Condenados seis acusados de matar policial rionegrense em Tijucas

Por Assessoria - 01/05/2016

* Informações do jornal A Notícia – Jornalista Diogo Vargas

Foto: Betina Humeres / Agencia RBS
Foto: Betina Humeres / Agencia RBS

Após mais de 15 horas de julgamento, que começou na manhã de quinta-feira e se encerrou por volta de 0h45min desta sexta-feira, foram condenados os seis homens acusados pelo assassinato do policial militar Everton Rodrigues Bastos, 23 anos, em abril de 2010, em Tijucas, na Grande Florianópolis. Também houve condenação pela tentativa de homicídio contra o soldado Thiago José Fernandes.

Policiais militares que foram colegas do soldado Bastos em Tijucas, familiares e amigos acompanharam a leitura da sentença pela juíza Érica Lourenço de Lima Ferreira.

Familiares de parte dos réus também ficaram até o final do Tribunal do Júri .Os irmãos Elias Pires, Eliezer Pires e Davi Pires pegaram cada um deles 24 anos e nove meses de prisão. Daniel Pires, sobrinho deles, foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão. Israel Bittencourt, o Reco, pegou 21 anos e nove meses de prisão e Douglas Daniel Vieira da Cruz, o Bolão, foi condenado a 24 anos e nove meses de prisão.

A juíza determinou o regime fechado para o cumprimento da pena e negou aos réus o direito de recorrer em liberdade. A condenação havia sido pedida no plenário pelo promotor responsável pela acusação, Andrey Cunha Amorim, que abriu mão da réplica nos debates.

Segundo o promotor, os Pires integram uma família temida em Tijucas por envolvimento em uma série de crimes como roubos, homicídios e tráfico de drogas. A polícia apurou na época que o bando tinha envolvimento com a facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Os réus negaram envolvimento no assassinato e também de integrar a facção.

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Defesas vão recorrer

Os advogados Francisco Ferreira, Marcos Cattani e a defensora pública Fernanda Rudolfo anunciaram que vão recorrer da sentença no Tribunal de Justiça de SC. Defensor de Douglas Daniel Vieira da Cruz, o Bolão, o advogado Francisco Ferreira disse que o promotor utilizou no júri dispositivo de uma autoridade que pode ter influenciado na decisão dos jurados.

Soldado foi morto por engano

O soldado Bastos foi morto por engano quando estava dentro da viatura, em uma emboscada, com um tiro de espingarda calibre 12, no Centro da cidade de Tijucas, em Santa Catarina. O alvo dos atiradores era outro policial militar colega dele. Um dos réus, conforme a promotoria, teria decidido matá-lo porque havia sido preso anteriormente por tráfico de drogas.

Este policial, no entanto, acabou trocando de turno com o PM Bastos, que acabou sendo alvejado por engano. Bastos deixou dois filhos, sendo um deles um bebê de apenas três meses.

O PM estava a poucos dias de se transferir de Tijucas para Mafra. Durante o julgamento, no lado de fora, houve protesto de colegas policiais que levaram faixas e pediram justiça. Ao final, os PMs comemoraram a sentença de condenação.

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Foto: Betina Humeres / Agencia RBS
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