GREVE EM SC: Em Mafra cerca de 70% dos professores aderiram a paralisação

Publicado por Gazeta de Riomafra - 01/04/2015 - 21h45

Os professores mafrenses da rede estadual de ensino que aderiram à greve estão se reunindo diariamente no salão da Igreja São José. Cerca de 70% do magistério aderiram à greve que começou no dia 24, após a categoria tomar a decisão em assembleia geral na capital do estado.

A paralisação em Mafra começou com 30% na quinta-feira (26), 50% na sexta-feira (27) e ontem, terça-feira, segundo a coordenação local da greve, a adesão chegou a 70%.

Ontem um grupo de professores junto com o comando de greve, estiveram visitando as escolas das cidades de Campo Alegre, São Bento do Sul e Rio Negrinho para mobilizar e conscientizar a classe do magistério quanto a importância da greve. “Nossa luta principal não é pelo aumento do salário, mas sim para não perdermos nossos direitos adquiridos ha anos” falou um professor. Hoje o comando de greve e os professores estão passando nas escolas de Monte Castelo, Papanduva e Itaiópolis.

Os professores são contra a descompactação da tabela salarial, que aumenta as letras – tempo para promoção – fazendo com que as professoras tenham que trabalhar 30 anos em vez de 25 como é hoje para chegar ao nível máximo, ficando igual aos professores. Destacando que 70% do corpo docente do estado é composto por mulheres. Também são contra a medida provisória 198, editada pelo governador Raimundo Colmbo (PSD), que fixa a remuneração básica do professor em caráter temporário (ACTs), e pedem o reajuste de 13,1% do salário, mesmo reajuste aplicado no piso nacional da categoria. “O governo negociou com a iniciativa privada um reajuste médio de 9% no salário mínimo regional e não quer negociar com o nosso sindicato”, desabafou outro professor.

Hoje o comando geral de greve estará reunido para decidir os novos encaminhamentos que serão tomados na paralisação e a estratégia a ser tomada nas negociações com o governo, após o secretário Estadual da Educação, Eduardo Deschamps, divulgar que estará apresentando e discutindo uma nova proposta com os professores.

Em Mafra são 11 escolas estaduais – EEB Barão de Antonina, EEB Professora Maria Paula Feres, EEB Jovino Lima, EEB Doutor Francisco Izabel, EEB Santo Antônio, EEB Professor Mário de Oliveira Goeldner, EEB Monteiro Lobato, EEB Professor Gustavo Friedrich, EEB Tenente Ary Rauen, EEB Hercílio Buch e EEB Cristo Rei – onde o número de professores em greve varia, em algumas chega a 90% enquanto em outras não ultrapassa 20%.

CCJ DERRUBA MP

Durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na manhã de ontem a maioria dos deputados que compõe a comissão acompanharam o voto pela inadmissibilidade do relator da MP 198, o também presidente da CCJ, deputado Mauro De Nadal (PMDB), não aceitando a proposta do governo. O deputado estadual Silvio Dreveck (PP), líder do governo, se absteve e momentos antes do início da votação tentou pedir vistas para ganhar tempo e poder negociar melhor a tramitação da MP. A matéria será, agora, apreciada pelo plenário da Assembleia.

Se a MP 198 não passar pelo plenário da casa, o que se considera agora é a possibilidade da retomada do debate sobre a nova carreira do magistério público estadual, entre o secretário da Educação Eduardo Deschamps e o Sinte. O governo do estado não descarta a possibilidade de retirar a medida provisória da Assembleia.

PROFESSORES COMEMORAM

A decisão não deixa de ser uma vitória dos professores estaduais que colocaram a retirada da MP como um dos pontos para pôr fim à greve, que já dura uma semana. Os deputados da base do governo Colombo parecem não estarem à vontade em irem contra o magistério, alguns já se posicionaram a favor dos professores e culpam o próprio governo pela maneira como a proposta foi enviada ao legislativo.

CASO ISOLADO

A direção do Colégio Santo Antonio, na tarde de ontem entrou em contado com a Gazeta, contestando a informação publicada na edição do último sábado, onde teria ocorrido resistência por parte da direção, quando os professores grevistas teriam sido impedidos de entrar no colégio. A diretora nega que houve impedimento dos professores grevistas entrarem no colégio por parte da direção. E relata que os alunos não deixaram as salas de aula, pois os alunos estavam no intervalo (recreio). Explicou a diretora.

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