
Os servidores do Ministério Público Federal (MPF) seguem em greve no Município de Mafra. A mobilização acompanha a tendência nacional de paralisações. Em Santa Catarina, já são mais de 10 Procuradorias da República em funcionamento mínimo (Criciuma, Caçador, Tubarão, Florianópolis, Joinville, São Miguel do Oeste, Concórdia, Jaraguá do Sul, Mafra, entre outras) em combate à intransigência do Governo Federal em negociar a reposição das perdas salariais. Os servidores do MPF estão sem reajuste salarial desde 2006, contabilizando perdas efetivas de poder aquisitivo face à inflação acumulada do período, que variou de dezembro de 2006 (data do último reajuste) até julho de 2012, entre 46,77% (IGPM), 37,85% (INPC) e 35,58% (IPCA).
As tentativas de iniciar um diálogo com o Poder Executivo Federal se arrastam desde 2009, sem qualquer tipo de avanço ou proposta efetiva por parte do governo, que insiste em conceder “ZERO” de reajuste. A Presidente Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), se recusa a negociar efetivamente com o Procurador-Geral da República ou com o sindicato nacional da categoria (SINASEMPU) e ainda exerce fortes pressões políticas, por meio de Ministros de Estado e de sua base aliada no Congresso Nacional, pela manutenção de sua posição intransigente.
O congelamento salarial dos servidores do MPU, com o consequente esvaziamento dos quadros funcionais para outras carreiras públicas, antes de ser mera medida de “contenção de gastos”, “prudência orçamentária” ou “ajuste fiscal”, revela-se na verdade como uma forma lenta e gradual do Executivo Federal de enfraquecer, sucatear e desmoralizar a instituição, que não se submete às pressões políticas ou de interesses privados no exercício de suas funções constitucionais, dentre elas, o combate ao crime, à corrupção, à improbidade administrativa e a defesa da correta aplicação do dinheiro público.Diante deste quadro, resta apenas uma pergunta: a quem interessa um Ministério Público enfraquecido?
Somente os servidores aderiram à greve, ou seja, o Procurador continua seu trabalho normalmente com os servidores que continuam atendendo somente casos considerados graves. Os servidores reconhecem que o trabalho que cabe a eles é de extrema importância para o funcionamento do ministério, mas entendem que este é o momento de se mobilizar.
Todas as categorias querem apenas a atualização de seus salários frente a inflação. Só para exemplificar a Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPU),dois dos órgãos mais atuantes contra a corrupção nesse país, estão há quase 7 anos sem atualização salarial. A PF e MPU estão há mais de um ano tentando negociar a atualização, mas o Governo nem discute o assunto. “Será que estamos pedindo demais ou somente o justo. O mercado, condomínio, colégio, as contas de luz e gás, vão parar de subir?”, indaga o servidor Thiago Werneck.
Polícia Rodoviária também adere à greve
Chegamos a um momento ímpar e único para nós que pertencemos a categoria dos servidores da Polícia Rodoviária Federal. É importante lembrar, que em outras ocasiões tivemos manifestações importantes para a valorização da categoria, porém nenhuma ensejou um movimento de greve.
Informamos que no tocante as questões de legalidade da greve, foram cumpridas todas as exigências necessárias para que não ocorra nenhum tipo de prejuízo aos servidores da categoria, com as ações à serem implementadas durante o período de greve.
O inicio da greve em Santa Catarina ocorreu as 14h do dia 20, sendo que durante o período estão sendo realizadas as seguintes ações: manifestação pacífica, ordeira e sem bloqueio de rodovia, na BR 101 KM 204, no dia 20 das 14 às 17h, com participação de policiais rodoviários federais e servidores de outras categorias do serviço público federal.
Os acidentes com feridos e mortos continuarão com o atendimento dentro da normalidade, bem como as ocorrências que gerarem a interdição da pista ou que estejam comprometendo a segurança dos usuários da rodovia;
Os acidentes que não gerarem o bloqueio da pista, ou vítimas, ou que não comprometam a segurança dos usuários de nossas rodovias, não estão sendo atendidos; assim como o atendimento ao público nas unidades administrativas (Delegacias e Superintendência), não ocorrerá.
Outra ação que não está sendo executada são que não vem sendo executado são atividades e serviços especiais, como batedores de carga excedente, bem como se houver convocações para reforço de operações.

Nao fazer nada ,eu ganho 1.000 por mes so…e voce???????????v.. trab…