John Bonham, 32 anos Sem o Mestre das “árvores” (baquetas).

Publicado por Cris Fagundes - 25/09/2012 - 17h14

Boa tarde galera, não tem como falar de ROCK, especificamente de BATERIA, sem citar o nome do monstro chamado JOHN BONHAM, um dos maiores baterista que o mundo já pode presenciar. Hoje completa 32 anos de sua morte, nada mais justo que falarmos sobre esse grande baterista que foi John Bonham, sem mais delongas, vamos aos trabalhos.

John Bonham, o "Bonzo" como era chamado, em ação no seu habitat natural, a bateria.

 No dia 25 de setembro de 2012 completa-se 32 anos da morte de um dos maiores bateristas de todos os tempos. John Bonham ou Bonzo, como era chamando pelos amigos, fazia parte da banda britânica Led Zeppelin, grupo de grande sucesso na década de 1970 e faleceu aos 32 anos, em 1980, asfixiado pelo próprio vomito, causado pela ingestão exagerada de bebidas alcoólicas.

Nasceu na mesma regiao que Robert Plant, em Bromwich Staffordshire, Inglaterra, em 31/05/1948. Parecia que desde cedo o pequeno Bonham já mostrava o quão habilidoso se tornaria no futuro. Aos 5 anos já se espelhava em seus ídolos Gene Krupa e Buddy Rich, seu hobbie era bater nos tacos da cozinha da sua mãe, pegava panelas, latas de café para construir suas baterias, como não sabia tocar, copiava os movimentos dos seus ídolos Gene Krupa e Buddy Rich. Aos 15 anos ganhou sua primeira bateria profissional, uma Premier. Vale ressaltar que Bonham foi autodidata.

Nesse período, “Bonzo†teve que abandonar a escola para ajudar os pais em uma empresa de construção civil. Aos 17 anos, casou-se com Pat Phillips com quem teve 2 filhos. Seus pais e sua esposa sempre o apoiaram.

E como Robert Plant, tinha integrado apenas inexpressivas bandas amadoras, até se tornar baterista de uma banda profissional chamada Crawling King Snakes. “Bonzo” e Plant se separaram indo tocar em bandas diferentes, até se encontrarem no Band of Joy.

Assim foi até 1968, mas Bonham somente foi ganhar dinheiro, quando se juntou com Tim Rose acompanhando-o por uma turnê. Quando Jimmy Page pensou em formar os Led Zeppelin, convidou Robert Plant, que lhe sugeriu Bonham para a bateria, que assim passou à frente de B.J.Wilson dos Procol Harum e de Ginger Baker que viria a fazer parte do Cream, que, segundo se falava, pertenciam à lista de Page, mas como o próprio Bonham contava:

“Eu tinha duas ofertas excelentes: de Chris Farlowe e de Joe Cocker. Farlowe já tinha o nome feito e eu sabia que Cocker chegaria lá, mas quando vi meu amigo (Plant) aliado à Jimmy Page, não pensei duas vezes”

Bonham encaixou-se como uma luva no Led Zeppelin, tornou-se o baterista mais cultivado do rock, pelo expressivo vigor, e pelo empenho como atacava seu instrumento.

Ele tinha o título de Animal dos Couros, pela forma que atacava a bateria com as mãos nuas. Fazia um som destruidor. Na opinião de muitos foi o melhor baterista do mundo até sua morte em 1980.

Numa época em que os Beatles iam saindo de cena, o rock necessitava de algo novo –  Ringo Starr apenas não era suficiente –, novas técnicas, novos timbres, nova bagagem… um novo rock. Eis que surge John Bonham renovando o que Ringo havia feito e marcando para sempre seu estilo na história da música.

 Em 2011, na revista Rolling Stone, Bonham apareceu em primeiro lugar como melhor baterista de todos os tempos, seguido de Keith Moon do The Who, Niel Peart do Rush, Dave Grohl do Foo Fighters e ex-Nirvana, e pelo já citado Ringo Starr, ex-Beatle, em quinto lugar.

A verdade é que Bonham apareceu pouco na mídia enquanto estava na ativa, mas teve uma influência gigantesca no mundo musical. Com as suas “árvores†(nome com o qual se referia às baquetas) usava as baquetas mais pesadas e mais compridas disponíveis, uma em cada punho, fazia ecoar um som firme e forte pelos ares do palco ao público. E não eram apenas seus braços que trabalhavam bem, Bonham tinha uma técnica chamada tercina bem apurada no pedal Speed King que, diferente dos pedais de hoje, possui uma barra de ferro que o deixava mais ágil. A fusão de tudo isso resultou em uma característica única, facilmente detectável em faixas como “Moby Dickâ€, “The Oncean†e “Carouselambraâ€.

 E o que ele deixou para nós? Batidas cheias de contratempos, roladas e triplets, que nos dão arrepios, como nos últimos versos do clássico “Starway to Heavenâ€. Ou mesmo em músicas mais lineares, como “Kashmirâ€, é possível saber que é Bonham quem está por trás da percussão. As técnicas de Bonham se tornam ainda mais admiráveis ao descobrirmos que ele era autodidata e usava até mesmo as mãos para conseguir sua particular sonoridade.

O genial baterista faleceu em 25 de Setembro de 1980, o que levou ao fim de sua lendária banda, o Led Zeppelin.
Bonham era alccólotra, seu vício servia pra acalmar a dor de ficar longe de sua família por longos períodos de turnês, fato esse que sempre o incomodou muito. Depois de um ensaio, ele tomou nada mais do que 40 doses de vodka, foi levado pra cama na casa de Jimmy Page, de manhã foi encontrado morto, a autópsia não revelou a presença de drogas no seu corpo. Foi diagnosticado de que Bonham morreu asfixiado pelo próprio vômito, da mesma forma que outras estrelas, como Jimi Hendrix.

Bonham deixou sua marca na história da música. Criativo, rápido, furioso, barulhento e original eram apenas algumas de suas qualidades, alguns amigos mais próximos brincavam falando que ele não tocava com baquetas e sim com pedaços de árvores, de tão longas e grossas. O músico autodidata deixou um forte legado, influenciando inúmeros bateristas de rock no mundo todo.

Infelizmente, o estilo John Bonham só é encontrado hoje em dia nos bares da cidade,  com músicos e bandas independentes, que percorrem o mundo afora no circuíto underground, e não mais nas grandes gravadoras. Sua pegada barulhenta e quebrada não se encaixa mais no quadro industrializado de hoje.

 Arrisco-me a dizer que só mesmo na década de 1970 foi possível viver essa aventura do rock, com experiências inéditas, e o Led Zeppelin aproveitou muito bem o cenário, valorizando muito mais a característica individual de cada músico do que a fidelização a um estilo musical específico; dispensando, assim, qualquer rótulo conservador dado pela mídia.

 Por esse e outros tantos motivos, que não caberiam em uma só matéria, o Led Zeppelin foi considerado um dos grandes fenômenos de sua época, formado por Robert Plant, com sua voz aguda, Jimmy Page, com suas afinações e distorções únicas, John Paul Jones, e sua maestria para composições, e Bonham, com tudo que foi descrito até aqui.

Bem galera assim termino essa matéria simples porem sincera, aos 32 anos que o gigante John Bonham nos deixou, e toda sua importancia e legado para o Rock and Roll e a música em geral.

Abaixo lhes deixo alguns trechos de videos onde John “Bonzo” Bonham aparece espancando sua batera.

John Bonham Fast Drum Solo.

John Bonham – Super solo de bateria em Moby Dick.

John Bonham –  Solo (Nova York – 1973).

Led Zeppelin – We’re Gonna Groove (Ao Vivo – 1970).

Led Zeppelin – Dazed and Confused (Ao Vivo London 1969).

Tenham todos uma ótima tarde e até a próxima.

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