Educação à distância no Brasil

Publicado por Gazeta de Riomafra - 09/08/2013 - 00h00

Em meio a críticas e certas doses de rejeição por parte dos que desconhecem a realidade, a Educação à Distância (EaD) vem tomando fôlego e conquistando seu espaço dentre as modalidades de ensino no Brasil. Surgida a partir da ideia da inclusão, a formação à distancia é alternativa para milhões de professores que necessitam se adequar às exigências atinentes à habilitação profissional.

Porém, alguns dados históricos são oportunos em relação ao ensino a distância no Brasil que conta com experiências na área desde 1939, ano da fundação do Instituto Radiotécnico Monitor. Dois anos depois, é criado o Instituto Universal Brasileiro e em 1947, surge a Universidade do Ar, patrocinada pelo SENAC (criado em 1946) e SESC (criado na década de 40).

Já o período compreendido entre os anos 70 e 80, se caracterizou como a segunda geração da EaD no Brasil, definida por aulas via satélite e complementadas por materiais impressos. Mas, com a introdução das novas tecnologias de comunicação e informação na década de 90, a realidade brasileira mudou significativamente em termos de EaD. Em 1992, foi criada a Universidade Aberta de Brasília e em 1994, a internet se expandiu no ambiente universitário. Conseqüentemente, em 1996, é criada a primeira legislação específica – estabelecida na Lei de Diretrizes de Bases – LDB – 9394/96 e normatizada na Portaria Ministerial n°4.361 de 2004 (que trata dos procedimentos envolvidos na oferta de cursos superiores a distancia).

Além dos dados expostos, são importantes análises com relação à modalidade alternativa, expressiva frente os limites de tempo e espaço, em especial, quanto o papel do aluno envolvido numa nova forma de comunicação, o que supõe discernimento quanto à opção e atuação ativa, embora conte com o auxílio da tutoria, tantos nos momentos presenciais quanto nos ambientes virtuais.

A postura de automotivação e autodisciplina dos alunos depende deles, mas também de adequada orientação dos orientadores de estudo que devem estar devidamente preparados para a tarefa de conduzir em nome da autonomia e independência em termos de estudo.

Autonomia que depende do esforço e dedicação de cada um dos envolvidos no processo semipresencial ou totalmente a distancia. Importante mesmo, é que ao final do curso (o mesmo da modalidade presencial), o aluno apresentará qualidades iguais ou superiores ao do aluno que estudou presencialmente. Uma vez que o grau de dificuldade enfrentado pelos alunos de curso a distancia exige deles métodos de estudo e compromisso com a própria aprendizagem, detalhes que fazem a diferença, como as que são vistas no desempenho em provas (escolares e de concursos públicos) e nas atividades profissionais dos professores.

Claro que para isso, se deve ter como preocupação a séria organização do curso, seleção dos tutores e rigor na avaliação de seus alunos. Não basta a modernidade dos aparatos tecnológicos. É preciso contínuos ajustes e apresentação de bons resultados.  E isso o Brasil já mostra por meio do árduo trabalho de muitas instituições de ensino superior que zelam pela qualidade do ensino que oferecem nos cursos a distancia.

Em reconhecimento às conquistas nessa área, o MEC planeja criar uma universidade federal de educação a distância para atender à demanda por vagas no ensino superior, cujo projeto de lei deve ser “encaminhado ao Congresso para tramitar, possivelmente, em agosto”, segundo recentes palavras de Aloízio Mercadante, Ministro da Educação.

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