É hoje o Dia, Viva O Rock and Roll!!!

Publicado por Cris Fagundes - 13/07/2012 - 15h22

Boa tarde galera, hoje é um dia mais que especial para todos os amantes desse que não é apenas um estilo musical, mas uma filosofia de vida, uma forma de pensar, agir, de postura e atitude, lembrando que para nós, todo o dia, é dia do Rock, mas é muito bom, tem um dia reconhecido mundialmente para tal, e cá entre nós, esse coroa já passado dos 50 anos, que nos proporcionou e proporciona, tantas alegrias, emoções, aventuras, histórias, merece essa data.

Confesso a vocês que eu que sempre já deixo meio que preparado os textos, hoje não fiz assim, não sei o que dizer, porque mais que nunca o Rock hoje e sempre, é para ser sentido, vivido, deixar ele pulsar naturalmente em suas veias, com aquela, força, energia, que só ele tem, poderia falar de fatos históricos importantes, como até hoje, guitarras e baterias contam a história do menino rebelde, mestiço, filho ilegítimo de uma vertente musical afro-americana (rhythm ‘n blues) e um gênero de tradições européias (country).

Contraditório desde o início, ele surge num país e numa época marcados pela segregação racial. Seu ponto de partida também é polêmico: há quem defenda Rocket 88, gravado em 1951 por Jackie Brenston; outros preferem Shake, Rattle and Roll, registrado em 1954 pelo negro Big Joe Turner e pelo branco Bill Halley.

Ou talvez poderia falar, que sobre o efeito de LSD os Beatles gravaram o que possivelmente foi o álbum mais revolucionário da história do Rock, “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band”, em 1967. Pela primeira vez uma banda de Rock rompeu o formato extremamente comercial da música Hit Single, lançando uma obra em que cada música era apenas uma parte do todo. Eles gastaram mais de 700 horas e seis meses de gravação. Para muitos Sgt. Peppers é considerado o nascimento do Rock Progressivo e divide esta glória com um outro álbum, curiosamente gravado no mesmo estúdio e ao mesmo tempo, “The Pipers At The Gates Of Dawn”, do Pink Floyd, que havia ficado famosa pelas suas performances audiovisuais no underground londrino, liderada pelo gênio movido a LSD de Syd Barret.

Beatles – A day in the life (studio version).

Poderia chegar mais atualmente citando, o começo dos anos 90, o rock andava mal das pernas: entre as bandas de maior sucesso no rádio e na MTV, reinavam os astros do chamado hair rock, com muita pose (e maquiagem) e pouca música. A década, porém, seria marcada por uma renovação do gênero – e a faísca inicial desse movimento ocorreu em agosto de 1991, num estúdio de Culver City, na Califórnia. Lá, um trio vindo da chuvosa Seattle, no extremo noroeste dos EUA, gravava o videoclipe de seu primeiro single por uma grande gravadora. Smells Like Teen Spirit, primeira faixa do álbum Nevermind, seria o cartão de visitas do Nirvana fora do meio indie. Dirigido pelo estreante Sam Bayer, o clipe começou a ser exibido de forma quase incessante na MTV americana a partir de outubro de 1991. Em janeiro de 1992, Nevermind já era o álbum mais vendido dos EUA (e, na esteira do fenômeno Nirvana, surgiam para o grande público bandas como Pearl Jam, Soundgarden e Alice in Chains). Desde Smells Like Teen Spirit, o rock recuperou a boa forma – e é impossível dizer se isso teria acontecido sem o sucesso do clipe.

Nirvana – Smells Like Teen Spirit.

Poderia falar que partir de 1965, com a banda Yardbirds, (que teve uma carreira tão curta quanto influente, pois tinha entre seus membros ninguém menos que Eric Clapton, Jimmy Page e Jeff Beck) e The Who, o Rock começava a ganhar uma agressividade inédita, com guitarras mais distorcidas e muito mais amplificação. Em 1966, com o single “Substitute”, o The Who finalmente levava o Hard Rock pela primeira vez ao topo das paradas, enquanto Eric Clapton forma um super trio, o Cream.

The Yardbirds – Shapes of things.

The who –  Substitute.

Cream – Strange Brew.

Como poderia esquecer dele, o lendário, Jimi Hendrix seria uma outra grande revelação em 1967. Com seu segundo single, Purple Haze (o primeiro havia sido Hey Joe, um ano antes) Hendrix criou uma nova sonoridade, ampliando definitivamente os recursos da guitarra elétrica no Rock.

Jimi Hendrix – Purple Haze.

http://www.youtube.com/watch?v=8MYIc6s5ACY

O grande evento do ano de 1967 seria o Monterey Pop Festival que reuniu Jimi Hendrix, The Animals, Simon and Garfunkel, Bufallo Springfield, entre outros. Foi neste festival que o mundo descobriu a eterna rainha do blues, Janis Joplin, que explodia com seus uivos e gemidos em clássicos como Mercedez Bens, Cry Baby e Summertime.

Janis Joplin – Mercedes Benz.

Como esquecer, em 1968 com o final da banda Yardbirds, Jimmy Page forma o New Yardbirds, logo renomeado para Led Zeppelin. A sonoridade do Led Zeppelin era inédita e, embora muito baseada no blues, era mais agressiva do que qualquer outra música. Instrumentistas virtuosos, solos e improvisações de tempo indeterminado começavam a despontar. O Hard Rock iniciava seu período de apogeu.

Led Zeppelin – Whole Lotta Love.

http://www.youtube.com/watch?v=bXKboDqiSbE

Não podemos deixar de falar banda americana Steppenwolf, que gravou a música de hard rock,  Born to Be Wild”, que carregava guitarras distorcidas e baterias pesadas, diferentemente das bandas clássicas de hard rock. Até hoje se discute se essa música é hard rock ou heavy metal. Em 1968, depois de 2 anos de nenhum sucesso, o quinteto de blues de Aston (região no norte da Inglaterra de 15 mil pessoas na época) se separou. Por uma grande coincidência, a banda de blues Rare Breed (a primeira banda de Ozzy Osbourne) também se separou. Dois deles se reuniram com dois ex-membros do Mythology e formaram a banda de blues Polka Tulk, que depois se tornou Polka Tulk Blues, logo Earth. Em 1969, o baixista Geeze Butler disse “É estranho as pessoas pagarem para sentir medo”, depois do sucesso do filme de terror Black Sabbath, de Boris Karloff. Então, trocaram o blues pelo emergente blues-rock, dando a ele um tom sombrio e distorcido. Assim surgiu a banda Black Sabbath, e junto deles o Heavy Metal que nós conhecemos, o sub-gênero mais pesado do Rock, que ao longo dos anos ganhou vida própria e gerou vários “filhos”.

Black Sabbath – The Wizard.

http://www.youtube.com/watch?v=YCjspyo-_aI

Com deixar de fora os primórdios?? … Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Buddy Holly, os Everly Brothers, Little Richard, Fats DominoBill Halley and his Comets (já falado essa semana, com imagem e vídeo inclusive) entre outros.

Chuck Berry – Johnny B Goode.

http://www.youtube.com/watch?v=6ofD9t_sULM

Falar de rock sem falar dele é sacanagem, Elvis, era o que seu empresário Tom Parker chamou de “um branco que cantava como um negro”. Levando em conta o racismo da sociedade muito forte na época, Elvis tinha as características necessárias para ser a figura musical mais popular dos anos 1950: branco, jovem, carismático e talentoso, Elvis também inovava em seu jeito de dançar que espantava a parcela conservadora da sociedade. Além de símbolo sexual e ídolo da massa jovem americana, Elvis se tornou a imagem do roqueiro que não seguia regras. Em 1956, um caipira do Mississipi, chamado Elvis Aaron Presley adentrou a gravadora Sun Records em Memphis, para gravar um compacto que seria dado de presente para sua mãe. O resultado? O doido acabou saindo como o “Rei do Rock” e colocando oito discos no topo das paradas: Heartbreak Hotel / I Was The One / I Want You, I Need You, I Love You / My Baby Left Me / Hound Dog / Don’t Be Cruel / Love Me Tender / Any Way You Want Me.

O fato é que Bill Haley era muito velho e gordo, além de pouco criativo para resistir às novas exigências. Chuck Berry e Little Richard eram negros, em uma sociedade extremamente racistaElvis era um símbolo sexual, devidamente municiado pelos melhores autores e que, “cantando e suando como um negro”, poderia transformar o Rock, que era um modismo, numa verdadeira revolução.
As canções de Rock and Roll traziam para o público a própria realidade física da época: ruas cheias de carros, pessoas se amando, se odiando, sapatos pisando no asfalto, hotéis, lanchonetes, bombas de gasolina. Segundo Roberto Muggiati, “Suas letras falavam de problemas que os jovens sofriam na carne: como é chato ser adolescente, os adultos não sacam nada, as relações humanas são cheias de grilos, espinha na cara é um atraso de vida, bom é dirigir um carrão a toda velocidade, mas a melhor coisa que existe no mundo é mesmo o Rock’N’Roll”.
Elvis Presley – Suspicious Minds.

Não podemos deixar ele,o jovem Bob Dylan de fora. Dylan trazia para suas músicas a crítica explícita. A batalha das classes operárias, a exploração contra minorias e eventos isolados de racismo e violência eram contestados por Dylan, que se tornava símbolo de protesto. Dylan, autor de letras extremamente atuais que revolucionariam a música. Músicas como Masters of War eram denúncias do militarismo e da corrida nuclear que assombrava os jovens da época. Essa nova onda que surgira era uma música mais voltada aos sentimentos e a consciência de um público menos alienado.
Ele era o jovem poeta da música americana, um sujeito tímido e misterioso com um violão na mão. Mas em 25 de julho de 1965, Bob Dylan subiu ao palco do Newport Folk Festival, em Rhode Island, em versão “plugada”. Ao invés do violão, segurava uma Fender Stratocaster. E provocou espanto ao ligar os amplificadores e disparar um repertório completamente elétrico num festival conhecido por reunir puristas do folk acústico. O lendário show de Dylan em Newport durou apenas dezenove minutos, tempo suficiente para ele soltar três petardos em altíssimo volume – e sair do palco em meio a gritos e xingamentos. O astro do folk Pete Seeger ficou tão irritado que admitiu: queria ter cortado o fio do microfone de Dylan. Ele ainda voltou ao palco, agora com seu velho violão, para tentar se redimir da ousadia. Mas já era tarde demais: Dylan tinha enfim revelado seu lado rockstar, inaugurando uma fase de sua carreira que influenciou quase todas as bandas surgidas nos anos seguintes. O fato de Dylan ter levado a guitarra elétrica para o folk e dos Beatles e outras bandas inglesas terem levado a crítica de Dylan para dentro do rock foi um dos principais influenciadores do que viria a ser a cultura Hippie.
Bob Dylan – Like a Rolling Stone – (Newport Folk Festival).

http://www.youtube.com/watch?v=cKOJO3pKxw0

Um minúsculo clube de Nova York foi palco de uma revolução em julho de 1975 – e ela durou apenas dezessete minutos. Nesse curto período, quatro garotos de uma banda local tocaram nada menos que vinte músicas. De quebra, inauguraram um dos principais subgêneros do rock. Afinal, é quase consenso que o momento que marcou o início do punk foi justamente a antológica apresentação dos Ramones no CBGB. Parte de um festival que pretendia reunir as 40 melhores bandas desconhecidas de Nova York – entre elas estavam Blondie, Talking Heads e Television -, o “tosco” show dos Ramones deixou a plateia desorientada: ninguém entendeu direito. Mas o impacto da apresentação foi tão grande que rendeu à banda um contrato para gravar seu primeiro disco (custo total da gravação 6.400 dólares). Lançado o álbum, os Ramones partiram para uma turnê europeia. A passagem deles por Londres inspirou a criação de bandas como Sex Pistols e Clash – e deu a partida para o fenômeno do punk rock no mundo.
The Ramones Pinhead Live at CBGB 1977.

The Dark Side of the Moon, disco insuperável e com seu eterno trono no mundo do rock. Foi inteiramente gravado nos, bem conhecidos, estúdios ABBEY ROAD em Londres. Explorando o lado obscuro da vida moderna em temas como conflitos, ganância, loucura, guerras, morte etc… Considerado por muitos e por aquele que vos escreve o melhor disco da banda.  É simplesmente o nono disco mais vendido do mundo segundo a Wikipedia. Pode-se dizer que DARK SIDE é uma das maravilhas que o rock pode nos proporcionar ao longo dos tempos, algo como um patrimônio mundial da humanidade, dado a sua perfeição, sincronia e composições. Um dos fatos mais interessantes são os diálogos entre as canções. Waters confeccionou folhas com questões sobre os assuntos abordados no play e as distribuiu para quem ele encontrava, principalmente pessoas que trabalhavam no estúdio, algumas perguntas eram : “Quando foi a última vez em que agiu com violência e você estava no seu direito?”, e “O que a frase ‘O lado negro da lua ‘ significa pra você?”. As respostas mais espontâneas entraram no álbum, uma das que mais gosto é: “Você tem medo de morrer?”.  E a resposta vem em “THE GREAT AND GIG SKY” :”And I am not frightened of dying, any time will do, I don’t mind. Why should I be frightened of dying, there’s no reason for it, you’ve got to go some time”
As idéias que Roger explorou no disco se aplicam a todas as gerações tornando este disco atemporal. Os efeitos instrumentais foram o top que a época poderia oferecer. Gilmour, muito emocionado disse , ao terminarem as gravações quando toda banda sentou para ouvir o disco pela primeira vez:- Ó meu Deus, nos conseguimos fazer algo fantástico !!!Mesmo sendo um disco conceitual, talvez um dos primeiros, ele abre espaço para a imaginação do ouvinte, o que, é uma das coisas mais espetaculares que a música pode proporcionar, uma viagem pessoal, poder aplicar suas experiências pessoais na arte que estas apreciando. Existem diversas situações que norteiam a vida de um indivíduo e que podem o levar a morte, loucura, guerras entre outras coisas e Waters aprofundou este conceito no disco. Outra grande peculiaridade sobre este disco é que, nesta fase todos concordavam com as decisões de quem ia compor o que, tocar etc…
Todas as letras do disco são de Waters.  Fica impossível dizer qual seria a melhor música, o disco merece uma completa audição na escuridão total. Este álbum, que vende 250 milhões de cópias por ano, está registrado no Guiness por ter sido o álbum que permaneceu mais tempo nas paradas.

Fica através desse disco, lembrado a importância e o legado do Pink Floyd para o Rock and Roll.
Pink Floyd – The Dark Side of the Moon.

Bem galera, espero que tenham gostado dessa “viagem” por um pouquinho desse mundo que é o rock and roll, desculpem não ter seguido uma cronologia, ou por ter esquecido outros fatos, ou não ter citado outros nomes importantes do Rock, mas como disse acima, esse foi texto, sem script, eu fui escrevendo o que foi vindo a mente, lembranças, músicas, fatos, como o rock é rico em história, conteúdo, artistas, muita coisa acaba ficando de fora, mas tem sua devida importância, senão amanheceria aqui escrevendo, e hoje assim como todos quero comemorar e curtir esse dia, lógico com muito Rock and Roll (risos).
Poderiamos citar, AC/DC,  Metallica, Iron Maiden, Kiss, Guns n’ Roses, Raul Seixas, Rolling Stones, The Doors, Jefferson AirplaneGrateful Dead,  Frank ZappaAerosmith, Whitesnake, Rainbow, Van Halen, o Alice Cooper, Deep Purple, Queen, enfim milhares de bandas e artistas que o Rock estaria bem servido e representado, termino esse post mais que especial, com uma simples e despretenciosa homenagem minha e da minha banda, tocando alguns covers do Rock, que divido com vocês.
Gaia – Higway To Hell (AC/DC – Cover Ao Vivo).

http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-higway-to-hell

Gaia –  Wish You Were Here (Pink Floyd – Cover Ao Vivo).

http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-wish-you-were-here

Gaia – Smells Like Teen Spirit (Nirvana – Cover Ao Vivo).

http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-smells-liketeen-spirit

Gaia – Don’t You Cry (Guns ‘n Roses – Cover Ao Vivo).

http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-dont-you-cry

Gaia – Pride (U2 – Cover Ao Vivo).

http://soundcloud.com/gaiarock/gaia-pride

Bem é isso galera, tenham todos uma ótima tarde e noite de muito Rock e até mais!!!
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