Servidores da Prefeitura de Rio Negro participam de curso sobre abelhas sem ferrão

Por Assessoria - 02/01/2023

No último mês de dezembro, profissionais da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Rio Negro participaram do curso de meliponicultura promovido pelo Sindicato Rural de Rio Negro através do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Participaram a bióloga Viviane Marques e a médica veterinária Patrícia Dequech.

Foram quatro dias de aprendizado com aulas teóricas e práticas com visitas técnicas. No curso os participantes puderem conhecer e aprimorar as técnicas de manejo das abelhas sem ferrão.

O curso também teve como objetivo possibilitar a pessoas interessadas na criação a iniciarem sua atividade, seja como forma de lazer ou como fonte de renda. Além disso, no curso foram abordados tópicos como a anatomia do animal e o papel delas na polinização nos agroecossistemas, comportamento e multiplicação do enxame. A meliponicultura é acessível, mas a abelha é muito delicada em seu manuseio e é preciso se atentar a alguns cuidados.

Com esta capacitação realizada, a Prefeitura pode planejar ações para cadastrar e auxiliar produtores do município. As abelhas sem ferrão cumprem um papel fundamental na perpetuação de diversas espécies vegetais. A serviço do ecossistema, elas são responsáveis pela polinização de até 90% da flora brasileira, além de importantes aliadas no desenvolvimento de culturas agrícolas.

A criação de meliponídeos, popularmente conhecidas como abelhas sem ferrão, nativas ou indígenas, vem chamando a atenção dos produtores. Desde 2004, o SENAR-PR realiza um trabalho de incentivo à atividade, em que se destaca pelo pioneirismo na oferta de cursos de meliponicultura.

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Além de diversificar o trabalho de muitos que, até então, eram apenas apicultores, a criação de abelhas sem ferrão pode ser feita em uma pequena área da propriedade, o que permite fácil acesso à atividade. Segundo o SENAR, a apicultura exige mais equipamentos, diferente da criação de abelha melípona, que não precisa de macacão e pode ser feita em casa, pois a espécie é muito dócil.

O alto valor agregado ao produto também atrai os produtores. O mel de meliponídeos pode custar até quatro vezes mais que o mel de apis (abelhas com ferrão). Tem mais valor porque enquanto essa abelha produz geralmente um quilo de mel por ano, uma caixa de apis produz de 30 a 35 quilos de mel, segundo o SENAR. Com sabor e odor marcantes, o mel produzido pelas abelhas sem ferrão possui propriedades nutritivas e medicinais, além de baixo teor de açúcar.

O instrutor do curso foi Hermes Neri Palumbo, engenheiro agrônomo formado pela Escola de Agronomia e Veterinária da Universidade Federal do Paraná em 1966. É instrutor do Senar para apicultura e meliponicultura desde 2003. Já trabalhou no Instituto Brasileiro do Café (IBC), Quinbrasil – Serrana, Associação de Crédito e Assistência Rural do Paraná (ACARPA), Instituto Nacional de Colonização Reforma e Agrária (INCRA), iniciado em apicultura pelo engenheiro agrônomo Paulo Gustavo Sommer em 1974 e em meliponicultura por Sebastião Ramos Gonzaga.

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