Uma denúncia contra o prefeito municipal foi lida na sessão ordinária da última segunda-feira dia 18 de agosto.
Tal denúncia realizada pelo empresário Marco Aurélio Ferrari Ramos, anexo aos autos cópia do Termo de Declaração, por ele prestado à Delegacia da Comarca de Itaiópolis, onde sua Empresa vem prestando serviço, posto que foi vencedora em processo licitatório, promovido pelo municÃpio.
Esclareceu que tomou a decisão de registrar o Boletim de Ocorrência, porque não suportava mais a pressão para ceder, onde o prefeito municipal através de seu preposto exigia comissão para pagar os serviços prestados por sua empresa ao municÃpio.
Foi lido pelo assessor jurÃdico, Ricardo Alexandre da Silva, lei que dispõe sobre a responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores, e dá outras providências, citando o Art. 4º do referido Decreto-Lei, onde são arroladas as infrações polÃtico-administrativas dos Prefeitos Municipais sujeitas ao julgamento pela Câmara Municipal e sancionadas com a cassação do mandato, destacando o inciso X do presente artigo – Proceder de modo incompatÃvel com a dignidade e o decoro do cargo.
Enfatizou que o denunciado terá ampla defesa e o contraditório, conforme prevê a Constituição Federal. Ato contÃnuo, a Presidência da Casa obedecendo os trâmites do Art.2º do inciso II do Decreto-Lei 201/1967, bem como do Art.97 do Regimento Interno da Casa Legislativa, colocou em votação o acatamento pelo recebimento da denúncia realizada pelo empresário Marco Aurélio Ferrari Ramos.
Todos os vereadores acataram por unanimidade de votos o recebimento da denúncia, logo após foi constituÃda Comissão Processante, com três vereadores sorteados entre os desimpedidos. Verificou-se o impedimento de dois vereadores, Rodrigo Hirte (grau de parentesco) e Alcides Nieckarz (vÃnculos profissionais com um empresário, que neste caso é uma das pessoas que está sendo investigada).
Foram sorteados os nomes dos seguintes vereadores para comporem a Comissão Processante, Celestino Smangozeski, segundo Cássio Edmundo Bilicki, e o terceiro Edione Pickicius.
Encerrado o processo e tendo os nomes da Comissão Processante, o presidente desde logo, solicitou aos mesmos elegerem o presidente e o relator.
Realizada a escolha, o presidente comunicou ao plenário a composição da Comissão Processante, ficando constituÃda da seguinte forma: presidente – Celestino Smangozeski, relator Cássio Edmundo Bilicki; e membro Edione Pickcius.
Considerando a aceitação da denúncia, bem como aos fatos divulgados no site da PolÃcia Civil de Santa Catarina e matérias jornalÃsticas nos diversos meios de comunicação, o presidente solicitou ao 1º Secretário da Casa a leitura do Projeto de Resolução de Mesa nº 002/2014, que “Institui Comissão Processanteâ€.
Ato contÃnuo submeteu o referido Projeto de Resolução em discussão e votação simbólica, sendo aprovado por unanimidade de votos. ConstituÃda a Comissão Processante, o presidente repassou o processo de denúncia ao presidente da Comissão Processante, que iniciará os trabalhos, dentro em cinco dias, notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e documentos que a instruÃrem.