Será realizado durante todo o mês de maio, o segundo “Arrastão da Saúde”. Este projeto visa divulgar as ações de Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema único de Saúde (SUS), através das informações repassadas aos munícipes pelos ACS, os quais além de informarem sobre os medicamentos disponíveis no Elenco da Farmácia Municipal, ainda estarão aptos a verificar as “Farmacinhas Caseiras” incentivando as pessoas a doar os medicamentos que não são mais utilizados e que não estejam vencidos, para que outras pessoas possam fazer uso.
O desperdício de remédios infelizmente ainda é grande no Brasil. Segundo o Conselho Federal de Farmácia, 20% dos medicamentos comprados pelo governo e pelos hospitais privados são desperdiçados no país. E se a gente colocar nessa conta a enorme quantidade de remédios que mofam nas farmacinhas caseiras, o índice aumenta bastante. Segundo Damaso Silveira, presidente do Banco de Remédios de Porto Alegre, que presta um serviço parecido com o nosso, hoje no Brasil, 1/3 dos medicamentos são perdidos.
“Aqui em Rio Negro também funcionamos como um banco de medicamentos” explica a farmacêutica Karla. As doações se concentram na Farmácia Central, podendo partir de qualquer interessado em doar. Recebemos ainda doações de clínicas particulares, e prefeituras de nossa Regional.
Além disso, outro motivo para doar é o perigo representado pela automedicação. Dados divulgados em 2010 pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que pouco mais de 10% das internações em hospitais são originadas por reações adversas a remédios. O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), por sua vez, garante que o uso de medicação sem orientação está em primeiro lugar entre as causas de intoxicação.
Guardar remédio em casa é uma conduta de risco, por isso é importante combater o uso indiscriminado dessas drogas. Prova disso são algumas medidas desenvolvidas para frear esse mau hábito. A principal delas, sem dúvida, foi a determinação da Anvisa de só liberar a venda de antibióticos a partir de receita médica controlada, semelhante ao que já era feito com os psicotrópicos, ou seja, além da exigência da receita, farmácias e drogarias também devem preencher um formulário com dados da prescrição, do médico e do comprador, isso aumenta o controle sobre a venda desse tipo de medicação, explica a secretaria de Saúde.
Todos os medicamentos recolhidos passarão por uma avaliação criteriosa realizada pelas farmacêuticas da Secretaria. Em seguida, os que estiverem em condições de uso serão repassados aos usuários de acordo com a necessidade e mediante apresentação de prescrição médica.
