Transitar pelas Ruas Senador Irineu Bornhausen e José Schmekel, no Centro de Itaiópolis, nem sempre foi fácil. Esburacadas e gerando poeira, em tempos de estiagem, as vias são alvo de reclamação da população, principalmente de moradores. Proprietário de uma oficina mecânica, José Orlando de Miranda (59), atua no ramo há 15 anos e desde que iniciou a atividade em Itaiópolis sonha com a pavimentação da Rua José Schmekel.
A demarcação das vias é um pontilhão, que corta uma das nascentes do Rio da Lança. Por solicitação de Miranda, o vereador Leandro Rui Kuiavski (PP) esteve na tarde da última terça-feira (28), fiscalizando o local. O que se pôde observar é vários quilos de entulhos engolindo o pequeno córrego, além de uma área em processo de erosão, que está comprometendo a cerca de alambrados da oficina mecânica de Miranda. Segundo o empresário, a Prefeitura fez obras de tubulação pluvial na Rua José Schmekel há três meses, mas o trabalho já apresenta indícios de comprometimento.
Alguns tubos em concreto (manilhas) estão soterrados, em meio à terra que desmoronou. Os canos de água da empresa Casan, que abastece o local, ficaram suspensos ao lado do pontilhão. A supressão da mata ciliar, se é que existiam as margens do córrego, contribuiu no processo de erosão, que preocupa Miranda.
A recuperação asfáltica da Rua Senador Irineu Bornahusen está em fase de andamento por uma empresa que venceu a licitação da prefeitura. A pavimentação das Ruas José Schmekel e Irineu Bornhausen, que ligam o centro da cidade a localidade de Poço Claro e a Associação Desportiva Embraco (ADE) já foi tema de vários pronunciamentos na Câmara de vereadores. A prefeitura disse que realizaria a obra, com a utilização de recursos provenientes da Seinfra (Secretaria de Infraestrutura do Estado), e as obras de recuperação estão gradativamente sendo executadas, mas, no entanto, somente na Irineu Bornhausen.
A situação mais grave é a Rua José Schmekel. Esgotos domésticos correm a céu aberto em meio à via. A água represada em buracos exala mau cheiro. Segundo a prefeitura, o projeto de calçamento da via foi enviado a Redur (Representação de Desenvolvimento Urbano da Caixa Econômica Federal) de Joinville, mas até o momento não houve resposta sobre o convênio. “Basta começar a chover novamente que vai desmoronar mais ainda esse barranco comprometendo a minha cerca e também as árvores, que me pertencem, pois estão no meu terreno”, disse Miranda. José Orlando de Miranda, explicou que não pretende desmerecer o trabalho feito pela Prefeitura, mas pede solução frente ao problema de erosão, que está surgindo a abarcando parte de seu imóvel.