Araucárias enxertadas são plantadas no Parque do Seminário

Por Assessoria - 18/04/2024

Na tarde desta quinta-feira (18), a Prefeitura de Rio Negro, através da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, realizou mais uma etapa do projeto Araucárias no Seminário.

Com a presença da equipe do meio ambiente, servidores da Prefeitura, autoridades, apoiadores e população em geral, houve o plantio de mais exemplares de araucárias enxertadas na área do pomar do Parque Ecoturístico Municipal São Luís de Tolosa (Parque do Seminário).

Durante o evento o secretário municipal de agricultura e meio ambiente, Geraldo Veiga, e o professor responsável pela Estação Experimental Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Rio Negro, Richardson Ribeiro, explicaram aos presentes como funciona a técnica de enxertia de araucárias, que envolve muito conhecimento e procedimentos científicos.

A técnica foi desenvolvida pelo professor Flávio Zanette da UFPR. Os estudos iniciaram em 1986 e após 36 anos de pesquisas o objetivo de tornar a Araucária uma planta com alto interesse econômico como produtora de pinhões foi atingido.

Em abril de 2022 foram colhidos os primeiros pinhões de plantas selecionadas e enxertadas em 2016 e 2017 para a pesquisa do professor. Sem a enxertia, uma Araucária de semente só inicia a produção depois de 15 anos de plantio, portanto a técnica desenvolvida é eficaz para tornar a produção de pinhões mais rápida.

A Prefeitura utiliza a técnica de enxertia através do projeto Araucárias no Seminário, que tem como objetivo fortalecer ainda mais a flora local com a preservação da Araucária. Ao todo serão plantadas 50 araucárias enxertadas pela Prefeitura nesta etapa. O objetivo é estender o projeto para as propriedades particulares para a preservação da árvore e para o fortalecimento do agronegócio com a produção e venda de pinhões em grandes quantidades.

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

Outras mudas de Araucária estão em fase de preparação no parque ecoturístico para receber o enxerto. Essas mudas são chamadas de Cavalo ou “Porta-enxerto”. Após um período essas árvores também receberão o procedimento de enxertia e na sequência serão remanejadas em definitivo para outra área dentro do Parque do Seminário ou regiões do município.

O tronco enxertado nas araucárias plantadas hoje em Rio Negro tem como origem o clone de uma Araucária existente em Caçador-SC, que chegou a produzir 674 pinhas num só ano, cinco vezes mais que outras plantas. Outras araucárias enxertadas já haviam sido plantadas recentemente na área do pomar do parque.

SAIBA MAIS

Para o processo de enxertia é utilizada parte do tronco de uma planta já adulta, em idade de produção, para a formação da muda que será enxertada no Porta-enxerto. Uma das vantagens da enxertia está na possibilidade de obter mais mudas fêmeas e plantá-las em proporção diferente daquela encontrada na natureza, aumentando a produtividade de pinhão. Os primeiros pinhões são verificados após cinco a seis anos do enxerto.

As mudas por enxertia permitem também o manejo da altura da Araucária. Isso acontece porque os galhos dessa planta vêm de um exemplar adulto, não caindo antes de 8 a 10 anos. O processo é diferente do pinheiro vindo de uma semente, cujos galhos mais baixos são jovens e caem.

Araucária é o nome popular dado para a árvore da espécie Araucaria angustifolia, que também possui outros diversos nomes populares como: Pinheiro-do-paraná, Curi, Pinheiro-brasileiro, Pinheiro-caiová, Pinheiro-das-missões e Pinheiro-são-josé. Atualmente a Araucaria encontra-se na lista das árvores ameaçadas de extinção, por isso ações como o projeto Araucárias no Seminário possui grande importância.

- CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE -

COMPARTILHE

PUBLIQUE UM COMENTÁRIO

Por favor, digite o seu comentário.
Por favor, informe o seu nome.