Mafrense se despede do apito no handebol

Por Gazeta de Riomafra - 29/12/2016
Scharf e Dittrich ajudaram a construir a história da arbitragem brasileira de handebol (Foto: Antonio Prado)
Scharf e Dittrich ajudaram a construir a história da arbitragem brasileira de handebol (Foto: Antonio Prado)

Depois de completarem 25 anos de atuação, a dupla internacional de árbitros de handebol, formada pelo florianopolitano Macelo Scharf e pelo mafrense Miguel Angelo Dittrich, decidiu parar. Por isso, a 16ª edição da Olimpíada Estudantil Catarinense (Olesc), realizada em Caçador, marca a despedida da dupla, que, em todo o Brasil, é a única com tanto tempo de atuação.

A dupla teve início num curso de arbitragem realizado em Curitibanos, em 1991. Na ocasião, o ministrante ressaltou a importância de que se formassem duplas fixas. Scharf e Dittrich, que já se conheciam das arbitragens em eventos estaduais, tornaram-se parceiros que, desde lá, nunca deixaram de atuar juntos.

Scharf destacou que, naquela época, passou-se a exigir que os árbitros atuassem em duplas fixas. “O entrosamento é um dos fatores mais relevantes para a dupla. Melhora muito tecnicamente a arbitragem. Basta o olhar, um pequeno gesto de um árbitro, para o outro entender. Por isso, nunca precisamos usar qualquer sistema eletrônico de comunicaçãoâ€, completou ele.

Durante o tempo de atuação, a dupla construiu um currículo invejável. Além de arbitragens em eventos em Santa Catarina, promovidos pela Fesporte e pela Federação Catarinense de Handebol, e nas competições pelo Brasil, Scharf e Dittrich atuaram nos mundiais de handebol realizados na Costa do Marfim (1997), Catar (1999), Itália (2001) e mais dois no Brasil, em Foz do Iguaçu e em Blumenau (2003 e 2012 respectivamente). Participaram também dos Jogos Pan-Americanos de 1999, realizados em Winnipeg, no Canadá, bem como de torneios pan-americanos e campeonatos sul-americanos, realizados em países como Cuba, Chile, Argentina e Colômbia, além do próprio Brasil.

Dittrich contou que o fato de terem passado à categoria de árbitros internacionais ajudou muito a arbitragem brasileira. “O maior legado que deixamos é ter contribuído na formação de novos árbitros e na melhora técnica na atuação deles, porque, cada vez que voltávamos de um evento internacional, repassávamos todas as informações relevantes para o desenvolvimento do árbitroâ€, disse ele.

Miguel é professor de educação física e faz um belo trabalho social dirigindo uma escolinha de handebol em Mafra no ginásio de esportes Tutão, onde todos os dias treina crianças e jovens formando novos talentos na modalidade.

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A dupla segue atuando na Olesc, na qual deverá fazer sua última atuação na decisão do handebol feminino.

Marcelo Scharf (E) e Miguel Dittrich (D): o segredo do sucesso é o bom entrosamento - (Foto: Heron Queiroz)
Marcelo Scharf (E) e Miguel Dittrich (D): o segredo do sucesso ̩ o bom entrosamento Р(Foto: Heron Queiroz)

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2 COMENTÃRIOS

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  1. Parabéns Miguel, você é muito respeitado, foi um grande árbitro, acompanhei vários jogos, principalmente nos JASC, onde a rivalidade era muito grande e você e o Marcelo tiraram de letra.
    Saúde amigo.

  2. Um grande árbitro, muito respeitado no Brasil, com certeza vai continuar ensinando Handebol, tem que escrever um livro afim de divulgar seu vasto conhecimento da modalidade.
    Parabens.

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