Construção conta com inovações para atender resoluções dos conselhos superiores. A Vara do Trabalho de Mafra compreende a jurisdição dos seguintes municÃpios, além de Mafra: Itaiópolis, Monte Castelo, Papanduva e Santa Terezinha.
Foi inaugurada nesta quarta-feira, dia 21 às 16h, a sede própria da Vara do Trabalho de Mafra, localizada na rua Vereador Antonio Narloch, 110, junto ao Fórum de Justiça. A presidente do TRT/SC, desembargadora Gisele Pereira Alexandrino participou da solenidade, juntamente com outras autoridades de renome, e presença maciça de advogados de Mafra e Rio Negro.
A edificação tem 520 m² e foi construÃda num terreno de 1,4 mil m², custou cerca de R$ 1,6 milhão com a contratação de projetos, sondagem no terreno, construção e fiscalização da obra, iniciada em junho do ano passado. A unidade funcionava desde a instalação – há quase 26 anos – no mesmo endereço: um espaço de 437 m², alugado por cerca de R$ 31,5 mil por ano. Além do aumento da área, a sede ganhou sala de conciliação, área de serviço e depósito.
Em seu discurso, a presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), desembargadora Gisele Pereira Alexandrino, lembrou que a nova VT de Mafra resulta de uma evolução contÃnua dos prédios da Justiça do Trabalho catarinense. “Nesta construção foram observados os parâmetros das obras anteriores, que vêm atendendo à s exigências dos usuários quanto à habitabilidade, segurança e sustentabilidadeâ€, observou a desembargadora.
Esses quesitos, afirmou a presidente, garantem conforto, funcionalidade, acessibilidade, facilidades na manutenção, durabilidade e economia de água e energia. Mafra é a décima sede própria construÃda com foco nessas diretrizes.
A nova vara segue o padrão estabelecido pelas resoluções 114 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e 70 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Essas normas estabelecem algumas diretrizes para obras no Judiciário, como metragem dos ambientes de trabalho (salas de audiência, por exemplo) e utilização de material sustentável nas construções.
Exemplo disso é o vidro especial instalado na VT de Mafra, que age como um isolante térmico e diminui a incidência do calor do sol no ambiente interno da unidade.
Orgulho
Titular há seis anos da VT de Mafra, o juiz Valter Túlio Amado Ribeiro trouxe a tona o Centenário da Guerra do Contestado, ocorrida na região. O conflito que durou quatro anos, levou a morte mais de 20 mil pessoas que se revoltaram contra a desapropriação de suas posses para instalação de madeireiras e uma empresa multinacional. A batalha ocorreu numa área de quase sete mil metros quadrados, ao longo da ferrovia São Paulo-Rio Grande.
“Um dos motivos dessa chacina é porque não havia um Judiciário presenteâ€, afirmou o magistrado, em seu discurso. “Hoje, ao contrário, podemos nos orgulhar de resolver um litÃgio em 30 dias, na maioria das vezes, sem precisar levá-lo à s vias de fatoâ€, ressaltou.
O juiz Daniel Lisboa, substituto que atua na unidade desde 2006, disse que a sede própria da VT de Mafra representa um marco na conquista do direito social. “Agora temos uma casa à altura dos trabalhadores, advogados, servidores e juÃzes da jurisdiçãoâ€, destacou, após fazer um breve resumo dos fatos que culminaram com a doação do terreno pela Prefeitura Municipal.
Parâmetro de modernidade
O prefeito em exercÃcio Paulo Sérgio Dutra, disse que a nova sede da Justiça do Trabalho de Mafra servirá de parâmetro de modernidade para todas demais obras do municÃpio. “Tenho certeza que aqueles que criticaram a obra, por estar instalada na Praça Central da cidade, vão mudar de opiniãoâ€, desafiou, lembrando que o Fórum de Justiça está situado ao lado da vara.
Disse ainda que nessa obra tão esperada e batalhada, quem ganha é a sociedade e os trabalhadores que buscarão ali seus direitos. Ressaltou o empenho de todos os envolvidos, em especial do prefeito Jango Herbst.
Para o presidente da OAB/SC, Paulo Roberto de Borba, a obra significa mais um compromisso da Justiça do Trabalho catarinense de oferecer melhores serviços a seus jurisdicionados. Destacou os esforços que as últimas administrações do TRT/SC vêm empreendendo em “promover a interiorização†da Justiça do Trabalho. “Isso se traduz em eficácia, um fruto que se colhe em benefÃcio da própria Justiçaâ€, afirmou.
Conciliação
Atuando como titular da VT de Mafra desde 2006, o juiz Valter Túlio Amado Ribeiro revela estar “ansioso†para começar a trabalhar na sede própria. “Estamos todos boquiabertos com a qualidade dessa construçãoâ€, elogia. A sala de conciliação – praxe em todas as novas sedes próprias da Justiça do Trabalho catarinense – terá uma função especial: deixar as partes mais à vontade para negociar, ao mesmo tempo em que libera a sala de audiências para mais um processo da pauta.
Vale lembrar que o juiz Ribeiro adota o sistema de audiência una, ou seja, ele tenta a conciliação e, em caso de fracasso, passa a ouvir as testemunhas em seguida, sem precisar marcar uma nova audiência para isso.
Essa dinâmica costuma render elevados Ãndices de conciliação na unidade, pois, em caso de não acordo, a sentença não demora muito para sair. Dos 1456 processos solucionados no ano passado na fase de conhecimento (discussão do mérito), 925 foram por acordo, mais de 63%. De acordo com o magistrado, desde que o processo é autuado, a sentença não leva mais do que 30 dias para ser publicada.
Ele chama a atenção também para o reduzido estoque de execuções, aquela fase do processo em que se parte para a cobrança dos valores reconhecidos pela sentença. Atualmente são apenas 460, um dos menores estoques do Estado, perdendo apenas para as varas de Caçador, 4ª VT de Florianópolis e Videira. “Quando assumi, eram mais de 4 mil processos nessa faseâ€, afirma. O segredo? Conciliação. “Não iniciamos uma execução sem antes colocar em pauta para tentar o acordoâ€, garante.
A Vara do Trabalho de Mafra compreende a jurisdição dos seguintes municÃpios, além de Mafra: Itaiópolis, Monte Castelo, Papanduva e Santa Terezinha.
Agradeço a Deus por mais eça conquista,que nós trabalhadores tivemos ;pois muitas das vezes somos explorados pelos noços patrões, deixamos noças famÃlias ,d manhã só retornamos para nossas casas no fim do dia ,ainda muitas das vezes somos humilhados e maltratados pelo patrão
Como era bom antigamente a praça ali, grande e com o campinho ainda…mas td foi se acabando, deixando de lado. Agora deram uma arrumada, ficou bonita claro, porém contruÃram a JT em cima dela.
Bacana ter sua própria JT, mas poderia ser em outro lugar.
Como dizem, Mafra ta se acabando mesmo, no que diz respeito a lazer.
Tinha que fechar essa vara do trabalho e não ceder local para continuarem ferrando a vida dos empresários.
Isso que os empresários querem!
Continuar explorando os trabalhadores, sugando-lhe o ultimo suor em troca de um salário miserável e violando os mais básicos dos direitos!
Raça de canalhas! A Justiça do Trabalho é uma conquista do POVO!