Caso Heloísa: família ainda aguarda por justiça

Por Gazeta de Riomafra - 17/06/2020

Três anos se passaram, mas os fatos que vitimaram a pequena Heloísa Mathias Lisboa ainda estão tristes, na memória de todos.

Foi no dia 10 de junho que os pais perderam sua filha devido ao atraso de mais de 15 horas para realizar o translado do bebê que estava em estado crítico devido a uma pneumonia que se agravou.

Desde então, a família aguarda por justiça. Neste fim de semana o tio da Heloisa, Alexandre Lisboa – autor do vídeo que denunciou o descaso – fez um novo vídeo e divulgou nas redes sociais externando a esperança das famílias e dos pais por justiça.

Na época da tragédia Heloísa, com apenas um ano e 20 dias, após um quadro de pneumonia se agravar, ficou esperando mais de 15 horas para ser transferida do Hospital São Vicente de Paulo para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) infantil do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville. O motivo da espera: a falta de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Estado de Santa Catarina (SAMU), devido à falta de combustível nas ambulâncias.

A Polícia Civil indiciou 14 profissionais por homicídio culposo (sem intenção de matar) e por omissão. Em 2019, o judiciário transformou nove deles em réus em ação penal pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, com a relevância da omissão.

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Além do vídeo nas redes sociais, a família em forma de protesto colocou faixas, em locais estratégicos, com o seguinte frase: “três anos de saudade. Três anos de impunidade e a espera de justiça para nossa pequena Heloísa Mathias Lisboa”.

RELEMBRE O CASO

O fato ocorreu há um ano, na época Heloísa foi internada no Hospital São Vicente de Paulo (HSPV) com quadro de pneumonia. Após 24 horas o quadro clínico da criança piorou necessitando fazer o internamento dela na UTI. Como o HSPV não possui UTI infantil, foi solicitada uma vaga no Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria em Joinville, que atendeu o pedido prontamente.

Após a confirmação da vaga começou o sofrimento da família, pois o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Mafra informou que a ambulância não poderia fazer o transporte da paciente por falta de combustível. Solicitaram então o serviço do SAMU de Rio Negrinho e foram informados que a ambulância estava sem médico e também não poderia fazer o translado.  Quando pediram para o SAMU de Canoinhas levar à paciente foram informados que a ambulância só poderia ir até Rio Negrinho, pois também estava com falta de combustível, e em Rio Negrinho uma ambulância de Jaraguá do Sul completaria o transporte.

Mesmo com apelos dos pais que queriam a todo o custo abastecer as ambulâncias o SAMU informou que o abastecimento não poderia ser feito por terceiros e o translado do bebê Heloísa Mathias Lisboa levou cerca de 15 horas, quando o tempo médio de viagem entre Mafra e Joinville é de duas horas.

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