Lar do Idoso de Rio Negro não recebe subvenção social neste ano

Publicado por Gazeta de Riomafra - 22/07/2012 - 17h47

O presidente da Associação Rionegrense de Assistência ao Idoso – Lar do Idoso Sagrado Coração de Jesus, Martin Fuchs, vem se demonstrando indignado com a demora dos Departamentos Jurídicos da Prefeitura e da Câmara de Vereadores, que vieram impossibilitar a Instituição de ser contemplada com subvenção social no corrente ano.

De acordo com o presidente da Instituição, desde o ano 1998 a mesma vem recebendo subvenção e, dos anos 2006 a 2011, passou a perceber um montante de R$ 7,5 mil ao ano. “Em 1998 tínhamos apenas 10 internos, hoje contamos com 54 (30 mulheres e 24 homens), atendidos 24h por diaâ€, diz Martin, salientando que destes, 26 são de Rio Negro e 28 de outros Municípios, além de que no Lar são empregadas 16 funcionárias Rionegrenses.

Conta o presidente que, sabedor que o valor da subvenção era baixo, já em novembro do último ano esteve junto à Prefeitura Municipal, acompanhado de um vereador, quando se solicitou aumento do subsídio para R$ 25 mil ao ano, mas a promessa do prefeito teria sido de uma verba de R$ 15 a R$ 20 mil.

Já em 28 de novembro último, dois vereadores teriam solicitado o aumento da subvenção, o que foi acolhido por unanimidade no Legislativo Rionegrense.

Já em 2012, a Secretaria de Ação Social teria pedido para que se redigisse o Plano de Aplicação de subvenção por parte da Entidade – além de fazer o pedido para duas outras Instituições, “sendo uma que atende na área da Saúde e outra em Educação, com o Lar então o único que atende inteiramente no Social e o que sempre recebeu menor valor em subsídiosâ€.

Fuchs relata ainda que no início foi efetuado um Plano de Aplicação na ordem de R$ 25 mil, depois de algumas semanas novo Plano teve que ser feitio pela Instituição, desta feita na ordem de R$ 17,5 mil – o qual ainda teve que ser refeito e ficou no Departamento Jurídico da Prefeitura por mais 15 dias e, ao final, somente tendo sido aprovado na Câmara de Vereadores em 27 de junho do corrente ano, com o último valor citado.

No entanto, já no dia seguinte o presidente do Lar foi chamado a comparecer na Secretaria de Ação Social, onde foi informado que a Instituição não poderia receber valor diferente de R$ 7,5 mil, em se tratando de ano eleitoral. “O Departamento Jurídico da Prefeitura não descobriu que o valor estipulado no projeto era maior que o valor do ano anterior, e que o aumento não podia ser aprovado e encaminhado para a Câmara de Vereadores, que também o aprovou. E o jurídico da Câmara também não sabia que é ano eleitoral, e mesmo assim o enviou para a aprovação dos vereadores sem nenhuma alteraçãoâ€, desabafa Martin Fuchs – indagando o por que a Comissão da Câmara agiu da mesma maneira, deixando ser aprovado o projeto do Lar dos Idosos.

Embora em nota enviada à Imprensa o presidente da Instituição tenha dito que permaneceria recebendo a subvenção de R$ 7,5 mil, em contato telefônico com o mesmo mantido na última quarta-feira, disse que para voltar receber esse valor menor, a Entidade terá que fazer um novo Plano de Aplicação, após o período eleitoral. “Lamentamos que o atraso da verba tenha sido aprovado de forma a nos impedir o recebimento do auxílio, mas procuraremos envidar todos os nossos esforços no sentido de manter o alto padrão de atendimento de nossa sociedadeâ€, diz Martin.

O Lar do Idoso de Rio Negro sobrevive, atualmente, do pagamento dos internos que assim o podem fazer, de doações e das promoções que realiza. “Não vamos fechar as portas pela perda desta subvenção, vamos continuar atendendo e primando pela qualidade neste atendimento aos nossos internosâ€, concluiu o presidente.

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01 comentário publicado
  1. Ademilto

    Vergonheira. Nossos políticos não sabem nem o que estão fazendo. Prejudicar uma instituição como essa por não lembrar que é ano eleitoral?
    Será que nenhum destes estava pensando na campanha ainda? Ou será que todos estavam pensando só na campanha. Pois ajudar uma instituição como esta não da voto, por aparecer para uma pequena parcela de eleitores. Plantar flor, construir monumentos em ponto de ônibus e na entrada da cidade parece ser a única prioridade tanto do executivo como do legislativo Rionegrense.

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