Em greve, professores da rede estadual reivindicam melhores salários

Publicado por Gazeta de Riomafra - 26/05/2011 - 00h17

A manifestação contou com representantes da classe de Mafra e de municípios vizinhos do planalto norte. Os educadores marcharam até a porta da SDR (Secretaria de Desenvolvimento Regional) onde manifestaram seu descontentamento salarial

“Professor na rua, Governo a culpa é sua,” era o que bradavam profissionais da rede estadual de SC, que estão em greve deflagrada desde a última quarta-feira 18 de maio e que se reuniram na tarde desta terça-feira, na Praça Lauro Muller, alto de Mafra, como forma de protesto, a fim de mostrar que a classe está unida e luta pela aprovação do novo piso salarial no estado.

No ato, estavam presentes cerca de 200 educadores, alunos, pais e professores aposentados de Mafra e de cidades como Monte Castelo, Papanduva e Itaiópolis. Primeiramente se reuniram na praça e logo após caminharam em direção a SDR de Mafra, carregando faixas, entoando gritos de protestos e expressando a indignação da classe perante o Governo do Estado.

Na chegada a SDR, os grevistas foram recebidos pelo secretário Wellington Bielecki, que mostrou solidariedade aos professores, e disse que este é um momento de transição no governo de Santa Catarina, mas que ele acredita que logo esta situação terá a atenção que merece por parte dos representantes do estado. Ressaltou ainda que esta não deva ser uma luta somente dos professores e sim de toda a sociedade em geral, já que todos passam pelas mão destes profissionais, afirmou.

Disse também, que pessoalmente levará o protesto ocorrido no município até o governador Raimundo Colombo, e que servirá como interlocutor da classe junto ao mesmo. Para o secretário, a categoria dos professores é a mais importante do país.

Wellington disse a reportagem da Gazeta que ficou muito contente, com a educação e protesto pacífico por parte dos professores, e que encara a greve como sendo legal, sendo muito aplaudido e ovacionado pelos grevistas e presentes no protesto.

Luiz Arten, diretor regional do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina), pediu o apoio de Wellington junto ao Governo do Estado, na tentativa de conseguir o reajuste salarial proposto pela classe. “O professor é a alavanca deste país”, disse o diretor regional do sindicato em tom de protesto.

O sindicato afirmou que os educadores só retornam às salas de aula após o Estado confirmar o pagamento do piso. Disse que a adesão de professores está aumentando, e assegurou que esta é uma das maiores manifestações de profissionais da educação no Estado nos últimos 12 anos, e que, um ato parecido, acontecerá na cidade de São Bento do Sul com apoio dos grevistas mafrenses.

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16 comentários publicados
  1. Bruno dos Santos Silva

    Em resposta ao indivíduo “Aluno”. Ja que você considera tão fácil lecionar, por que não torna um professor? Somente estamos reinvindicando nossos direitos! Nada mais.

  2. Dihoni

    A Greve…
    Todos aqui, se demonstram preocupados com a Greve, alguns se preocupam se atingirão seus objetivos (R$), e outros se preocupam se irão repor as aulas (risos).
    Sou Aluno, mas sou aluno de faculdade, já passei pelos dias onde os professores da rede pública, aderiam em manifesto à tão eficaz lei LEI Nº 7.783,(Que pasmem, foi promulgada pelo Sr.JOSÉ SARNEY um homem como todos conhecem, integro.. ( Oo )
    A questão é, De um lado temos os professores, exigindo direitos, cobrando atitudes, lutando pela sua valorização, de outro lado temos o governo do estado, que agora tem cheirinho e novo, e está flexível para novas propostas (ops, falei de mais). Todos sabemos que a greve não está apenas reivindicando o aumento (já aprovado em outras épocas e não atendido pelo Governador anterior Luizinho) do piso salarial, mas também a manutenção correta das unidades de ensino, a aplicação correta de valores para a educação, melhorando dessa forma a qualidade no ensino. (Mesmo que não pareça isso).
    E no meio da briga, temos os ALUNOS, que aproveitam esses dias, e descansam suas cabeças dos árduos dias de ensino e disciplina rígida para que sejam cidadãos íntegros e críticos como disse o professor acima (Será?). Posso eu dizer que os políticos aumentam seus salários porque querem prestar, por este aumento, um melhor serviço? Não posso!, como não posso generalizar esse aumento como sendo por um lado inteiramente bom. Se um Faz, esse um é UM, se dois fazem, um deles não faz pelo mesmo proposito do outro.
    Há sim aqueles que reivindicam MELHORIAS na qualidade, outros tem em seus pensamentos as melhorias em seus contra-cheques. Claro sempre há uma amostra que diverge.
    Mas Senhores, senhoras, pais desses Alunos que estão em suas casas enquanto deveriam estar estudando, me digam:

    O que fariam, se um professor, dissesse ao seu filho:
    Não fazemos tudo o que podemos porque falta estrutura, verba, valorização!

    Agora me digam, qual seria sua atitude frente a frase abaixo:

    “Não podemos criar apenas doutores, temos de fazer também a mão de obra das industrias laborais, se não o Brasil para!”

    Pois é, esta frase veio de uma professora que tive, quando argumentei o porquê de ela não fazer para nós (alunos do terceiro ano em 2008) os pré-vestibulares dentro de sala de aula uma vez a cada bimestre, uma provinha que mediria nossa deficiência frente ao que poderia nos prejudicar em um vestibular de verdade.

    Agora me digam o que fariam se um professor que aderiu a greve dissesse:

    “Nos estudamos muito para ganhar pouco, por isso fazemos greve!”
    Essa veio de uma professora de inglês que tive no segundo ano do E.M.

    Pois bem, a greve não era para reivindicar DIREITOS de TODOS ao melhor ensino? Melhores unidades de educação? Melhor..Melhor.. São tantos melhores. Que o único melhor que aparece é o melhor salário.

    São vários que interpretam mal a greve, ela não é ruim, ruim é a forma que é movida pelos que tencionam primeiro aumento de seus direitos (ta eu sei que foi aprovado) Segundo melhoria na rede publica de educação e etc, etc e tal.

    Mas os Senhores professores, deveriam se perguntar, se o aumento dos seus salários é proporcional a vontade e ao conhecimento que têm em ministrar as aulas.

    Se sim, eu sou a favor da greve, e dos senhores, mestres do conhecimento.
    Se não. Vão pensar no que estão fazendo, realmente é necessário, para depois tudo ficar na mesma? Eu me considerava um bom aluno, até fazer o vestibular. (eu estudei, mas como estudar sozinho o que se deveria ter aprendido em tantos anos de luta?)

    Pois é só!

    Como já dizia o Che Guevara, y Viva la revolución

  3. Carlos Wernek

    Boa reinvindicação da classe que forma a classe opinante, dominante e dominados. O problema é que o governo não esta cumprindo com suas determinações legais. Ou seja o governo não está cumprindo as determinações do STF. O governo de SC ja enrolou dois anos sobre o piso salarial, agora é hora de buscar os nosssos direitos! GREVE SIM!

    • Estela

      Nossos representantes e suas prioridades!!!
      No início do mês de maio deveria ser votado uma lei instituída ainda no governo Lula, está seria sobre o a hora atividade do professor, tempo este que é dedicado com enfoque no aluno. Mas sabe o que aconteceu? A votação foi cancelada por falta de “coro”, ou seja, menos da metade dos deputados compareceram naquele dia para “trabalhar”.Na semana seguinte o plenário estava em peso para defender o Palocci. Até quando os interesses da classe dominante fará parte de nosso meio?

  4. THOMAS

    Até onde eu sei…o Governo do Estado já sinalizou favorável ao pagamento do piso proposto pelo Governo Federal. O Impasse agora está na igualdade salarial pois, um professor de início de carreira, receberá, com o novo piso, salário quase igual ao de um professor que já tenha algum tempo de profissão e que deveria receber mais. Gostaria de saber se estou certo na minha linha de pensamento.
    Obrigado
    Thomas.

    • Estela

      OK THOMAS
      Você está correto em sua linha.Quanto a diferença no salário não é somente pelo professor ter mais tempo de serviço, o que também não estaria errado, mas sim na diferença de quem possui uma graduação, pós graduação, mestrado ou outro. A lei citada refere-se ao piso inicial de quem ainda não possui graduação concluída, a lei do piso ressalta que haverá uma tabela de planos salariais compatíveis com o nível de estudo e tempo de serviço dedicado ao magistério após ter sido aprovado em concurso público. Veja bem, a verba para o pagamento do piso dos professores foi repassada pelo governo federal desde 2008, porém o governo do estado não nos pagou ainda. Os professores não sabem onde está tal verba.O governo diz que não sabe como fará esta tabela de planos e salários e vai aguardar o supremo tribunal se pronunciar. Será que teremos que esperar mais 02 anos? A verba irá mofar de tanto ficar guardada! Abraços

  5. Estela

    Muito boa a sugestão, poderíamos ficar hospedados em Florianópolis e protestarmos “lá” nossos direitos. Mas, infelizmente não recebemos “diárias” para isso e provavelmente nem salário no próximo mês. A vida real é difícil, mas estamos tentando fazer a nossa parte. Obrigado a todos que estão apoiando o movimento.

  6. Eva

    Oi Ricardo… os professores já fizeram tudo o que você nem imagina, junto aos deputados estaduais, cartas ao governador, passeatas em Florianópolis, reunião entre o SINTE e este governo do Colombo… e nenhuma proposta chega perto do que os professores têm direito, por lei, para poderem lecionar com melhores condições aos filhos dos pais que não têm dinheiro para escola particular. Mas eles precisam também de cursos de atualização. Sabem quantas horas o governo ofereceu em 8 anos? Z e r o. Quem precisou de certificado para promoção, pagou do próprio bolso seus cursos. E quem não pôde? Interessante também comparar os prêmios que SC ganhava até 2002. A Escola Paula Feres ganhou os últimos 40 mil em Brasília, em 2001 e 2002. Cadê os projetos pedagógicos de sucesso agora?

  7. Ricardo

    Respeito o pensamento dos professores… Porém não concordo com a manifestação da forma que ocorreu. Ora, se querem lutar por seus direitos, por que não vão protestar direto com quem pode resolver o problema? Ou seja, na capital do Estado, diante do palácio do governo, cobrando uma atitude DIRETO com o chefe do executivo estadual. Seria o mais correto…

  8. Juliana

    Que nada Cláudio, uma boa parte é ACT, nós também estamos lutando pelo nosso amanhã, são tantos os problemas da Educação hoje, que o salário é apenas a parte mais grave de tudo isso, o importante é unirmos força e quebrarmos essas regras absurdas pouco a pouco.

  9. Claudio

    Boa.. Parabens…..Entendemos que muitos são ACTs e nao podem fazer grave,, pois nao podem peder o cargo….. Mas quem não é act… é efetivo,, tem mesmo que fazer e protestar…. .. se não fica igual a nossa politica,,,, todo mundo é ladrão… e ninguem faz nada… por isso que nao mudar…. ninguem tem coragem…..

  10. Aluno 2 a volta

    Desculpe a falta de modos do Aluno de cima, mas pense agora: Se um aluno fala assim, e outro não (EU). O que garante que Um professor tenciona melhorias e outro só o aumento? Então, pense o Sr. nos poréns, que possam existir antes de generalizar a classe. Eu posso estar errado, e desculpe se estou, sei que as melhorias provenientes dessa greve, serão muitas (Claro, a melhor todos sabemos). Mas, não foi os Senhores professores que ensinam os alunos a serem críticos? Ta, crítico é uma coisa, mal educado é outra, Os senhores ensinam a criticarem o que é errado, mas não dão suporte para desenvolver essas críticas. Não adianta ensinar o que é um carro, para que serve, é necessário, ensinar a dirigir, e dessa forma o que deve ou não ser feito. Mas claro que não é assim, Vocês não educam, a educação vem de casa, não é? Tudo bem, mas porque temos o nome de CENTRO EDUCACIONAL? Porque lutam pela EDUCAÇÃO? Se a educação vem de casa?

    Corajoso professor? Meu amigo, eu tenho 1,65 de tamanho, e nunca insinuaram agressão a mim, me respeitam pelo que sei e pelo que sou. Não por ser corajoso, mas por ser o que os alunos querem que eu seja, não sou professor, sou apenas um aluno, mas sou o melhor que posso ser.

    O Senhor desvirtuou o sentido da greve, desvirtuo também. Para responder a altura, EDUCADAMENTE, sua alegação.

    Obrigado, tenha um excelente domingo. Corrigindo provas, fazendo exercícios, desenvolvendo aulas. Afinal cada profissão tem seus poréns, e o Sr a escolheu.

  11. Prof° Adalmir

    PARA OS ALUNOS ACIMA …. VOCÊS SERÃO A MASSA QUE IRÃO TRANSPORTAR DROGAS E TAMBÉM FARÃO PARTE DO ESQUADRÃO DA VIOLÊNCIA EM NOSSO PAÍS, EM UM FUTURO BEM PRÓXIMO … PORQUE QUEM NÃO TEM COMPETÊNCIA PRA ESTUDAR E SABER ESTUDAR … FICA AI NA INTERNET METENDO PALAVRAS AGRESSIVAS QUE “SANGRAM” A ORELHA E OS OLHOS DE QUALQUER UM QUE AS OUÇA E AS LEEM … PORQUE NÃO BOTAM SEU VERDADEIRO NOME!?!? … COLOCAM “FAKES” SE DENOMINANDO ALUNOS????? VCS SÃO REALMENTE TUDO; MENOS PODEM SER CHAMADOS DE ALUNOS! …

  12. Bruno dos Santos Silva

    è péssima sua opinião! Palhaçada é não cumprir a lei, como o nosso governador quer fazer! Palhaçada é querer oprimir a liberdade de expressão, de greve! A classe do magistério há décadas em SC está sendo oprimida pelo salário. Não queremos surar ou apanhar, somente queremos nossos direitos constituidos por decisão do STF aplicados. Concordo que a situação é problemática, mas não é ilegal ou inconstitucional. Se você considera seus professores mal educados, nem quero saber sua opinião de aluno! É vergonhoso dar opinião sem qualificação, sem conhecer o assunto! Leia mais, vá até as passeatas e se informe! Respeitamos sua opinião, mas não respeitamos a omissão!

  13. Aluno2

    Para o seu governo, estou muito além do que você possa imaginar ou conseguir chegar.
    Realmente acredito que você deveria voltar a ser aluno, porque professor, não está com nada…

  14. Dihoni

    Não sou contrabandista¬¬

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