentos (manutenção).

Perguntamos à secretária sobre acusações contra o atual prefeito, Milton Paizani, vindas da própria diretoria daquele nosocômio, ao tempo em que a mesma respondeu que “não se pode jogar na atual Administração, a culpa por um fato que vem se desencadeando ao longo de doze anos”. Salienta ter conhecimento da preocupação do prefeito Paizani com relação a Saúde e ao Hospital, lembrando palavras do mesmo quando disse que em curto espaço de tempo, irá implantar o seu próprio modelo de gestão da Saúde. “O que temos que pensar nesse momento é em unir forças para resolver a situação e não ficar procurando culpados enquanto a população sofre com a precariedade no atendimento”, concluiu.