Quarta-feira 09 de outubro de 2013

Publicado por Trombelhudo - 09/10/2013 - 14h27

Amigos leitores, estamos aí novamente, nas páginas do “mais lidoâ€, dando o nosso recado em favor do povão.

Vamos começar a falar da saúde um dos problemas que mais atinge os riomafrenses.

Pesquisa da ONU, divulgada no primeiro trimestre deste ano, com base em dados coletados entre 2007 e 2009, revelou que entre 126 países o Brasil ficou em 108° lugar no que diz respeito à saúde pública. Apenas 44% dos brasileiros sentem-se satisfeitos com os padrões aqui oferecidos. Em nenhum país da América Latina, à exceção do Haiti (35%), foi identificado índice tão baixo quanto o que os brasileiros revelaram. Nesse campeonato, perdemos, por exemplo, para o Uruguai (77%), Bolívia (59%), Afeganistão (46%) e Camarões (54%), onde a população considera os serviços de saúde melhores do que a percepção que temos sobre os nossos.

Aparentemente, o dinheiro não é o fator que mais contribui para o caos. Conforme dados da OMS de 2011, somando-se todas as principais formas de financiamento (impostos/contribuições sociais, sistemas privados de pré-pagamento e desembolsos diretos dos pacientes), o Brasil gasta anualmente com saúde 8,9% do Produto Interno Bruto (PIB). O percentual é semelhante ao da Espanha (9,4%) e não muito inferior às aplicações da França (11,6%). No entanto, na maioria dos países desenvolvidos a maior parcela do financiamento provém de fontes públicas que respondem, em média, por 70% do gasto global. Em nosso país, o setor público – que atende 150 milhões de pessoas – contribui com apenas 45,7% do total das despesas integrais com Saúde.

Quanto aos investimentos em Saúde (construção de hospitais, UPAs, aquisições de equipamentos etc.), nos últimos 12 anos foram autorizados nos orçamentos da União R$ 67 bilhões, mas apenas R$ 27,5 bilhões (41%) foram pagos. A título de comparação, o Ministério da Defesa investiu no mesmo período R$ 56,2 bilhões, literalmente o dobro das aplicações da pasta da saúde. Estamos comprando blindados, aviões de caça e construindo submarinos nucleares para enfrentar imagináveis inimigos externos enquanto, por aqui, mais de um milhão de brasileiros protestam por serviços públicos de melhor qualidade.

O mais famoso médico da Grécia antiga, Hipócrates, considerado o pai da Medicina, dizia: “Para os males extremos, só são eficazes os remédios intensos.†A frase é oportuna quando se observa que a saúde em Riomafra encontra-se em colapso.

Aliás, a Gazeta fez uma reportagem neste último final de semana falando do assunto, retratando os nove meses de caos na saúde de Mafra. Muitos leitores comentaram a matéria, apontando que a manchete estaria errada, devendo ser: “Nove meses de caos no governo municipal de Mafraâ€, visto que não é só a saúde que está um caos, mas sim a maioria dos setores como: obras, administração, finanças e por aí em diante.

Gostaria de saber o que adianta o Eto inaugurar todos estes postos de saúde nos bairros e interior, se não tem médicos, enfermeiras, medicamentos, aparelhos, até material de curativo, esta faltando.

Imagine a situação que chegamos: o paciente chega ao posto de atendimento e o enfermeiro pergunta se ele não trouxe o gaze, se não tem como fazer o curativo? Ai o paciente tem que ir à primeira farmácia que encontrar para comprar o material, voltar no posto para fazer o curativo. Isto se os atendentes dos postos não receberem ordens superiores ainda de indicarem a farmácia? Não duvido de mais nada.

Já imaginaram na situação que Mafra chegou? Acho que nosso município chegou ao fundo do poço, não me lembro, em todos estas décadas de jornalismo, ajudando na escrita da história de Riomafra, relatar uma situação tão vergonhosa e lamentável assim.

Agora como que fica a cara dos que falaram tão mal do Jango, inclusive o Eto, que enquanto vereador estufava o peito e dizia que, “aquela era a administração “nojenta†e uma das piores que Mafra teveâ€.

Quis o destino, que ele eleito prefeito fosse e agora está inaugurando os postos de saúde que o próprio Jango construiu, estando fadados a ficarem fechados e empoeirados.

E o que dizer então, quando abrirem a UPA na Jardim América? Se os postos já estão sem médicos, aparelhos e material básico como gazes, álcool para desinfecção e EPI – Equipamento de Proteção Individual. De que forma será que irá funcionar a UPA?

E olhe que a atual administração é apoiada pelo PT do governo federal, onde tinha tudo para dar certo e conseguir muitos investimentos para Mafra, pelo menos assim foi a promessa de campanha.

Já em Rio Negro, a situação da saúde também pelo jeito continua na mesma, a maternidade continua e fechado e parece que ficou cômodo agora, mandar todas as futuras mamães para maternidade de Mafra. Assim Rio Negro continua fugindo da responsabilidade.

Com isso a Prefeitura de Rio Negro não precisa se preocupar com as mulheres grávidas. Já não se preocupa com os doentes e emergências, que vão todos pra Mafra. Assim podem se dedicar a asfaltar ruas, que é muito mais importante para eles.

O pior é ver fotos dos políticos de Rio Negro sorrindo na frente da maternidade de outro estado, como se tivessem feito uma grande realização pedindo emprestada a maternidade da cidade vizinha.

Quando o assunto é saúde, médicos especialistas, maternidade, hospital a coisa demora… demora… nunca tem solução. Agora quando é pra aprovar algum projeto que vise arrecadar leva-se apenas três dias do início ao fim do processo, como é caso da cobrança da taxa do lixo na aferida pelo consumo da água.

A população em Rio Negro tá nos “cascos†com os vereadores e prefeito. Em tr dias, eles analisaram o projeto, votaram e sancionaram a lei tudo rapidinho sem o povo se quer saber. Foi uma atitude reprovada, tanto do executivo quando do legislativo rionengrense.

Os políticos em rionegrenses continuam com péssima mania de acharem que por serem representantes do povo podem fazer tudo sem consultar a sociedade. O que custava fazer um debate amplo sobre o assunto. Porque não fizeram pelo menos uma audiência pública pelo menos? Não me venham com a desculpa de que tinham prazo para votar, pois bastava o secretário de finanças se organizar antes e fazer a coisa com tempo, inclusive mandando o projeto com antecedência para Câmara.

A população não gostou e muitos não estão aceitando a ideia, questionando inclusive que agora, quem lavar mais vezes roupa, carro, calçada e tomar mais banho terá que pagar mais lixo. Ou será que, a Prefeitura não consegue cobrar os inadimplentes e quem vai pagar por eles são contribuintes que pagam em dia seu IPTU? Bela retribuição senhor prefeito e vereadores.

Gente hoje vamos ficando por aqui. Semana que vem estaremos novamente na área. Um grande abraço a todos e cuidem-se bem!

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