Casan justifica a falta de água em bairros de Mafra

Obra da estação de tratamento de esgoto é discutida em Mafra

No último dia 27, o gerente regional da Casan, Honório Fragoso, usou a tribuna na sessão da Câmara de Mafra, para explicar detalhes sobre a obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no bairro Vila Ivete. Os vereadores mafrenses solicitaram sua participação em busca de informações corretas para repassar à comunidade.

Os tramites da obra começaram com a aquisição do terreno e as licenças ambientais em 2010. Segundo Fragoso, o local foi escolhido por questões técnicas, como elevação de terreno, e também por ser uma área Federal próxima a linha férrea, onde não existe e não é permitida a ocupação urbana. Fragoso acrescentou que a Casan tem preferência na aquisição da área Federal caso necessite de expansão da ETE.

“Tivemos atraso na obra por causa da aquisição do terreno. Esse processo demorou cerca de três anos. E também demoramos a conseguir as licenças ambientais, pois o Rio Negro é considerado da União por cortar dois estado. Por isso, precisamos fazer o licenciamento ambiental com o Ibama” – explica Fragoso.

Na primeira fase da obra, foi concluído o acesso à estação de tratamento, um investimento no valor de aproximadamente R$ 490 mil. Para a construção da ETE, será investido cerca de R$ 2 milhões. A obra será executada pela empresa Sanevix Engenharia do Espírito Santo.

Na ETE, os resíduos de esgoto de toda a cidade serão enviados para lá. Em um primeiro momento, 1800 ligações de água em imóveis devem ser encaminhadas para a estação. O que corresponde quase 12% do total de residências mafrenses. Para isso, será necessário construir três Estações de Recalque de Esgoto (ERE). As EREs são responsáveis por captar o esgoto e encaminhar para a ETE. Os três locais já foram escolhidos para a instalação das ERES. Agora, a Casan aguarda novo processo licitatório para iniciar as obras.  O investimento será de aproximadamente R$ 7 milhões.

“Acreditamos que em 12 meses conseguiremos finalizar a primeira etapa do saneamento básico em Mafra, com a Estação de Tratamento de Esgoto com capacidade para cerca de 1800 ligações e com o apoio de três Estações de Recalque de Esgoto” – destaca Fragoso.

Segundo o engenheiro sanitarista e ambiental da Casan, Felipe João Cavalheiro, o primeiro passo é concluir as estações. Depois será feito um trabalho de conscientização para os proprietários de imóveis fazerem a ligação das residências com a tubulação para o saneamento básico. Cavalheiro destaca que é obrigatório por lei que os proprietários façam as ligações.

Uma das preocupações por parte dos vereadores era sobre o cheiro da estação. Segundo Fragoso, diferente da estação da cidade vizinha, a ETE de Mafra terá uma tecnologia mais moderna, com isso não haverá problema de odor na região. Também acrescentou que a Casan arcará com as melhorias para qualquer dano aquela região.

A expectativa que as obras sejam finalizadas em 12 meses.  O dinheiro para o investimento provém do Orçamento Geral da União e da Caixa Econômica Federal.

Falta de água

Outro assunto abordado foi a falta de água no município. Fragoso explicou que a Vila Nova é o grande desafio do município, pois a cada 10 ligações de água, sete ocorrem naquele bairro.  Segundo Fragoso, o reservatório que abastece a região tem mais de dez anos e atende cerca de cinco bairros. Para normalizar o serviço, um novo reservatório seria ideal. No momento, a Casan está investindo na captação de água para depois investir no reservatório.

“Essa semana uma empresa de Criciúma venceu a licitação para a troca transformador para a captação de água. A Casan estava limitada com uma bomba pequena. Agora irá trabalhar com uma bomba maior e com mais vazão de água.  Um investimento de aproximadamente R$ 440 mil. O próximo passo será o reservatório que já tem o estudo para sua construção” – explica Fragoso.