Saúde de Mafra vai implantar serviço de odontologia na UTI do Hospital São Vicente de Paulo

Publicado por Gazeta de Riomafra - 08/03/2013 - 00h00

Buscando combater a proliferação de bactérias e infecções hospitalares e ainda reduzir o número de óbitos dos pacientes acamados, a Prefeitura de Mafra, através da Secretaria da Saúde, realizará a partir do próximo mês, atendimento odontológico periódico dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Vicente de Paulo. Os dados estatísticos coletados nos atendimentos servirão de base para confecção de um projeto de lei sobre este assunto.

A novidade foi destacada pelo prefeito, ao enaltecer a iniciativa dos profissionais da saúde. “A preocupação com o atendimento do paciente de forma integral, com atenção, carinho e cuidados físicos, e aí se encaixa o atendimento odontológico – tenho certeza, asseguram uma recuperação mais rápida aos acamados”.

Atendimentos

De acordo com o chefe de saúde bucal da Secretaria, Ricardo Susin Schelbauer e o dentista Eugenio Costa, idealizadores do projeto, foi proposto à diretoria do Hospital São Vicente de Paulo a realização deste trabalho, caso seja aprovado pelo Conselho de Ética. “Serão feitos atendimentos três vezes por semana, por dois profissionais – um dentista e um técnico em saúde bucal. Assim que o paciente der entrada na UTI, em até 48h será atendido, que é o prazo de formação de colônia bacteriana em vias aéreas superiores”, explicou Eugenio.

Projeto de lei

Ricardo Susin Schelbauer destacou que no Brasil apenas Campo Grande (MS) possui lei municipal sobre este tema. “Outras cidades brasileiras prestam atendimento odontológico em UTIs, mas não possuem uma lei para isto. Baseados no projeto de lei federal (PL 2776/2008), que estabelece a obrigatoriedade da presença de profissionais de odontologia nas unidades de terapia intensiva (…) vamos criar o nosso projeto e posteriormente tentar conseguir sua aprovação”, disse.

Dados
Segundo Ricardo, o projeto de lei também será baseado em dados de pesquisas científicas. “Uma das pesquisas comprova que a ausência de infecções bucais reduz o risco de um segundo episódio de infarto agudo de miocárdio logo após o primeiro”, declarou. Além disso, completa: “outras pesquisas mostram que os cuidados com a saúde bucal podem diminuir o tempo de internação do paciente e os custos hospitalares”.

A partir do início dos atendimentos na UTI no Hospital São Vicente de Paulo, será realizado trabalho científico com dados coletados para posterior comparação e confecção do projeto de lei. “Vamos coletar dados no início e fim da internação do paciente, mensurá-los, a fim de comprovar a efetividade do trabalho”, finalizou Schelbauer.

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