O superintendente da Polícia Rodoviária Federal em Santa Catarina, inspetor Silvinei Vasques esteve em Mafra nesta sexta-feira pela manhã, ocasião em que se reuniu com o inspetor chefe da 6ª Delegacia PRF, Luciano Crisafuli Rodrigues para assuntos inerentes aos trabalhos desenvolvidos e, posteriormente, efetuou a entrega oficial de quatro novas viaturas adquiridas pela Autopista Planalto Sul por força do contrato de concessão da rodovia BR 116.

Após a entrega dos novos veículos e enquanto participava de um coquetel nossa reportagem entrevistou o inspetor Vasques, haja vista as dúvidas e divergências que surgiram com o fechamento no conhecido como “trevo da Dirmave”, do acesso entre o bairro Jardim América e o centro e vice-versa, que culminou inclusive em ameaça feita por telefone a um jornalista da Gazeta e extensiva à sua família.

De acordo com o superintendente, a questão de fechamento de acessos como o de Mafra onde o trânsito urbano cruza a rodovia é uma ação que vem sendo desenvolvida em todo o Estado, em cumprimento às normas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT e do próprio Ministério da Justiça. “Entendemos que muitas vezes as comunidades se revoltam com essas ações, mas estamos trabalhando pela segurança delas mesmas”, enfatizou.

De acordo com ele o caso do fechamento do acesso no trevo de Mafra o deixou tranquilo, uma vez que existe uma passagem segura sob a BR há cerca de cem metros da rotatória e que garante o acesso com segurança. “Muitas vezes vemos pessoas confundirem a rodovia com uma avenida e precisamos separar o trânsito urbano do rodoviário”, disse o chefe da Polícia no Estado.

O inspetor lembrou ainda que dados técnicos apontam para o fato de vários acidentes ocorridos no trevo ou em virtude do mesmo e que deixaram muitas pessoas hoje ainda em idade de trabalhar, sem condições para tal, onerando ainda mais os cofres da Previdência com aposentadorias. “Cuidar para que não haja acidentes é uma missão nossa, mas também de todos os motoristas”, disse.

Garante o inspetor Vasque que em nenhum momento vislumbrou qualquer prejuízo ocorrido aos moradores e comerciantes com o fechamento do acesso. “Respeitamos a opinião de todos, mas somos profissionais e técnicos e temos que agir desta forma”.

Ele garante como chefe da PRF em Santa Catarina que não há motivos para que o acesso seja reaberto, até pelas condições e localização do trevo, que estão irregulares. “Se alguém me provar tecnicamente que é viável a reabertura do mesmo e se responsabilizar, sou o primeiro a determinar a reabertura, mas sei que isso não será possível porque já foram realizados estudos técnicos comprobatórios da inviabilidade daquela rótula”, finalizou.

Abaixo-assinado

Relatamos ao superintendente estadual que recebemos a notícia de abaixo-assinado que está circulando em Riomafra e no qual, além da reabertura do trevo a intenção é de que o comandante da 6ª Delegacia seja removido. “O inspetor Crisafulli tem desenvolvido um excelente trabalho e somente sairá da 6ª Delegacia se for por ascensão profissional e pelo que sei isso não está nos planos dele agora, então ele vai ficar em Mafra por sua competência”, afirmou.

O delegado da PRF em Mafra disse não ter conhecimento sobre o abaixo-assinado e garantiu que somente tem trabalhado em conformidade com as determinações superiores e buscando adequar também Mafra à realidade.