O Rock ao longo dos anos e décadas – (Suas influências, mudanças, novas vertentes)

Publicado por Cris Fagundes - 14/05/2012 - 19h33

Primeiramente gostaria de me desculpar pela ausência dos últimos dias, mas por problemas técnicos com minha máquina, fiquei sem ter meios de escrever para vocês, como de praxe, todas as terças e quartas, quando posto minhas matérias.
Mas problemas resolvidos, então deixo hoje para vocês uma nova matéria.

Você deve estar se perguntando, mas esse cara vai falar novamente da história do Rock’n Roll, como surgiu e tal??, não, esse será apenas o ponto de partida, dessa vez iremos mostrar como o Rock foi se desenvolvendo e passando ao longo dos anos e décadas, após a sua criação, visando mostrar para você, as características, o panorama ao qual o Rock se desenvolveu em cada década, sem mais delongas, vamos aos trabalhos.

Partindo do ponto que o Rock surgiu na década de 50, das fusões do rhythm & blues (vertente negra), e do country & western (vertente branca), como já falamos por aqui.

A banda considerada oficialmente – uma vez que esse fato é bastante contestado – como a primeira de rock da história foi Bill Halley and his Comets, que fez um grande sucesso na época com o clássico “Rock Around the Clock ”. Além da banda, grandes nomes do rhythm & blues fizeram sucesso entre os fãs do rock n’ roll ,como Chuck Berry e Little Richard. Outros nomes também surgem na mesma época de Bill Halley, como Buddy Holly, Carl Perkins e Jerry Lee Lewis. Mas, a maior representatividade do rock n’ roll veio com Elvis Presley, o dito “Rei do rock n’ roll”.

Elvis, como cita Chacon, era o que seu empresário Tom Parker chamou de “um branco que cantava como um negro”. Levando em conta o racismo da sociedade muito forte na época, Elvis tinha as características necessárias para ser a figura musical mais popular dos anos 1950: branco, jovem, carismático e talentoso, Elvis também inovava em seu jeito de dançar que espantava a parcela conservadora dasociedade. Além de símbolo sexual e ídolo da massa jovem americana, Elvis se tornou a imagem do roqueiro que não seguia regras.

Escutar rock n’ roll , na época, significava não seguir o que diziam os pais, ospolíticos. Ouvir, cantar e dançar rock era uma forma do jovem de mostrar que não estava realmente preocupado com antigos dogmas que guiavam a sociedade até a época. Elvis foi o símbolo máximo disso, mas todos os cantores americanos de rock dos anos 1950 poderiam ser utilizados como exemplo. E apesar de muitos deles, em especial o próprio Elvis, terem tido um pesado envolvimento com as drogas, isso ainda não era uma das máximas defendidas pelo rock como viria a acontecer na década seguinte.

Como cita Eric Clapton em sua autobiografia: “Naqueles tempos beatniks , pré-hippies, parecia que tudo tinha a ver com a música. Drogas eram raras, e mesmo a bebida era bastante moderada” (CLAPTON, 2007, p. 37).
Porém, no fim da década e no início dos anos 1960, os antigos ídolos do

rhythm & blues perdiam sua expressividade. Elvis, por sua vez, encontrava-se“domesticado” pelas grandes gravadoras e fazia sucesso apenas com regravações e músicas românticas. Além disso, para piorar a situação do
rock n’ roll , Buddy Holly morreu em 1959 em um acidente de avião que viria a matar ainda outros dois músicos de rock: Ritchie Valens e JP Richardson, conhecido na época como “The Big Bopper”. É importante ressaltar que, apesar de Elvis e os outros nomes do estilo terem chocado a parcela reacionária da população, a crítica do rock da década de 1950 era bastante ingênua.
No Brasil, o rock ainda não havia entrado no repertório da maioria dos cantores nacionais. Houve uma versão da música “Rock Around the Clock ” na voz da cantora Nora Ney, em 1955 e, após isso, só no fim da década viriam músicas que se assimilavam ao estilo com os irmãos Tony e Celly Campello, mas a crítica era bem pouco visível em suas letras. Mas, muitos jovens da época – entre eles Raul Seixas -ouviam e dançavam o novo ritmo “indecente” em seus bailes e festas, o que acabou sendo mal-visto pelas autoridades que, em alguns momentos, chegaram a proibir o ritmo da reunião de jovens.
  • Década de 60
Na década seguinte, a cena principal do rock passava a ser a Inglaterra. Como cita Chacon, os ingleses tinham mais questionamentos para levar à música do que os americanos, principalmente o colonialismo, a II Guerra Mundial, os costumes vitorianos e o puritanismo.
O rock inglês dos anos 1960 era musicalmente mais elaborado que o americano da década anterior, trazendo inicialmente como principais representantes bandas como The Kinks, The Who, The Yardbirds (que seria a origem de integrantes de outras grandes bandas como Cream e Led Zeppelin) e John and The Quarrymen(que depois se tornariam os Beatles)The Animals, entre outras. Mas, o rock britânico neste primeiro momento atingia quase que somente o público do país.

Poucos anos depois, duas bandas foram pioneiras em levar o rock inglês até os EUA – que, como cita Chacon, tinha um mercado maior a ser explorado -, os
Beatles e os Rolling Stones. Ainda parafraseando Chacon, os dois grupos tinham duas grandes características que lhes deram destaque: a capacidade de representar os valores seu próprio tempo nas letras de suas músicas e a genialidade. Através declássicos como Yesterday, Help! (Beatles), Let’s Spend the Night Together e Jumpin’ Jack Flash (Rolling Stones), as duas bandas estouraram como principais nomes do rock tanto na Inglaterra como no Reino Unido. Quando as duas bandas chegaram aosEUA, o país estava com suas atenções voltadas à música folk, com grandes nomes como Joan Baez,The Byrds e, principalmente, o jovem Bob DylanDylan trazia para suas músicas a crítica explícita. A batalha das classes operárias, a exploração contra minorias e eventos isolados de racismo e violência eram contestados por Dylan, que se tornava símbolo de protesto. Também no início da década de 1960 nos EUA surge a banda Velvet Underground , liderada pelo guitarrista Lou Reed e financiada pelo artista plástico Andy Warhol – criador da Pop Art -, que fazia um estilo de música experimental que foi pouco valorizada na época, mas, com suas letras que tratavam explicitamente sobre o tráfico e o uso de heroína, o Velvet Underground foi a principal influência do que, na década seguinte, seria o movimento punk.

Como citado no documentário “A História do Rock”, Bob Dylan foi vaiado quando, pela primeira vez, utilizou guitarra elétrica para tocar suas composições. Seus fãs acreditavam que ele havia traído o folk original para fazer uso do produto cultural britânico. Mas o fato de Dylan ter levado a guitarra elétrica para o folk e dos Beatles e outras bandas inglesas terem levado a crítica de Dylan para dentro do rock foi um dos principais influenciadores do que viria a ser a cultura Hippie.

O movimento hippie surgiu entre os jovens americanos, principalmente na cidade de São Francisco, onde havia um número grande de bares e casas de show sem que os músicos proeminentes da época faziam suas apresentações. De acordo com o documentário “A História do Rock”, os hippies pregavam dogmas como ocontato e respeito para com a natureza, liberação sexual, a simplicidade no estilo de vida, o uso de substâncias como a maconha, o LSD e cogumelos contendo alucinógenos e, principalmente, a paz e o amor em vez da violência.Os principais representantes musicais da cultura hippie foram o guitarrista Jimi Hendrix, a cantora de blues Janis Joplin e o poeta e vocalista da banda The DoorsJim Morrison. Além deles, também outras bandas como, Jefferson Airplane, Grateful Dead, Santana e The Mamas and The Papas eram nomes importantes do estilo de música que ficaria conhecido como acid rock , que tentava demonstrar através da música experiências com o uso de LSD. Neste quesito, destaca-se Jimi Hendrix, o primeiro guitarrista a usar efeitos de distorção com este objetivo. Bandas britânicas que já haviam se consagrado no rock, como os Beatles, os Rolling Stones e o The Who, também se tornaram representantes do estilo no decorrer da década e, além deles, surge em 1966 na Inglaterra o Cream , formado pelo guitarrista Eric Clapton, o baixista Jack Bruce e o baterista Ginger Baker. O trio seria a principal influência das bandas do estilo chamado rock progressivo, que ganharia grande expressão na década de 1970.

No Brasil, a década de 1960 inaugurou o que se pode chamar de rock nacional com a Jovem Guarda, movimento iniciado a partir das regravações dos irmãos Campello. Neste primeiro momento, nada havia de contestação social em suas letras e melodias. Os principais temas de suas canções, como aponta Paulo Sérgio do Carmo, eram namoro, amor, roupas, carros e velocidade, sendo uma música de entretenimento.O estilo deu origem a um programa televisivo de mesmo nome o qual “preencheu um vazio consumista e encantou também o universo da garotada, que passou a utilizar suas músicas para animar festinhas de aniversário” (CARMO, 2003, p.56). A Jovem Guarda foi absoluta em definir a moda entre os jovens, vendendo roupas e outros produtos ligados a ele. O principal representante da Jovem Guarda foi Roberto Carlos, junto com Erasmo Carlos, o “Tremendão”, Wanderléa, a “Ternurinha” e Sérgio Murilo, o “Broto Legal”.Participando da produção de algumas músicas da Jovem Guarda, mas apresentando um estilo de rock completamente alternativo e com uma crítica social e cultural bastante presentes em suas letras, também surge na música a banda Relâmpagos do Rock, da qual fazia parte o jovem Raul Seixas, que se tornaria um dos maiores símbolos do rock nacional.Apesar do estouro da Jovem Guarda, é importante ressaltar que, em 1961,havia sido criado no Brasil o Centro Popular de Cultura (CPC), com a intenção de impedir a alienação dos cidadãos através de uma espécie de “controle de qualidade”da arte. Para o CPC, só era considerado arte aquilo que trazia à tona claramente as questões sociais do país e também aquilo que se apoiasse unicamente nas bases nacionalistas da cultura. Dentro desse contexto, dois movimentos surgem de frente com essa idéia: a bossa nova, de João Gilberto e Nara Leão, que tinha influências do  jazz americano e, mais tarde, o Tropicalismo. Esse último, podendo ser considerado o principal representante do rock no Brasil, principalmente pelo uso das guitarras elétricas em sua estética musical. Apesar de sofrerem muitas críticas por parte do CPC, os principais nomes do movimento, como Caetano Veloso e Maria Bethânia acabaram trazendo novamente para a música brasileira a atenção de jovens que haviam tido seu gosto tomado pelas bandas do exterior, especialmente os Beatles .Quem também teve papel importante nesse sentido foi a banda Mutantes, formada por Rita Lee e os irmãos Arnaldo e Sérgio Baptista. Altamente influenciada pelo acid rock ,a banda intitulava seu estilo musical como rock psicodélico e pode ser considerada a maior representante do rock brasileiro no exterior da história, sendo ativa até hoje com uma formação alternativa. Todos estes artistas acabaram sendo de alguma forma censurados, como Roberto Carlos e os Mutantes, ou até mesmo presos, como Caetano Veloso e Gilberto Gil, durante a Ditadura Militar, que seria a principal motivadora do protesto das bandas brasileiras de rock da década de 1980.

O principal papel social das bandas de rock na década de 1960, nos EUA, na Europa e no mundo, foi de criar canções de protesto, principalmente contra a Guerra do Vietnã (1959 – 1975), ao ver a violência que a guerra representava, os jovens americanos percebiam que os dogmas das instituições (exército, governo, família,igreja, etc) estavam fracos e, sob muitos pontos de vista, errados. Vários festivais de música como o de Monterey e o de Woodstock 

(que reuniu mais de quatrocentas mil pessoas) foram realizados para celebrar o auge da cultura hippie. Dentro destes festivais, o uso de drogas e o protesto social eram feitos tanto pelos artistas quanto pela platéia de forma explícita, mostrando que não aceitavam o que lhes tentava ser imposto pela sociedade. Toda essa crítica presente no rock acompanhava os diversos atos revolucionários ocorridos pelo mundo. Entre eles, destaca-se a revolução cubana de 1959, a revolta estudantil em vários países da Europa que acabou culminando em Maio de 1968 na França, quando estudantes, auxiliados pelos membros do movimento trabalhista, ocuparam a Universidade de Sorbonne em protesto ao presidente francês Charles de Gaulle, exigindo mudanças no sistema educacional e nas condições devida e trabalho. Também é nessa época que surgem movimentos como o Black Power (poder negro), o Flower Power (poder da flor, símbolo da cultura hippie) e os relacionados à homossexualidade e aos direitos das mulheres.
Após atingir seu auge, a contracultura entrou em rápida decadência no fim dadécada de 1960, impulsionada por quatro fatores principais,

primeiro, a morte de vários ídolos do rock relacionadas ao uso de drogas,principalmente de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Brian Jones (guitarristabase e líder dos Rolling Stones) e Keith Moon (baterista do The Who). Segundo, a separação dos Beatles, impulsionada por diversos fatores internos da banda. Terceiro,o fracasso do festival de Altamont, que – entre outros sérios problemas como vaias por parte da platéia que queria que o espetáculo fosse gratuito e ofensas dos artistas ao público – resultou na morte de um jovem que tentou subir com uma faca ao palco durante a apresentação dos Rolling Stones, que continuaram sua carreira mesmo sem Brian Jones. O quarto, e talvez mais significante de todos, foi a série de atos do americano Charles Manson, que liderou um grupo de jovens a cometer vários assassinatos. Em alguns destes assassinatos, o grupo deixava escrito as palavras “Helter Skelter”, nome de uma música dos Beatles que, segundo Manson, continha mensagens subliminares da previsão e incentivo de uma grande guerra. Tudo isso fez com que o rock  terminasse com uma imagem violenta e enfraquecida na década de1960 mesmo com todo o seu papel social durante ela.
  • Década de 70
Tendo em vista o término negativo do rock na década de 1960, para despertar novamente a atenção do público, fez-se necessário um novo tipo de abordagem do estilo. Para este fim, ganha força no início da década de 1970 o estilo chamado rock progressivo. Influenciados por bandas bastante técnicas de rock dos anos 1960 como o Cream, pelas óperas de rock como “Tommy” do The Who, pela música erudita e por outras vertentes artísticas diversas (artes plásticas, cinema, dramaturgia, etc), asbandas do estilo faziam uso experimental de diversas formas de captura sonora.
O principal nome deste novo estilo foi a banda Pink Floyd, fundada em 1968 na Inglaterra pelos universitários Syd Barrett (guitarrista, compositor e vocalista) e RogerWaters (baixista), também integrada inicialmente pelo baterista Nick Mason e pelo tecladista Richard Wright. No final da década de 1960, a banda começou a ganhar notoriedade devido a suas obras dentro do chamado rock experimental ou psicodélico. Syd Barrett, inclusive, foi um dos guitarristas pioneiros em explorar efeitos de distorção combinados com instrumentos pouco comuns ao rock (triângulos, sinos,
xilofones,etc).
De acordo com o livro “The Dark Side of the Moon: os bastidores da obra-primado Pink Floyd”, de John Harris, depois da saída de Barrett – devido ao uso abusivo deLSD combinado com sua esquizofrenia que fez com que o resto da banda considerasse impossível manter-se trabalhando com ele – e a entrada do novo guitarrista David Gilmour, a banda iniciou seus trabalhos dentro do rock progressivo.
Waters, que se tornou o líder da banda, fazia uso de vários recursos de estúdio anteriormente considerados secundários dentro do rock , além de produzir álbuns de trilha sonora de filmes e utilizar efeitos sonoros diversos (barulhos de animais,máquinas, seres humanos, etc) dentro de suas músicas. O Pink Floyd é citado aqui com destaque devido a explícita e poderosa crítica social que Roger Waters fazia em suas músicas a diversos setores da sociedade (governo, sistema educacional americano, capitalismo, consumismo) e da própria humanidade. Mas, além do Pink Floyd, outras bandas tiveram destaque no rock progressivo, como por exemplo o Genesis,o Rush, o King Crimson, o Yes, o Uriah Heep e o artista solo Frank Zappa,que, inclusive, chegou a criar, entre outras obras artística, um filme de Stop Motion  feito com massa de modelar chamado “Baby Snakes”, para o qual também produziu a trilha a sonora constituída de vários efeitos inovadores.
No Brasil, o progressivo é representado pela banda Casa Das Máquinas, principal banda de rock do Brasil na época.
Menos interessados em despertar a curiosidade do público que ainda tinha certo preconceito com o rock devido ao fim da década anterior, mas, ainda assim se popularizando rapidamente entre jovens roqueiros, surgia o

hard rock, e heavy metal . Tendo como principais características uma sonoridade “pesada” devido aos fortes efeitos de distorção e ao alto volume com que costumava ser tocado, o estilo passou a representar a principal referência ao rock propriamente dito. Seus principais representantes nessa época foram o Led Zeppelin (que posteriormente incluiria no hard rock características de diversos outros estilos musicais como o Blues, o folk e até mesmo o próprio reggae), o Deep Purple e o Black Sabbath . Esta última, graças a suas letras que falavam com ironia e agressividade da igreja católica e protestante nos EUA, foi a banda que mais teve seu papel propriamente crítico dentro da sociedade.
Além das bandas citadas, também se destacam o Kiss, o Aerosmith, o Whitesnake, o Rainbow, o Van Halen, o Alice Cooper (que também pode ser considerada uma banda de glam rock), o Blue Cheers, o Queen (que também tinha características de vários outros estilos de rock como o próprio progressivo e também destaca-se por ser uma das primeiras bandas a ter um homossexual – Freddy Mercury- como líder e fazer sucesso), o AC/DC (primeira banda australiana de rock) e o Grand Funk Railroad (que continuava a criticar a Guerra do Vietnã no início da década de 1970). O grande contingente de bandas do estilo serve para demonstrar a força que o estilo ganhou entre os fãs de rock da década. Suas músicas não eram muito bem aceitas pelas gerações mais velhas devido às suas letras, normalmente enfatizando um estilo de vida onde as festas, a bebida e as aventuras sexuais eram exaltadas e o trabalho e os estudos eram questionados. Além disso, uma linguagem cheia de gíria se palavrões era bastante comum no hard rock, demonstrando mais uma vez o público jovem ao qual o rock se destinava.
No Brasil, o principal representante do hard rock, apesar das inúmeras influências do blues, foi a banda Made in Brazil, formado em1968 e em atividade até hoje. Vale lembrar que, na década de 1970, o Brasil ainda passava pela ditadura militar e boa parte da produção cultural acabava sofrendo algum tipo de censura. Resistindo a isso, Raul Seixas, juntamente com o autor Paulo Coelho,cria e difunde a idéia da “Sociedade Alternativa”, a qual tinha como máxima o lema “faz o que tu queres, há de ser tudo da lei”. Alegando que a Sociedade Alternativa se tratava de uma conspiração que visava a criação de um movimento armado, o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), órgão da ditadura, sentenciou Raul Seixas a prisão e tortura, para que ele entregasse os nomes de quem fazia parte do movimento. Após o ocorrido, ele se exilaria nos EUA e só retornaria depois do sucesso de vendas do seu disco “Gita”.
Além do hard rock  e do progressivo, outro estilo de rock se destacou na década de 1970: o punk rock. Os pioneiros do movimento punk  dentro da música foram os New York Dolls e os Ramones. Essas bandas americanas traziam uma sonoridade veloz e simples, letras bastante agressivas e, principalmente, em contrapartida às grandes estrelas dos outros estilos de

rock da década, a aproximação dos músicos com os fãs.
O que caracterizava o punk rock  além da agressividade era a pouca preocupação que a maioria dos artistas do estilo tinham em fazer músicas altamente técnicas e de utilizar muitos recursos de gravação, quase que de forma oposta ao rock progressivo. Além disso, como cita Paul Friedlander, assim como o movimento hippie os anos 1960, o punk foi além da música e influenciou centenas de jovens a adotarem um estilo de vida(roupas, jeito de falar, forma de agir, etc) que contrariava os dogmas das antigas instituições (FRIEDLANDER, 2006). Muitos dos jovens punks eram adeptos ao uso de drogas, principalmente a heroína, a cocaína e anfetaminas.No caso do

punk , porém, as manifestações não eram sempre pacíficas como a dos hippies, quase sempre incluindo depredações ao patrimônio público, surras, brigas e roubos. Uma das questões mais combatidas pelos punks na Inglaterra era a reverência à Rainha da Inglaterra e à corte da monarquia britânica. Inclusive, uma das máximas do movimento punk era estabelecer a anarquia.
Apesar de ter sua criação nos EUA, o punk rock ganhou sua maior expressividade na Inglaterra. Foi na segunda metade da década de 1970que surgiramas duas bandas que foram os maiores representantes do punk rock: O

Sex Pistols e o The Clash. Os primeiros se destacaram por seus ataques explícitos à corte real britânica como em “God Save the Queen” (Deus salve a rainha) e “Anarchy in the UK”(anarquia no Reino Unido). Como citado pelo ex-empresário da banda, Malcolm McLaren, no documentário “Never mind the bollocks, here’s the Sex Pistols” (Não ligue para idiotices, aqui estão os Sex Pistols), dirigido por Matthew Longfellow em 2002,apesar das vendas do disco de mesmo nome, de 1977, ter tido sua venda e distribuição proibidas em diversos estabelecimentos, as vendas da banda chegavam a superar as de artistas já consagrados do pop. O The Clash, banda que apesar de ser punk
acabou fazendo uso experimental de diversos outros estilos musicais (principalmente o rap, o funk e o reggae), destacou-se pela grande aceitação por parte da crítica musical (diferentemente dos Sex Pistols) e também pelo seu forte ativismo político ao escrever letras que atacavam o racismo, o imperialismo e o colonialismo britânico. Foi o experimentalismo musical do The Clash dentro do punk rock que levou ao surgimento de um estilo que combinava a música pop e o punk rock, o chamado new wave. Além das bandas citadas, também destacaram-se no Punk: Iggy Pop and The Stooges
(que segundo Friedlander, foram grandes idealizadores do punk rock e chegaram a incluir em suas músicas até mesmo um liquidificador), The Damned, Televison, The Troggs, entre outros.
  • Década de 80
Com o início da década de 1980, dois dos principais estilos a atingir seu auge nos anos 70, o Rock Progressivo e o punk rock, passavam a perder sua força na cena musical. O primeiro principalmente pelo fim ou pela crise das principais bandas que o representavam e o segundo, além do mesmo motivo, também por ter se subdividido entre dois novos gêneros: O new wave e o hardcore.
 O new wave, como citado por Simone Tinti no site Club Rock, era a combinação entre o punk e o pop. A crítica social do punk

ainda existia, mas, sem a agressividade anterior. Os principais elementos do pop trazidos ao new wave foi o uso de sintetizadores e também o elemento do videoclipe, que se tornava símbolo musical com a criação da Music Television (MTV) em 1981. Devido ao uso de videoclipes, o new wave, apesar de ter a crítica social na letra de suas músicas, é muitas vezes acusado de ser um estilo excessivamente comercial. Seus principais representantes eram o The Police, os B-52’s, o Blondie, o The Pretenders (as últimas três trazendo mulheres como líderes das bandas), Elvis Costello, Talking Heads, Cars, Devo, Joe Jackson e Jam.

O outro estilo que cresceu nos anos 1980 claramente vindo do punk rock foi o hardcore. Quase que em oposição ao new wave  e seus derivados, o hardcore herdou do punk principalmente as características de simplicidade musical, crítica social agressiva, ritmo veloz e poucos recursos de gravação. Como lembrado por Simone Tinti, muitos músicos de hardcore eram relacionados com gravadoras e estúdios independentes, fanzines e outros gêneros da chamada “subcultura” ou cultura underground. Os principais representantes do estilo eram os americanos Dead Kennedys, que satirizavam o conservadorismo político e o fanatismo religioso da época através de muitos sarcasmo nas letras de suas músicas, como por exemplo o single “California Über Alles”, que fazia uma crítica explícita ao governador da Califórnia na época. Além dos Dead Kennedys, outras bandas como Black Flag, Discharged e Exploited, também seguiam na mesma linha de letras e musicalidade.Essa linha musical seria uma das principais influências ao que seria o movimento grunge dos anos 1990.

Mas, além dos estilos derivados do punk, um estilo ascendeu na década de 1980: o metal. Ele já podia ser detectado em algumas bandas do final da década de 1970 como o Motorhead e o Judas Priest, mas foi na década de 1980 que essas duas bandas chegaram ao auge e várias outras do estilo também surgiram, as mais notáveis sendo Iron Maiden, Def Leppard, Saxon e Samson. O metal começou a década sendo um estilo musical “Cult”, apreciado por poucos, mas, em pouco tempo, acabou ganhando espaço entre o grande público jovem de rock (FRIEDLANDER in TINTI, 2009). As principais características do estilo era a grande preocupação técnica na composição musical, a notável velocidade com que os instrumentistas tocam as notas e acordes (essas duas primeiras características se comprovam ao vermos que várias técnicas de guitarra como o “Tappin’“ foram criadas e desenvolvidas junto com a expansão do metal), uma sonoridade pesada e com vários efeitos de pedal, principalmente a distorção e o volume alto com que as músicas eram gravadas e apresentadas. Depois que o metal se popularizou, vários outros estilos semelhantes a ele também foram ganhando espaço na cena musical, como o hair metal ou glam metal, que trazia mais características em comum com o hard rock do que o heavy metal e também sofria influências do glam rock, representado por bandas como Poison, Mötley Crüe, Skid Row, Bon Jovi, Whitesnake e o Guns n’ Roses, que, além de ter sido a banda de maior representatividade do estilo, também foi a única com uma questão social visível dentro do hair metal ao fazer críticas ao comportamento agressivo da polícia em algumas de suas canções. Além do Hair Metal, ainda surgiriam o speed metal, caracterizado por solos ainda mais velozes do que no heavy metal e representado principalmente pelo guitarrista Yingwie Malmsteen, o black metal, estilo que criticou duramente a igreja e estava ligada a rituais satanistas e outros cultos religiosos. Também o death metal, bem mais técnico que o black metal e com letras menos ligadas a religião e mais à morte, tendo como principais nomes o Cannibal Corpse, o Carcass e o Morbid Angel. Também surge o subgênero do heavy metal que mais conseguiu atingir o público, o Thrash Metal, que merece destaque por ter entre seus representantes no mercado internacional a banda brasileira Sepultura, além de Pantera, Slayer, Anthrax, Megadeath  e o principal nome dentro do estilo e que depois acabou fazendo trabalhos também em outros ramos do metal, a banda Metallica. O mais importante a se frisar a respeito de todos os estilos de metal é que todos continuaram a existir, apesar de recebendo menos atenção,durante as décadas seguintes, havendo o surgimento de várias bandas de metal na década de 1990.

No Brasil, o rock da década de 1980 foi marcado por uma forte crítica, apesar de, na maioria das vezes de origem burguesa, à ditadura militar que terminaria apenas em 1985, após a manifestação popular na cidade do Rio de Janeiro pelas eleições diretas para presidente (“Diretas já!”) que reuniu mais de quinhentas mil pessoas nas ruas. Com o fim da ditadura, várias músicas anteriormente proibidas tiveram suaveiculação liberada, assim como outros tipos de obras artísticas (principalmente livros)e mercadorias, como roupas contendo frases consideradas subversivas. Com essa nova realidade democrática que se instaurava no país, o rock nacional chegava na sua “Era de Ouro”. Várias bandas com letras repletas de fortes críticas chegavam ao auge de seu sucesso, entre elas Blitz, Titãs, Legião Urbana, Capital Inicial, Barão Vermelho,Ira, Ultraje a Rigor, Plebe Rude, Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Havaí, entre outras. Também destaca-se a banda independente de punk rock  Ratos de Porão.

 

  • Década de 90

 

A crítica social do rock nos anos 1990 se evidenciou no estilo americano do grunge. Surgido num local onde pouco poderia se esperar uma reação tão agressiva,a cidade de Seattle, no estado de Washington. De acordo com Eduardo Santana, “o Grunge mantinha um discurso que pregava a revolta contra um sistema que estava afundando a sociedade americana. Ia contra todos os padrões impostos pela indústria da época” (SANTANA, 2004, p.15). Queixando-se contra os comportamentos inicialmente tomados pela sua própria geração, o grunge iniciou-se como um movimento alternativo, que ia contra os gostos do público da época, revoltando-se principalmente contra o dogma de ser socialmente bem-sucedido no futuro, as bandas Mudhoney, Tad, Melvins, L7, Soundgarden e principalmente o Nirvana , maior ídolo do estilo, começaram a se destacar no cenário musical por fazer canções com as quais se identificavam os jovens da época que, como afirma Santana “se viam ociosos durante as longas tardes da provinciana cidade” (Santana, 2004, p.17). O tédio e a despreocupação, combinados com várias referências ao uso de drogas, eram os principais temas das bandas grunge e, por possuírem uma sonoridade interessante a nível instrumental – que pode ser explicada, além do talento, pelo fato dos ídolos grunge serem de classe média alta e terem acesso a bons instrumentos e recursos musicais – acabaram sendo inseridos dentro da indústria cultural, especialmente coma veiculação de suas músicas e videoclipes pela MTV. Nessa época, surgem bandas de grunge de sucesso, tais como o Stone Temple Pilots e o Pearl Jam, esta última que acabou sendo a banda grunge comercialmente mais bem aceita. A chegada deste movimento inicialmente alternativo ao cenário comercial da música fez com que muitos ídolos do estilo, principalmente o vocalista e compositor do Nirvana, Kurt Cobain – que acabou sendo apontado pela mídia como uma espécie de “herói da juventude” – sentissem que haviam caído em controvérsia. Após o suicídiode Cobain em 1994, o estilo começa a perder sua força com o fim de muitas de suas principais bandas, até entrar em declínio com a ascenção da música pop dentro da mídia musical com a proximidade do ano 2000.

Também surgiu nos anos 1990 um estilo baseado no acid rock dos anos 1960,carregando algumas ideologias da cultura hippie da época, mas, com menos ingenuidade. Foi o estilo chamado neo-psicodelismo, trazendo como seu principal representante o Smashing Pumpkins, banda que também sofreu várias influências do rock gótico dos anos 1980, estilo da banda anterior do vocalista e guitarrista Billy Corgan. Outras bandas também fizeram sucesso dentro do estilo foram o Cake, o Black Crowes e o REM, que popularizou-se pelo clipe repetidamente veiculado na MTV de sua música “Losing My Religion”.

Outro estilo que clarse popularizou na década de 1990 e possuía um claro nível de protesto em suas canções era o funk rock ou funk metal. A banda que mais conseguiu atingir boas vendagens dentro do estilo foi o Red Hot Chili Peppers . Mas as bandas que também fizeram sucesso e possuíam o maior teor crítico (especialmente com relação ao exército, ao governo e à classe rica, mas também a alguns dogmas religiosos) em sua canções foram o Rage Against the Machine e o Living Colour, este último que chegou a usar trechos de discursos políticos dentro de suas músicas para enfatizar a sua posição de revolta.

No Brasil, os anos 1990foram palco da criação da MTV Brasil, cerca de dez anos após a MTV americana original. Apesar dos questionamentos a respeito da  validade de uma televisão voltada para a música, que inicialmente é feita para ser ouvida e não vista, o canal foi importante para veicular as maiores bandas brasileiras surgidas na década, como Skank (que tinha várias influencias do reggae), Jota Quest, Pato Fu, Raimundos (considerada a principal banda de punk rock do Brasil), Mamonas Assassinas (que usavam o humor e a paródia junto ao rock), Charlie Brown Jr e O Rappa (uma das mais importantes na crítica social). Também surgiu nessa década o movimento musical e cultural do Mangue Beat, liderado por Chico Science, que combinava o som da guitarra elétrica com ritmos musicais do Nordeste brasileiro.

 

  • Anos 2000

 

No início do novo milênio, o rock havia perdido boa parte de seu espaço para outros estilos musicais como o rap, a música eletrônica e o pop. A maioria das bandas de rock que conseguiram atingir o grande público musical no início desta década eram fortemente impulsionadas por grande produtoras e gravadoras, possuindo um forte apelo comercial para os jovens em suas obras. O principal estilo surgido a partir desta lógica foi o chamado “poppy punk”, com várias influências no punk dos anos 1970 e no hardcore dos anos 1980, mas, com a crítica social bastante amena, quando sequer presente. Representado principalmente pelas bandas Green Day, The Offspring, MxPx e Blink 182. Posteriormente, outras bandas acabam surgindo dentro do estilo,  emmas, na metade da década, essas bandas acabaram alterando seu estilo para o chamado emocore, ou hardcore emotivo, com letras de temática claramente adolescente.

Também bastante presente na cena musical da década de 2000 está o estilo de metal surgido no fim da década de 1990, o melodic metal. Sendo um estilo musicalmente cadenciado e muitas vezes tendo a sua frente vocalistas com grandes habilidades líricas, o estilo inicia-se com bandas como Angra, Stratovarius e Blind Guardian.

Outra vertente do Metal, esta com a crítica bastante presente e atingindo seu auge na década de 2000 é o new metal. Tendo como representantes bandas como, System of a Down, Körn e Slipknot, o estilo traz riffs menos técnicos que o Heavy Metal original, mas, mais pesados do ponto de vista sonoro. A clássica banda de thrash metal, o Metallica, lançou nesta época o disco “St. Anger”, o qual trazia inúmeras características referentes ao new metal. A banda por muitos considerada de rock e que mais teve sucesso comercial na década de 2000 até o momento foi o Linkin Park. Apesar de trazer claramente o peso de guitarra elétricas do rock na base de sua sonoridade, a banda também mescla em  todas as suas músicas elementos de vários outros estilos musicais, principalmente o rap e a música eletrônica.

O estilo de música da década de 2000 que mais teve relação com os princípios do rock foi o chamado indie rock. O nome vem do fato de que vários grupos musicais do estilo iniciaram sua carreira como bandas de garagem, ou seja, no circuito independente. Ganharam notoriedade no espaço musical por conseguirem fazer grande sucesso mesmo sem o impulso por parte das gravadoras ou ter apelo necessariamente comercial em suas músicas. O principal nome do estilo é a banda americana The Strokes, que conseguiu se destacar comercialmente e ainda ser apontada pela crítica como “a salvação do rock”, como cita Simone Tinti. Tendo como principais influências as bandas de acid rock como Beatles e The Doors e também o rock experimental do Velvet Underground, todas dos anos 1960, a banda trabalha com uma sonoridade crua, trabalhada e bem aceita entre diferentes faixas etárias de público. Esta sonoridade também é visível em outras bandas do estilo, como The Donnas, The White Stripes, Jet, Arctic Monkeys, The Kooks e The Killers. Mas, outras bandas também rotuladas dentro do Indie Rock, possuem influências e sonoridades distintas. Entre elas pode-se citar o Franz Ferdinand, que tem sua linha dentro do chamado art rock, estilo derivado principalmente de artistas do Rock Progressivo e Experimental dos anos 1970, a banda mescla vários elementos artísticos às suas músicas. Também existe o exemplo do Bloc Party, banda de indie rock  que segue a linha “pós-punk”, tendo várias influências do punk e do hardcore, além de mesclar elementos sonoros de bandas góticas dos anos 1980, como o Joy Division.

No Brasil, houve o crescimento da cena independente no Brasil com bandas como Dead Fish, CPM22, Mukeka di Ratu, Sugar Kane, muitas delas conseguindo posteriormente contratos com gravadoras.

Ainda vale citar que atualmente com a internet, existem muitas bandas que estão fora do cenário musical comercial, fora dos holofotes, da grande mídia  e a cabe a nós, descobri-lás, garimpa-las, através desta ferramenta poderosa que temos em mãos, pois no cenário comercial de mainstream atual brasileiro, esse que vos fala, não acha digno da história do Rock como aqui percorremos,  serem citadas como sendo “Rock” o que hoje se houve nas rádios do Brasil.

Tenham todos uma ótima noite, boa leitura, e até a próxima.

 

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6 comentários publicados
  1. Pedro

    Cara, que texto completo e bem escrito! Riquíssimo em informações. Eu sou muito crítico ao avaliar o conteúdo de textos que leio, mas o seu tá muito redondinho em qualidade. Parabéns!

  2. Matheus Brito

    Excelente linha do tempo, parabéns !
    eu estava em busca de maiores informações sobre essa transição dos anos 50 pra 60 pois estou montando uma playlist que se inicia lá na Rock around the clock e termina cá nos anos 2000. Esse texto se tornou um verdadeiro mapa.

    • Pedro

      pode crer…um verdadeiro mapa de referencial de informações.

  3. Elis

    Correção… ELVIS JAMAIS SE ENVOLVEU COM DROGAS E MUITO MENOS COM DROGAS PESADAS!!! NEM BEBIDAS ALCOOLICAS! Elvis tomava MEDICAMENTOS PRESCRITOS que causou ependencia e um colapso cardíaco fatal!

  4. Bruno Daniel Hack - Curitiba - PR

    Pelo jeito aquelas dicas que eu te passei na sexta deram certo né? Já deu pra arrumar a máquina aí hehe

  5. Bruno Daniel Hack - Curitiba - PR

    Bacana o texto, você foi bem abrangente (texto comprido hehe, brincadeira) ao relacionar a influência da música em um contexto social. Parabéns!

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