Os enfermeiros de Rio Negro foram até a Câmara de Vereadores na noite do último dia 25, onde a enfermeira Diége Matioski usou a tribuna da casa de leis para solicitar o apoio dos parlamentares municipais para que a Prefeitura realize um estudo de impacto financeiro e conceda o reajuste do piso salarial da categoria que é R$ 1.716,00, o terceiro pior salário do estado do Paraná. Ameaçam entrar em greve, pois já estão cansados de reivindicar e não serem ouvidos pelo prefeito.

Não é a primeira vez que os enfermeiros rionegrenses vão até a Câmara solicitar e protestar quanto ao salário que recebem atualmente. A luta por melhores salários vem desde 2013 quando a categoria conseguiu um reajuste de R$ 100,00 anuais.

Segundo a categoria o piso salarial dos enfermeiros em Rio Negro é o segundo menor da 2ª regional da saúde, que compreende as 29 cidades que fazem parte da Região Metropolitana de Curitiba – Adrianópolis, Doutor Ulysses, Cerro Azul, Tunas do Paraná, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Boiácuva do Sul, Campina Grande do Sul, Almirante Tamandaré, Colombo, Quatro Barras, Campo Largo, Curitiba, Pinhais, Piraquara, Balsa Nova, Araucária, Fazenda Rio Grande, São José dos Pinhais, Contenda, Mandirituba, Tijucas, Lapa, Quitandinha, Agudos do Sul, Piên, Campo do Tenente e Rio Negro -, e o terceiro pior do estado.

Durante o uso da na tribuna da Câmara a enfermeira, Diége, falou que a categoria está a dois anos esperando um solução para o caso. Pediu o apoio dos vereadores para que intercedam junto ao executivo para que seja feito um estudo de impacto financeiro, destacando que são 14 enfermeiros no quadro de servidores municipais. Lembrou que a categoria estava junta com os médicos e dentistas e foram deixados para trás, quando os médicos e dentistas conseguiram o aumento salarial e redução da carga horária.

Diégie disse que os enfermeiros estão cansados e que pensam até em greve, pois estão esperando há muito tempo que o executivo municipal encaminhe um projeto de lei à Câmara de Vereadores que atualize o salário da categoria, “A gente está tão desestimulado, e a gente não quer chegar ao máximo de paralisar. Os enfermeiros do município são muito responsáveis com seus serviços e não querem deixar a população na mão”, falou.

Na ocasião, alguns vereadores se manifestaram favoráveis a causa dos enfermeiros, onde foi sugerido uma indicação solicitando ao executivo que realize o estudo de impacto financeiro onde o aumento salarial dos enfermeiros causaria nas contas da Prefeitura. Acreditam que o impacto nas contas municipais não deve ser superior a R$ 20 mil, pois são apenas 14 profissionais de enfermagem que trabalham hoje na administração municipal.

Também foi sugerido que ser forme uma comissão para discutir o assunto. Porém a maioria dos vereadores remeteram o problema ao executivo alegando que depende somente do prefeito para que a categoria obtenha o reajuste salarial.