Para que o convênio fosse firmado foi necessário que o P.A fizesse parte do Hospital como porta de entrada. Com isso a comunidade ganhará em qualidade desde o primeiro atendimento, urgência e emergência até, se necessário internação e UTI.

A região do Planalto Norte já dispõe de uma referência integral no atendimento hospitalar, confirmou o secretário de Estado Regional, Wellington Bielecki, na última sexta-feira (2).

O Hospital São Vicente de Paulo, representado no ato por seu coordenador geral Dário Clair Staczuk e a Secretaria Municipal de Saúde de Mafra representada por sua secretária Maria Beatrice Reynaud dos Santos, assinou o Termo (convênio) de Pactuação na Rede de Atenção à Urgência e Emergência das Macrorregiões Nordeste e Planalto Norte de Santa Catarinacom o Sistema Único de Saúde (SUS), através da Secretaria de Estado da Saúde, na quarta-feira (31), em Florianópolis. O município teve sua participação, já que para esta contratualização acontecer o Hospital precisaria de um acesso, neste caso o Pronto Atendimento.

Há tempos existia a preocupa com o vazio assistencial da saúde na região, sendo que os pacientes que dependiam da assistência da média e alta complexidade precisavam ser atendidos, na maioria dos casos, em Joinville ou Florianópolis.

Desde então, manteve o governador Raimundo Colombo informado de sua preocupação em oferecer atendimento integral à população. Na última visita, do governador a Mafra, a comitiva pôde conferir a capacidade e a qualidade das instalações do Hospital São Vicente de Paulo, sendo elas consideradas suficientes para firmar o convênio. “Precisamos lutar contra o vazio assistencial que o Planalto Norte sempre apresentou, o convênio com o hospital foi a primeira etapa” afirmou o secretário Wellington, que ainda reforçou o empenho do secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, nos investimento em saúde na região, bem como no Estado inteiro.

De acordo a gerente Regional de Saúde, Joyce Cristina Cavalheiro Hanisch, através do convênio, o hospital garante assistência tanto a nível ambulatorial quanto hospitalar.Relata que conforme o Plano Operativo, os municípios da região serão atendidos através de pactuação, no entanto, os casos de urgência e emergência serão atendidos independente da procedência dos pacientes. O plano operativo também prevê internações em clínica médica e cirúrgica, 10 leitos de UTI, pequenas cirurgias, captação de órgãos e patologia clínica.

Esclareceu que dentro dos exames, classificados como de apoio e diagnóstico, o hospital oferecerá Raio X, ultrassonografia, tomografia, ressonância magnética, eletrocardiograma.

Mensalmente, o hospital apresentará, através da comissão de revisão de óbitos, relatório com análise dos óbitos ocorridos. Trimestralmente, apresentará relatórios referentes à organização dos prontuários e a qualidade dos registros. Tais relatórios serão apresentados à Secretaria de Estado da Saúde, através da Gerência Regional de Saúde para avaliação dos atendimentos prestados.

Os serviços contratados compreendem a utilização de toda a capacidade instalada, garantindo no mínimo, 60% (sessenta por cento) da disponibilidade de leitos e serviços em favor dos usuários do SUS.

O valor anual estimado pelo convênio, importa em R$ 3,4 milhões que contemplará todos osatendimentosfeitos pelo Hospital e pelo Pronto Atendimento.

No entanto, o secretário de Estado Regional, Wellington Bielecki, destaca a importância da continuidade das contribuições voluntárias por parte do empresariado, entidades e a comunidade. “Um sistema de saúde forte se constrói com a participação do governo e da sociedade”, concluiu.

Hospital

Em entrevista com a direção do Hospital ficou esclarecido que todos os atendimentos de urgência e emergência com classificação de risco II em Trauma e AVC I e em Cardiovascular de pacientes do Planalto Norte serão atendidos pelo Hospital São Vicente de Paulo, através da porta de entrada do Pronto Atendimento e quando a Unidade de Pronto Atendimento – UPA for construída e ficar pronta, toda a estrutura do PA funcionará na UPA, inclusive médicos e equipamentos. E os casos que na UPA forem diagnosticados como mais complexos, serão encaminhados para o Hospital. Por enquanto os dois serviços vão funcionar no mesmo local.