Banheiro Público poderá resultar em CPI

Publicado por Gazeta de Riomafra - 08/08/2013 - 18h00

Nesta segunda-feira, 5, durante a sessão da Câmara de Mafra os vereadores requereram  se havia necessidade da autorização da Fundação do Meio Ambiente – FATMA – para  a construção do  Banheiro Público, localizado na rua Felipe Schmidt em Mafra.

Segundo os vereadores, os dejetos do banheiro estão sendo despejados na rede fluvial, a qual vai até o rio da Lança. As pessoas que passam pelo local, próximo da loja MM, sentem fortes odores que são provenientes dos dejetos do banheiro que estão sendo despejados em local inadequado.

Também foram informados que dois vereadores participaram de reunião com prefeito, Roberto Scholze, engenheiros da prefeitura e a Vigilância Sanitária, também estiveram presentes o Corpo de Bombeiros de Mafra. Nesta ocasião, segundo relato, os engenheiros estão acusando a Vigilância Sanitária como responsável por não ter notificado o prefeito da época sobre os devidos problemas. Porém, o vereador afirmou que a responsabilidade seria dos engenheiros que projetaram a obra e será aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os erros da construção e por quem foram cometidos.

Entenda o caso

O projeto do banheiro público foi apresentado no dia 19 de março de 2012 aos vereadores pelo o então prefeito em exercício, Paulo Dutra, em sessão na Câmara de Vereadores na época, onde afirmou que a obra seria completa no prazo de 90 dias e não teria qualquer custo para os cofres públicos, visto que a verba para a edificação viria de empresas do município.

A Companhia Catarinense de Ãguas e Saneamento – CASAN, por meio da Agência do município de Mafra, em 26 de março de 2012 apresentou um ofício ao prefeito em exercício, Paulo Dutra, com todos os complicadores para construção do mesmo.

Entre os problemas citados, está que o local escolhido não era o mais adequado, pois no terreno passam duas adutoras que abastecem quase toda a cidade. Além das adutoras, passam pelo mesmo terreno uma tubulação de grande porte que distribui a água tratada para a população mafrense. Devido ao porte das tubulações um vazamento no local ou próximo ao local causaria grandes danos ao banheiro público e dificultaria em muito o reparo das adutoras e da tubulação.

Outro fato mencionado no ofício é que nas leis do município de Mafra consta que não poderá haver construções próximas de adutoras de água até uma distância de 15 metros. No caso deste banheiro foi construído encima de duas adutoras e de uma tubulação de distribuição, assim sendo um caso bem crítico.

Também lembraram que está sendo implementado o sistema de esgotamento sanitário no município, com isso não pode haver ligação direta a rede no momento. Com essa consideração deveria ser realizado a construção de tratamento individual, porém exigia uma área do solo que o local não possui.  Outro ponto é que no caso da construção do tratamento individual o solo será mexido aumentado às chances de rompimento nas tubulações. A CASAN deixou bem claro no ofício os perigos que poderão acontecer com a construção deste banheiro público.

Segundo relatos da população, o odor que fica próximo ao banheiro constata que o tratamento individual não foi realizado, assim sendo despejados os dejetos na rede fluvial do município causando danos ao meio ambiente.

E em 10 de dezembro de 2012, o banheiro público foi inaugurado. A construção possui 51,62m² com três sanitários masculinos, quatro femininos, um fraldário e um banheiro adaptado para cadeirantes e pessoas com necessidades especiais, além de um lavatório em cada, oferece ainda conforto e livre acesso a toda população visitante.

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3 comentários publicados
  1. Adonis

    Essa obra custou mais de 100 mil reais,,, já falei anteriormente q este banheiro deveria ser demolido e o dinheiro cobrado do ex prefeito e ex secretário, assim como responsabilizar os vereadores que deveriam fiscalizar tal investimento,,,,
    Mais dinheiro do povo jogado diretamente no Rio da Lança…

    • Dudu

      Concordo!

  2. Arlindo

    Quanto custou esta obra?

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