Mulheres no Rock.

Publicado por Cris Fagundes - 08/03/2013 - 14h58

Boa tarde galera, olha quem está de volta, hoje dia Internacional da Mulher, 08 de março,  irei fazer um texto citando algumas das mulheres mais importantes para o Rock e todas as suas vertentes.

Gostaria de deixar claro que na minha concepção, que isso é apenas uma data simbólicae hoje em dia de cunho muito comercial (como inúmeras outras datas), pois todos os dias é dia da mulher, assim como de todos os seres humanos de bem, que acrescentam algo em nossas vidas, sem mais delongas, vamos aos trabalhos.

Em uma das minhas rodas de bate papo e chimarrão (que eu recuso sempre pra preservar minha garganta) surgem todos os tipos de assunto e pra variar sempre cai no Rock n’ Roll das antigas bem onde eu gosto. Mas o assunto foi pra uma área interessante onde alguns acham que o estilo é um tanto machista e que as mulheres têm pouco espaço dentro do que chamamos “Rock de verdade”. Pra variar eu discordo e prometi colocar algumas dicas das mulheres mais poderosas do Rock n’ Roll, bem como sua importância para o mesmo.

Mesmo enfrentando uma sociedade machista e preconceituosa, elas foram aparecendo aos poucos e, apesar de serem bem aceitas hoje, ao menos no meio artístico, muitas ainda são alvo de discriminação perante a sociedade.

Vamos a elas, não poderíamos começar melhor:

Janis Joplin

 Ah falar da Pérola é complicado pra qualquer um, o que dizer dessa mulher que canta e compõe de igual pra igual com as grandes feras do blues, ela cultivava uma atitude rebelde, se vestia como os expoentes da geração Beat e como os Hippies, já nessa época o consumo de drogas fazia parte de sua vida. Em 1966 como vocalista da Big Brother & The Holding Company, Janis ganhava cada vez mais destaque no show bizz, em 1968 ela sai e forma a Kozmic Blues Band e seu status se elevou aos grandes nomes do rock até então. Janis possui uma discografia pequena mas marcante aos nossos ouvidos.

Janis morreu de overdose aos 27 anos. O filme The Rose, com Bette Midler no papel de Janis Joplin, baseou-se em sua vida mas não é uma obra oficial.

Janis Joplin

 Grace Slick

 Sem dúvida alguma a cantora e compositora hippie mais poderosa do Rock é Grace Slick, conhecida como a eterna líder do Jefferson Airplane e das demais encarnações da banda – Jefferson Starship e Starship – e pelos seus olhos azuis, Grace é considerada como a personalidade mais importante do Rock Psicodélico.

 Grace era amiga íntima de Janis Joplin. Slick foi uma figura importante no desenvolvimento do rock, seu estilo sem compromisso e sua voz ajudaram abrir portas para mais mulheres no mundo do rock, até então dominado por homens. O alcoolismo de Slick tornou-se um problema para suas bandas e assim fez com que partisse para uma carreira solo.

Grace Slick

Mas isso era só o começo. Logo em seguida, o mundo ficaria aos pés de Suzi Quatro, das musas Joan Jett e Lita Ford, que lideravam o The Runaways e do Blondie, comandado pela carismática Debbie Harry.

Mas não foi só no bom e velho Rock que o erroneamente chamado “sexo frágil” obteve êxito. Na linha mais pesada, com forte influência Punk, as inglesas do Girlschool conseguiram grande repercussão, excursionando até com o Motörhead, considerados os “padrinhos” da banda.

Alguns anos mais tarde, surgiu o The Bangles, que fez história com álbum “All Over the Place”, em 1984 e, junto com as meninas do Go Go’s, foram eleitas os maiores nomes do chamado Pop / New Wave. E já que estamos nos anos 80, não poderíamos deixar de mencionar o Vixen, o maior representante feminino do Hard Rock, que fez do seu álbum de estréia homônimo, um verdadeiro fenômeno de vendas em todo o mundo.

Quem também marcou época foi a alemã Doro Pesch. Primeiro com o Warlock e depois simplesmente como Doro, gravando ótimos álbuns durante os anos 90. E foi também nos anos 90 que o mundo conheceu as californianas do L7. Praticando um Heavy Metal sem maiores cerimônias, o grupo emplacou vários hits nas rádios e na MTV, chegando a se apresentar em terras brasileiras em 1993, no festival Hollywood Rock.

Algumas mulheres ainda ganharam destaque tocando algum instrumento em bandas formadas exclusivamente por homens, como as baixistas Sean Yseult e D’Arcy Wretzky, do White Zombie e Smashing Pumpkins, ou atuando como ‘front woman’, como Gwen Stefani e Shirley Manson, do No Doubt e Garbage, respectivamente.

Tarja Turunen, ex-vocalista da banda finlandesa Nightwish, com sua voz doce, lírica elevou o rock nórdico a outros patamares quando juntamente com a banda lançou Once e depois passou o microfone para Anette Olson. Assim como Angela Gossow, nódica do Arch Enemy. Uma das musas do rock nos últimos tempos, pelo menos pra mim, é Shamaya Otep, uma beleza única, cheia de tatuagens e atitude, com um gutural que faz muito marmanjo parecer uma criança cantando. Pena não ser tão valorizada (ainda) no mundo! Assim como as meninas da Kittie, um quarteto de rock pesado que se já não deu, vai dar muito o que falar.

E o que falar do rock brasileiro, lá atrás com seus cabelos pintados, num meio extremamente machista, a extravagante Rita Lee fez as vezes de musa do rock brasileiro durante muito tempo.

Uma menção honrosa a Cássia Eller, que marcou toda uma geração, despovoada de mulheres sem atitude alguma no final dos anos 80, voltando no final dos anos 90 apenas para dar um toque aos mais novos e se foi deixando saudades, além da saudosa banda de Heavy Metal, Volkana, só para citar alguns.

São as mulheres também que lideram a maior parte dos grupos Doom / Gothic/ Metal Sinfônico, com seus vocais líricos e angelicais, que se encaixam perfeitamente nas orquestrações e atmosferas viajantes tão características do estilo. Podemos citar como as maiores representantes, Vibeke Stene (Tristania), Liv Kristine Espenæs (Theatre of a Tragedy), Simone Simons (Épica), entre outras.

Não há, portanto, como não reconhecer a importância das mulheres no Rock, seja qual for o estilo, a época e a mensagem que elas estiverem nos passando. O fato é que as mulheres ajudaram a moldar, a aperfeiçoar e a embelezar não só a música que tanto amamos, mas o mundo em que vivemos.

Enfim, o que não falta hoje são mulheres roqueiras que além da beleza física mostram-se cada vez mais competentes naquilo que se propõe a fazer e é pra elas que dedicamos esse post! Poderia aqui citar tantas outras, mas a lista é imensa. Parabéns as nossas roqueiras, sejam as que cantam, sejam as que tem atitude, sejam as que curtem!

Janis Joplin – Mercedes Benz.

Jefferson Airplane – Somebody To Love/White Rabbit .

Rita Lee – Ovelha Negra.

Volkana – Darkness.

Cassia Eller – 1 de Julho.

Nightwish – Nemo.

Por hoje é só galera, tenham todos uma ótima tarde e até a próxima. Parabéns, mulheres. Vocês merecem!

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