
A Amadev – Associação Mafrense dos Deficientes Visuais é uma entidade de e para deficientes visuais. Fundada em 2005, tem por finalidade incluir na sociedade os deficientes da visão, de ambos os sexos e todas as idades, tendo como principais atividades as modalidades de esportes adaptados – bocha, atletismo, ciclismo, xadrez e natação; aulas de violão, de Braille; orientação e mobilidade.
No convívio com deficientes visuais, deve-se agir com naturalidade, pois eles apresentam as mesmas características de qualquer pessoa, ou seja, eles “podem conviver socialmente, estudando, trabalhando, tornando-se autossuficientes”.
Dicas de ações como agir com os deficientes visuais
1 – Ao andar com uma pessoa cega, deixe que ela segure seu braço. Não a empurre: pelo movimento de seu corpo, ela saberá o que fazer.
2 – Ao estar com ela durante a refeição, pergunte-lhe se quer auxílio para cortar a carne, o frango ou para adoçar o café, e explique-lhe a posição dos alimentos no prato.
3 – Ao auxiliar a pessoa cega a atravessar a rua, pergunte-lhe antes se ela necessita de ajuda e, em caso positivo, atravesse-a em linha reta, senão ela poderá perder a orientação.
4 – Se ela estiver sozinha, identifique-se sempre ao se aproximar dela. Nunca empregue brincadeiras, como: “adivinha quem é?”.
5 – Ao orientá-la a sentar-se, coloque a mão da pessoa cega sobre o braço ou o encosto da cadeira e ela será capaz de sentar-se sozinha.
6 – Ao observar aspectos inadequados quanto à sua aparência, não tenha receio em avisá-la discretamente a respeito de sua roupa (meias trocadas, roupas pelo avesso, zíper aberto etc.).
7 – Ao orientá-la, dê direções do modo mais claro possível. Diga direita ou, de acordo com o caminho que ela necessite. NUNCA use termos como “ali”, “lá”.
8 – Se conviver com uma pessoa cega, nunca deixe uma porta entreaberta. As portas devem estar totalmente abertas ou completamente fechadas. Conserve os corredores livres de obstáculos. Avise-a se a mobília for mudada de lugar.
9 – Se você for a um lugar desconhecido para a pessoa cega, diga-lhe, muito discretamente, onde as coisas estão distribuídas no ambiente e quais as pessoas presentes. Se estiver uma festa, veja se ela encontra pessoas com quem conversar, de modo que se divirta tanto quanto você.
10 – Ao apresentá-la a alguém, faça com que ela fique de frente para a pessoa apresentada, impedindo que a pessoa cega estenda a mão, por exemplo, para o lado contrário em que se encontra essa pessoa.
11 – Ao conversar com uma pessoa cega, fale sempre diretamente e nunca por intermédio de seu companheiro. A pessoa cega pode ouvir tão bem ou melhor que você.
12 – Ao afastar-se da pessoa cega, a avise para que ela não fique falando sozinha.
Ser um cego
Não vejo quem eu amo
Nem as cores do mundo
Mas minha alma é um oceano
Com o olhar grande e profundo
Não vejo o sol, nem a lua
Mas contemplo sua existência
Me guio na vida e na rua
Com o dom de minha inteligência
Tudo sinto tudo posso
Falta luz, mas nunca a vontade
De lutar pelo que é nosso
“Deus” nos deu liberdade
Eu vejo através da alma
Amo com meu coração
Uso o sentido da calma
E faço uso da oração
Não vejo seu olhar perfeito
Mas sorrio para te alegrar
De você, só quero o respeito
E a amizade conquistar
Josélia Aparecida Ruthes*
Inclusão
Realizamos nesta cidade
Um grande trabalho de inclusão
Atuando com toda a idade
Com amor e dedicação
Respeitando a diversidade
Oportunizando a liberdade
De uma vida com qualidade
Com direito a felicidade
Incluir é acreditar
É o potencial valorizar
É sonhar e realizar
Uma nova vida começar
Incluir é saber que, a perda de um sentido
Não deve abalar sua vida
Não acredite ter seu valor perdido
Pois há um novo caminho a ser seguido
Josélia Aparecida Ruthes*
* ex-presidente da AMADEV
