Em tempos de seca cá estamos nós, como a maioria do riomafrense, principalmente o agricultor que vinha torcendo para que viesse uma chuva abençoada. Não aquela de ontem a tarde, mas sim uma “porreta” e continua que resolva o nosso problema Vamos torcer, acho que hoje ela deve continuar! Tomara!

Então vamos ao que interessa, pois hoje o “caldeirão tá fervendo” de broncas do meu querido povão!

Como todo ano, chega nesta época os riomafrenses ficam na bronca, pois recebem via Correios um “carnezinho” nada agradável chamado de IPTU, que para mim quer dizer: Impossível Pagar Tudo!

Pois em Mafra tem aquela questão da decisão judicial do Tribunal que deveria neste momento ser mais bem explicada ao povão mafrense como deve proceder para cumprir o que foi sentenciado.

Além do mais tem reclamação de tudo quando é lado. Por exemplo, tem morador da rua Vitor Celestino de Oliveira “p da vida” dizendo que já pagaram o asfalto em 1996 e somente agora recebeu o calçamento. Também contestam a qualidade da obra, dizendo que ela não foi bem feita, pois o meio-fio ficou alto e as lajotas já estão se soltando etc e tal. Então, vai o nosso puxão de orelhas a turma do Desenvolvimento Urbano. Com certeza eles devem arrumar os trechos onde não ficaram de acordo. Esperamos!

Aliás, muitos ex-prefeitos passaram por aqui, cobrar IPTU e nada de fazer estas obras que haviam sido pagas através de Contribuição de Melhorias pelo povão.

Vejam só esta da Vitor Celestino: Os moradores de lá pagaram a contribuição em 1996, já se foram 16 anos, passaram 4 gestões e 3 prefeitos e nenhum fez. Acabou o Jango fazendo e ainda não ficou de acordo. E os outros ex-prefeitos porque não fizeram? Aliás existe um monte de ruas na mesma situação que agora bem ou mal está sendo feita. O que digam os moradores da Tabelião Jurazek, Portão, entre outras.

Outra bronca é com relação ao lixo em Mafra. Até quando a Seluma vai continuar trazendo lixo de tudo quanto é canto aqui para Mafra? Pelo jeito, vem lixo de tudo quanto é canto para cá e ninguém vai questionar isto? Será que Mafra vai continuar para sempre sendo o lixão do planalto norte e do sul do Paraná? Afinal quem está lucrando com isto. O povo com certeza não. Será que pelo menos nenhum vereador irá questionar isto?

Gostei de ver aqui a manchete do “mais lido” no último sábado, onde retratava a vinda de viaturas para Mafra. Parabéns a todos os envolvidos nesta conquista, só que se não fosse a imprensa local cobrar insistentemente a questão, com certeza estava do mesmo jeito.

E quando que vão pensar também no Corpo de Bombeiros? Falam tanto na defasagem de policiais militares e civis, no entanto esquecem que o Corpo de Bombeiros de Mafra está pior, cada vez com contingente mais reduzido. Vamos olhar também para estes valorosos profissionais que arriscam suas vidas para salvar as nossas. Tá dado o recado.

E começaram as sessões das Câmaras de Mafra e Rio Negro com seus novos presidentes. Rio Negro já começou semana passada, relativamente tranquila a não ser o stress do presidente querer  demitir uns e outros por lá. Só que a turma do “deixa disso” entrou em ação para o stress não ser maior.

Em Mafra a coisa não foi diferente, teve cabeças rolando por lá, só que pelo jeito injustamente, é assim que funciona, os mais francos e desapadrinhados, sempre são os primeiros a dançar, ainda mais quando se quer de qualquer forma arrumar uma “boquinha” para um amigo “puxa saco” que não sai “cola” por estar desesperado em busca de uma “tetinha” no poder público. Estamos de olho!

Só que o “stress” da primeira sessão ficou por conta do “famigerado” concurso público que já dá sinais do quão complicado será o ano para o legislativo.

Discursos inflamados de moralidade e sede de justiça não faltaram aos nobres edis, principalmente aqueles que fazem parte da comissão do concurso e estão com uma “batata quente” na mão.

Outra coisa, não me venham com “churumelas” dando a entender que devido a Gazeta ter coragem de publicar o gabarito em branco e cobrar abertamente dos nossos edis a coisa “deixou de ser sigilosa”, como se isto fosse um fator impeditivo ou que irá dificultar a apuração dos fatos. Isto é balela, nada impede a verdade quando se busca ela de fato! E será que se a reportagem aqui da Gazeta não divulgasse isto a sociedade iria saber? Aliás é direito da sociedade saber de coisas como estas. Não vejo motivo nenhum de sigilo com relação isto. Muito pelo contrário, a divulgação do tal gabarito em branco, chama a atenção de algo muito estranho que pode haver por trás disto, atraindo a atenção de toda a sociedade e dos que fizeram o concurso a se atentarem a real situação, não a imagem inicial que tentaram passar, de que “houve apenas algumas irregularidades”. Ou será que ao invés de atrapalhar as investigações tal divulgação acabou atrapalhando outras coisas???

E pra colocar mais “lenha do no fogo” o vereador Tostão lascou mais uma denúncia, na sessão de segunda-feira, dizendo que um servidor da Câmara ligou para empresa realizadora do concurso, “tentando negociar” com ela. Segundo tostão “há algo de podre no ar” e isto já virou caso de polícia, sendo que ela não pode mais realizar o concurso, concluiu Osni.

Já o vereador Clécio disse que a diretora da empresa em reunião com a comissão em relação a isto, confirmou que recebeu um telefonema da Câmara de uma funcionária, sendo que na presença desta funcionária frente a frente na reunião ela disse que não tem como atestar que seja ela que tenha ligado para a empresa. Gente, é lógico que a diretora da empresa não tem como provar. Só que isto tem que ser investigado, nem que se quebre o sigilo telefônico de todos. Não dá pra ficar só no “disque-disque”.

O que ficamos pasmos é que diante todas estas denúncias, dúvidas, suspeitas e desencontros a comissão ainda continua insistindo e defendendo a manutenção desta empresa para realizar o concurso. Muito estranho esta atitude por parte da comissão do concurso e também com relação a insistência desse tal “sigilo”. Se continuarem com esta postura terei que concordar em número, gênero e grau com o vereador Osni, quando disse que “…há algo de podre no ar…”

Além de toda a polêmica em torno do concurso da Câmara de Vereadores de Mafra, uma dúvida que nos surge, e não é de hoje, se diz ao respeito de algumas vagas não serem preenchidas através de avaliação. Diretor da Câmara, assessor jurídico, assessor de imprensa e assessor legislativo ainda são selecionados pelo critério “QI: quem indica”. Ou seja, são vagas politiqueiras, atendendo, sempre, aos interesses de vereadores, geralmente de quem os indicou.

Como o concurso vai acontecer novamente, uma sugestão, seria a Câmara trocar a empresa que realizou as provas e incluir, além das quatro vagas a serem preenchidas (de motorista, assistente de contabilidade, controlador interno e auxiliar de serviços administrativos), os cargos de diretor, assessor de imprensa e assessor legislativo e assessor jurídico. Que tal? Com isso, não haveria funcionário devendo favor a nenhum vereador que o indicou.

Gente, por hoje vamos ficando por aqui. Até a próxima e cuidem-se bem!

O TROMBELHUDO